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O quebra-molas

Neste mês, o "Minuto da Ética" faz um paralelo entre as lombadas, utilizadas para a redução da velocidade de veículos, e os mecanismos de controle que existem no ambiente de trabalho.
publicado: 05/11/2021 17h51, última modificação: 05/11/2021 17h52

As ondulações transversais de trânsito (também conhecidas como quebra-molas ou lombadas) são uma medida imperativa de redução de velocidade de veículos. Dependendo do tipo, podem forçar a redução a uma velocidade máxima de 20km/h. Sua eficácia é inegável. Ignorar sua presença é ter que lidar com dores no corpo e a “conta da oficina”.

A questão acerca da ondulação é que ela se aplica a todos, indistintamente. Ambulâncias, caminhões dos bombeiros, viaturas policiais, motoristas e passageiros com problemas crônicos de saúde, com bebês dormindo, idosos. A lombada não abre exceção. Não importa se você estava obedecendo o limite de velocidade, se estava praticando direção defensiva, se estava atento aos seus arredores. A lombada não tem meio termo: ou você freia ou provavelmente os passageiros ou peças/partes do carro sentirão os efeitos.

A lombada é uma medida tão extrema que o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) só autoriza seu uso após "estudo de outras alternativas de engenharia de tráfego, quando estas possibilidades se mostrarem ineficazes para a redução de velocidade e acidentes" (Resolução nº 39/98).

No trabalho, temos circunstâncias semelhantes. Mesmo em situações de emergência, há mecanismos de controle tão pesados que forçam todos a frearem ou a pagarem o preço por tentar ignorá-los. Mesmo quem atua com respeito ao Estado e à sociedade está sujeito a um controle que trata a “ambulância” da mesma forma que o “praticante de racha”.

Esses sistemas existem porque, ainda há pessoas que se aproveitam da posição na administração para benefício próprio – e todos podem pagar por isso. Mas, quando é desenvolvida uma cultura ética nas instituições, com transparência, clareza de posições e respeito, promove-se a redução do espaço para a presença de “rachas”, a tornar o "trânsito" mais seguro e mais fluido. Dessa forma, aos poucos, demonstra-se que as lombadas já não são mais tão necessárias.

Se quiser saber mais sobre como a ética contribui para a boa governança da administração, sugerir temas a serem tratados ou tirar dúvidas, entre em contato com a Comissão de Ética pelo e-mail comissao.etica@unila.edu.br.

Texto distribuído pela Comissão de Ética Pública (CEP) 
e adaptado e divulgado pela Comissão de Ética da UNILA.