Institucional
Solidão e isolamento
Numa pandemia, quando os encontros presenciais devem ser evitados, é esperado que as pessoas sintam-se mais sozinhas. Pesquisas mostram que a solidão pode ser tão maléfica para a saúde quanto o tabagismo, o sedentarismo e outros fatores de risco. Esse sentimento, quando recorrente, pode aumentar níveis de depressão, ansiedade e irritação, e traz riscos para a saúde física. A solidão é, em partes, inevitável, mas também é possível pensar estratégias para que seja menos nociva e, talvez, até um estímulo para mudanças positivas. Veja quatro pontos que podem ampliar o entendimento e criar estratégias de enfrentamento:
- Como é a sua solidão? Cada pessoa a sente de um jeito e tem modos diferentes de lidar. Para qual necessidade específica a sua solidão te aponta?
- Você está de fato cultivando as relações que já tem? Há quanto tempo não demonstra afetos às pessoas que lhe são importantes? Quão responsável você é pelo seu isolamento?
- Você está realmente disponível para construir novos vínculos? Pode ser difícil conhecer novas pessoas, mas quando se tem clareza dos próprios interesses (de entretenimento, artísticos, políticos, filosóficos etc.), é possível utilizá-los para criar novos vínculos.
- Como as mídias sociais impactam sua solidão? Ao mesmo tempo que há uma facilidade de conectar-se com pessoas a qualquer momento, ficar muito tempo em redes pode trazer a sensação de isolamento e de que sua vida não é interessante. A internet tem te ajudado a conectar-se melhor ou está apenas potencializando o seu isolamento?
Texto: Coletivo de Saúde Mental da UNILA