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Estudante participa de ação voluntária com seu cão

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Yasmine e seu cão Sansão participam como voluntários de um projeto de terapia assistida por animais, que usa cachorros como coterapeutas em atendimentos a humanos
publicado: 25/07/2019 16h15, última modificação: 25/07/2019 17h10

A discente Yasmine Fialho Linhares e seu cão Sansão participam como voluntários do Dr. Patinhas, um projeto de terapia assistida por animais, que usa cachorros como coterapeutas em atendimentos a humanos. A estudante, que irá se formar em Engenharia de Energia no final deste ano, veio da cidade de Cosmópolis, interior de São Paulo, e tomou conhecimento sobre o projeto através das redes sociais. Yasmine sentiu na pele a diferença que um animal de estimação fez em sua vida: “Quando me mudei pra Foz, não conhecia ninguém, não tinha muitos amigos, nem família. Estava me sentindo bem sozinha e deprimida, foi quando tomei a decisão de dar lar temporário para meu primeiro cão, o Bob, que estava abandonado na rua. E o que era para ser lar temporário, tornou-se definitivo, pois ele conquistou meu coração. A companhia dele me fez muito bem e me ajudou a superar aquele momento difícil de adaptação”, relata a acadêmica, que resume a essência do projeto nessa fala. Atualmente, Yasmine tem três cães, mas apenas Sansão atua como terapeuta do Dr. Patinhas.

A estudante explica que o projeto não possui cães disponíveis, todos os animais participantes são voluntários e vão às visitas acompanhados dos seus tutores. O Dr. Patinhas iniciou suas atividades em 2016, como projeto-piloto, realizando visitas na APAE (com o Billy, primeiro cão terapeuta de Foz do Iguaçu). Atualmente, são realizadas intervenções em três instituições do município: Lar dos Velhinhos, Hospital Municipal e Centro de Referência no Atendimento à Mulher (CRAM), além de visitas terapêuticas em qualquer outra instituição que desejar conhecer a ação. Este é o primeiro projeto a realizar intervenções com animais em um hospital no Oeste do Paraná, tendo iniciado a ação em outubro de 2018, com a Atividade Assistida por Animais. 

A coordenadora do Dr. Patinhas, Amanda Braz Ramires, é psicóloga e possui formação pelo Instituto Nacional de Ações e Terapias Assistidas por Animais (INATAA) e é ela mesma quem seleciona os cães terapeutas do projeto. Além do bichinho precisar ser dócil e nunca ter atacado ninguém, ele precisa ter perfil para ser terapeuta, ou seja, precisa gostar muito de contato com outras pessoas. Mas não é só isso, a avaliação dos cães é muito criteriosa: os animais precisam estar com a carteirinha de vacinas em dia, não podem ter pulgas, carrapatos, nem tártaro e, após a primeira avaliação, todos os cães selecionados são submetidos a exames laboratoriais em clínicas parceiras. Depois, todos os cães passam por um treinamento, no qual aprendem comandos básicos e, no dia de visita às instituições, os animais precisam estar de banho tomado. Essa rigidez justifica-se pelo contato com pessoas muitas vezes debilitadas, então é necessário garantir que o animal não ofereça nenhum risco à saúde de ninguém. Atualmente, o Dr. Patinhas tem 16 cães aptos para o trabalho como terapeutas, pretende recrutar gatos para serem treinados e está em vias de se transformar em uma ONG. 

Yasmine relata que sempre gostou de fazer trabalho voluntário, mas se interessou especificamente por essa ação por gostar de ajudar as pessoas e também por gostar muito de animais, então, uniu o útil ao agradável. “Eu tive conhecimento do projeto no primeiro ano que ele iniciou, mas não podia participar. Neste ano, estou com um número reduzido de disciplinas e estava aguardando oportunidades de estágios, então consigo atuar no projeto durante a semana”, relata a estudante. Para quem quiser se voluntariar, existem visitas que acontecem aos finais de semana e não é necessário ter um cão. “Fazer trabalho voluntário é sempre um tempo muito bem aproveitado, pois além de fazermos o bem para o outro, também fazemos bem para nós mesmos”, diz Yasmine.

Para saber mais sobre o Dr. Patinhas, acesse a página do projeto no Facebook.