Vida Universitária
Nocauteando o estresse com o Kung Fu
Notícias da Gente
Elisa Dill, estudante da UNILA, com seu Mestre Anderson Torres, recebendo a certificação de faixa vermelha de Kung Fu
Elisa Christ Dill (que aparece na foto, ao lado de seu Mestre Anderson Torres), acadêmica do mestrado em Literatura Comparada, luta Kung Fu há três anos e conta que encontrou no esporte muito mais do que uma atividade física. “Com o tempo, eu percebi o que significava a prática esportiva na minha vida, pois eu ganhei muito: resistência, noção de espaço, disciplina, equilíbrio, sensação de bem-estar e, principalmente, redução da ansiedade”, comenta a estudante.
O Centro de Treinamento de Artes Marciais, onde a acadêmica pratica a luta, fica no município de Santa Helena, cidade onde ela vive. Elisa diz que, no início, começou a frequentar o centro de treinamento a convite seu companheiro. “Depois de três meses praticando, eu já estava muito empolgada, querendo participar de campeonatos, porque via o brilho nos olhos dos meus colegas que competiam e também queria experimentar aquela sensação de voltar para casa com um troféu”, explica.
A estudante conta que, mesmo cursando mestrado na UNILA, atividade que exige muito dela, nunca deixou de reservar um tempo para o Kung Fu, especialmente durante a fase final da dissertação, que demanda muitas horas diárias de estudo e leitura, a maioria em frente a um computador. “Eu treino três vezes por semana, durante uma hora. Esse tempo sempre foi muito importante, pois relaxar é essencial para que o cérebro possa processar tudo que você leu”, relata a mestranda.
O princípio do Kung Fu é o mesmo de toda a arte marcial, ou seja, deve ser usado somente para defesa pessoal, "nunca para machucar e ferir alguém”, ressalta a estudante. Além disso, ela explica que, para competição, o esporte é dividido em três modalidades: “apresentação de kati mãos livres; apresentação de kati com armas (nunchaku, facão de wushu e bastão); e luta por técnica”. Além de fazer parte da Associação Paranaense de Artes Marciais, Elisa já participou de campeonatos organizados no Brasil, Argentina e Paraguai. “Em abril, eu me tornei faixa vermelha de Kung Fu – com grau de instrutora, ou seja, já posso dar aulas –, mas ainda pretendo chagar à faixa preta. Só que, para isso, preciso praticar por mais dois anos.”
A mestranda salienta a importância que o Kung Fu vem exercendo em sua trajetória na pós-graduação, principalmente para superar o estresse e lidar com a pressão, sentimentos muito comuns no ambiente acadêmico. Por isso, ela considera que a prática esportiva deve ser uma prioridade. “As pessoas não precisam necessariamente praticar Kung Fu ou uma arte marcial, elas podem fazer qualquer atividade física, pois isso é muito importante para o bem-estar físico e mental, principalmente do estudante”, finaliza a acadêmica.