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Projetos de enfrentamento à pandemia realizados na UNILA são premiados

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Artigo sobre o desenvolvimento de máscaras reutilizáveis produzidas em impressoras 3D e de um sistema de descontaminação baseado em radiação UV-C recebeu o Bernhard Gross Award, prêmio entregue no Encontro Anual da Sociedade Brasileira de Pesquisa em Materiais.
publicado: 29/11/2021 16h24, última modificação: 30/11/2021 14h38

Os projetos de desenvolvimento de máscaras reutilizáveis produzidas em impressoras 3D e de um sistema de descontaminação baseado em radiação UV-C, realizados na UNILA durante as atividades de enfrentamento à pandemia, receberam o Bernhard Gross Award, prêmio entregue no Encontro Anual da Sociedade Brasileira de Pesquisa em Materiais. No evento, considerado um dos mais importantes da área no País, as ações foram apresentadas em formato de artigo. Sob orientação dos professores Oswaldo Hideo Ando Junior (atualmente docente da UFRPE) e Priscila Lemes, participaram dos projetos os discentes Rafael Taveira (Engenharia de Materiais), Rafaela Meyer (Engenharia de Energia), Matheus Brandão (Engenharia de Energia), Igor Barbosa (Engenharia Química), José Carlos Palma (Engenharia de Energia) e Eder Andrade da Silva (Mestrado Interdisciplinar em Energia e Sustentabilidade).

Para Rafael Taveira, o prêmio demonstra a capacidade e a qualidade das pesquisas desenvolvidas na UNILA. “Poder contribuir para aumentar a visibilidade da Universidade na área de materiais foi algo extremamente gratificante. Sempre reforçando a minha gratidão pela dedicação dos meus colegas de equipe durante a ação e, principalmente, dos professores Oswaldo e Priscila, que foram pessoas fundamentais para que pudéssemos chegar onde chegamos. Além do enorme apoio da Instituição, por meio do Programa Institucional de Bolsas para Extensão Universitária e do Projeto institucional UNILA de Enfrentamento ao Coronavírus”.

Rafaela Meyer conta que a ideia para os projetos surgiu da vontade de poder colaborar no combate à pandemia. “Nosso intuito foi fazer com que o máximo de pessoas pudessem usufruir dos resultados alcançados. Por isso, disponibilizamos os projetos gratuitamente (open source) no site da Universidade. Além disso, ofereceremos suporte às pessoas que buscarem mais informações ou precisarem de ajuda para replicar os produtos”, afirma a discente.

Com a escassez de máscaras descartáveis ocasionada pela alta demanda na pandemia, o grupo percebeu, inicialmente, a necessidade de criar um produto que pudesse ser reutilizável e oferecer segurança aos profissionais da saúde. Para o desenvolvimento das máscaras, viu-se a oportunidade de produção com PLA (poliácido láctico) - que é um material resistente e moldável – através da manufatura aditiva (impressão 3D). “Depois de meses de trabalho, pesquisas e testes, conseguimos desenvolver adaptadores e conectores de filtros, que pudessem ser colocados ou retirados do EPI (equipamento de proteção individual), de forma que não comprometesse a segurança de quem fosse utilizar”, destaca Rafael.

Foram criados dois modelos de máscaras e seis acessórios que compõem o EPI (como conectores e suportes para filtros, pino de montagem da haste de amarração etc). Com isso, surgiu a necessidade de um dispositivo que pudesse higienizar esses equipamentos após o uso. E foi aí que iniciou-se o desenvolvimento, também por meio de impressora 3D, do sistema de descontaminação, utilizando a radiação UV-C. “Em sua funcionalidade, o sistema de descontaminação é acionado por um aplicativo no celular, onde há todas as funções e parâmetros a serem utilizados para o funcionamento do dispositivo. Ele possui capacidade para higienizar até duas máscaras ao mesmo tempo, através de ciclos determinados pelo usuário”, explica o estudante.

No ano passado, um lote com dez máscaras foi entregue ao Hospital Municipal Padre Germano Lauck para utilização pelas equipes de saúde. Outro lote, também com dez unidades, ficou disponível para ser usado na própria UNILA. “A satisfação é muito grande, pois pudemos oferecer ao Hospital a utilização das máscaras confeccionadas na UNILA, o que colaborou para que toda a comunidade tivesse maior segurança no atendimento à saúde em um momento crítico”, salienta Rafaela.

“Os feedbacks que recebemos dos produtos foram muito positivos, e saber que o nosso trabalho e tudo que desenvolvemos nesses meses de pesquisa foram utilizados e aprovados pelos usuários é algo extremamente gratificante. Ofertar uma alternativa de proteção aos profissionais da saúde que pudesse reforçar e proteger, de forma mais confortável e segura, sua atuação na linha de frente no enfrentamento à pandemia foi o principal aspecto e motivação nesta ação”, finaliza Rafael.