Institucional
Novembro Azul
O Ministério da Saúde apontou, em 2008, que os homens não acessam com regularidade os serviços de saúde pela atenção primária. Em geral, adentram os serviços de média e alta complexidade, buscando tratamento ou reabilitação de agravos já instalados. A busca é protelada, problemas evitáveis surgem e o quadro agrava-se. A justificativa, muitas vezes, é o trabalho, mas o desencorajamento de falar de seus sentimentos, o não reconhecimento de fraquezas e a dificuldade em pedir ajuda são fatores que precisam ser repensados.
Apesar da campanha Novembro Azul estar fortemente vinculada à prevenção de câncer de próstata, o uso abusivo de álcool e outras drogas, desemprego, dificuldades sexuais, violência e o alto índice de suicídio são alguns aspectos que permeiam o público masculino. As taxas de morbidade e mortalidade por causas externas são aproximadamente sete vezes maior no sexo masculino - acidentes de trânsito, homicídios, suicídios e traumas entram nessa classificação.
Conforme o artigo “Suicídio de homens idosos no Brasil”, de Maria Minayo, Stela Meneghel e Fátima Cavalcante, o padrão de masculinidade vigente contribui para que os homens sejam as principais vítimas e os autores das diferentes expressões de violência social e de autoviolência letal. Esse padrão, que cultua uma masculinidade tóxica, estimula que conflitos sociais e pessoais de forma agressiva, pelo uso de armas de fogo, exposição a riscos e autoagressão. Confira os outros textos referentes ao Novembro Azul publicados no La Semana Unilera.