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Foco na integração regional

Desde o início do ano, o professor Luciano Wexell Severo está em Brasília exercendo a função de diretor de Articulação Institucional, no Ministério do Planejamento e Orçamento.
publicado: 13/07/2023 17h39, última modificação: 13/07/2023 17h44

Luciano Wexell Severo é mais um membro da comunidade acadêmica da UNILA que está tendo destaque na capital federal. Docente da Instituição desde 2011, ele foi requisitado pelo Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO), no início deste ano, para exercer a função de diretor de Articulação Institucional. Em Brasília, Severo atua também como coordenador do Subcomitê de Integração e Desenvolvimento Sul-Americano.

“O convite [do governo federal] chegou em janeiro e foi uma surpresa. É um privilégio participar desse momento da nossa história e tentar contribuir de alguma maneira, dentro das possibilidades. E o Ministério do Planejamento é simbólico, remete aos anos 1960, ao professor Celso Furtado, que foi o seu primeiro condutor. Enquanto o governo anterior negligenciou o planejamento e o papel do Estado, o atual os resgata. Agora é tempo de reconstrução do país. E também de retomar o projeto de integração regional”, ressalta o professor.

O docente conta que a Secretaria de Articulação Institucional (unidade do MPO da qual ele faz parte) tem como atribuições servir como ponto de contato com os demais órgãos federais, com o Congresso Nacional, com governos estaduais e municipais e com associações e entidades de classe. “O trabalho ganha forma quando milhares de prefeitos e vereadores vêm a Brasília, quando municípios requerem recursos ou quando parlamentares discutem temas relacionados às atribuições do Ministério. Outra de nossas competências é elaborar estudos e pesquisas de natureza político-institucional, sempre em coordenação com as demais secretarias”.

Em junho, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, criou o Subcomitê de Integração e Desenvolvimento Sul-Americano, e Severo foi o escolhido para coordenar o grupo, que é composto por profissionais de todas as secretarias do MPO, além de representantes do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). ”No dia 30 de maio, o presidente Lula recebeu, em Brasília, os demais presidentes da América do Sul. Aquele encontro representou a volta da integração como prioridade. Poucos dias depois, a ministra Simone criou este espaço no MPO”, destaca o docente.

Ele explica que a finalidade do Subcomitê é mapear e articular projetos de integração e de desenvolvimento regional, com foco nos eixos que conectam o Brasil com as economias vizinhas e nas rotas bioceânicas que ligam o Centro-Oeste e o Norte do País com os mercados emergentes da Ásia, por caminhos alternativos aos tradicionais, via Pacífico ou Caribe. “Este é um tema que, desde a UNILA, em parceria com o Ipea e a Cepal [Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe], vínhamos trabalhando há alguns anos”, complementa.

De acordo com Severo, as experiências que vivenciou durante todo o tempo de atuação na UNILA vêm contribuindo muito com seu trabalho no MPO. “Os anos de UNILA seguem trazendo aprendizado, todos os dias. Pessoalmente, o principal é o amor pelo Brasil, pela América Latina, pela América do Sul, pelos nossos povos e culturas. A região, unida, pode e deve conquistar um lugar melhor no cenário das nações. É necessário vibrarmos diante das tantas potencialidades e nos indignarmos frente ao subdesenvolvimento. É importante admitir as imensas assimetrias e compreender a responsabilidade estratégica do Brasil como maior país”, salienta.

Entretanto, o professor alerta que o Brasil precisa tanto dos vizinhos quanto eles precisam do Brasil e que a integração não é apenas uma alternativa, mas uma necessidade histórica. “A prosperidade brasileira precisa, portanto, ser compartilhada com toda a região. Temos três anos e meio para avançar, sem perder nenhum dia, buscando garantir que a articulação entre as nossas economias seja perdurável e represente melhoras efetivas na qualidade de vida das nossas populações”, finaliza.