Novo IMEA: mulheres que fizeram a diferença

Este texto é uma homenagem, uma forma de reconhecimento e de agradecimento às mulheres que fizeram parte da história mais recente do Instituto Mercosul de Estudos Avançados da UNILA (IMEA). Ele também não deixa de ser mais uma forma de publicizar o processo de reestruturação do Instituto, de modo a atingir seus objetivos estatutários.

Antes da abordagem do período mais recente do IMEA, é preciso retomar, ao menos, uma parte de sua história inicial, para demonstrar que as mulheres sempre estiveram ligadas ao Instituto, desde o princípio. A fundadora da primeira cátedra do IMEA foi a antropóloga argentina – radicada na Venezuela – Hebe Vessuri. No ano de 2009, ela esteve em Foz do Iguaçu, durante um período de seis dias, para fundação da cátedra Amílcar Herrera de Ciência, Tecnologia, Inovação e Inclusão Social (criada em 30 de agosto daquele ano), e assumiu a frente do debate sobre o projeto de criação da nova universidade brasileira, a UNILA, em período anterior ao da lei de criação da Instituição (aprovada pelo Congresso Nacional Brasileiro em janeiro de 2010). Nesta época, o IMEA havia sido criado pelo Conselho Universitário da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e funcionava sob abrigo institucional da UFPR.

Já no período mais recente, em particular entre 2019 e 2022, quando ocorreu uma profunda reestruturação do IMEA a fim de atender seus objetivos estatutários, diversas outras mulheres também fizeram parte da história do Instituto.

A equipe técnica que trabalhou na proposta de reformulação e implementação dos quatro mais novos programas do IMEA foi composta pela administradora Leolina Vieira da Silva Oliveira (2019 – até o presente), pelas assistentes em administração Valquíria Carvalho Selhorst (2020-2021) e Ailda Brasil Araújo (2019- 2021) e pela estagiária Elisa Costa Silva (2019-2021). Elas foram responsáveis pela organização administrativa e pelo funcionamento do Instituto entre os anos de 2019 e 2022. Ou seja, entre outros trabalhos realizados, também foram protagonistas no processo de implantação dos novos programas do IMEA, em desenvolvimento desde meados de 2019 e aprovados pelo Conselho Universitário (CONSUN) em 1º de outubro de 2021.

Assista ao vídeo com os depoimentos dessas mulheres que fizeram parte da equipe técnico-administrativa que trabalhou no projeto de reformulação do novo IMEA.

A reformulação do Instituto ocorreu por solicitação da gestão da Universidade e foi realizada de forma a atender seus objetivos institucionais, conforme ratificado pelo próprio CONSUN em 1º de outubro de 2021, quando o Regimento, a Política Científica e o Regulamento dos quatro novos programas do IMEA foram analisados e aprovados.

Em busca do cumprimento daqueles objetivos, as atuais trabalhadoras do IMEA realizaram tarefas importantes, relacionadas à organização e saneamento de processos, elaboração das normativas (Política Científica, Regimento e Regulamento dos quatro programas do Instituto) e lançamento das primeiras chamadas públicas para promoção da pesquisa interdisciplinar avançada, em formato de editais, que têm garantido ampla democratização da participação da comunidade acadêmica da UNILA, por conta da universalização do acesso aos recursos públicos geridos pelo Instituto.

Foram elas que também trabalharam, com a coordenação do Instituto, para garantir a continuidade do funcionamento do IMEA de forma a atingir patamares de elevada excelência acadêmica e científica, em consonância com o cumprimento dos princípios da administração pública, como a legalidade (cumprimento das leis e normas), a impessoalidade (tratamento igualitário a todos os membros da comunidade), a moralidade (rigorosa observação dos princípios éticos na administração pública, daqueles estabelecidos por lei), a publicidade (prestação de contas à população) e a eficiência (boa gestão dos recursos e serviços públicos). 

Esses princípios acadêmicos, científicos e administrativos são norteadores da organização institucional de quatro programas científicos e acadêmicos de elevada qualidade, que têm sido reconhecidos no âmbito do Fórum Brasileiro de Estudos Avançados (FOBREAV), do qual o IMEA faz parte, juntamente com outros dez institutos brasileiros de estudos avançados.

Além das servidoras técnico-administrativas da UNILA, diversas outras mulheres fizeram parte da construção da proposta de reformulação do novo IMEA, sendo elas: as docentes Maria Adélia Aparecida de Souza (professora titular da USP, aposentada); Ana Célia Castro (professora titular da UFRJ, aposentada); Marlei Roling Scariot (professora associada do curso de Engenharia Química da UNILA); Maria Lucia Navarro Lins Brzezinski (professora adjunta do curso de Administração Pública e Políticas Públicas da UNILA); e Marcela Nogueira Ferrário (professora adjunta do curso de Ciências Econômicas da UNILA); além da assistente administrativa Prycilla Meirelles Nunes Nonato, no IMEA desde agosto de 2021 (no momento desta homenagem, ela está vivenciando a experiência do maternar, e voltará a reunir-se com a equipe do Instituto a partir de agosto de 2022).

Entre 2019 e 2020, o IMEA também teve uma coordenadora substituta, a professora Idete Teles dos Santos, do curso de Filosofia da UNILA. Já em 2022, a nova coordenadora substituta é outra mulher, a professora Ana Clarissa Stefanello, da área de Geografia da UNILA.

Por fim, a integrante mais recente da equipe do Instituto é outra jovem mulher, a estudante do curso de Cinema da UNILA Élida Bueno. Ela tem atuado em um projeto de recuperação da memória do IMEA, a partir do trabalho de digitalização das primeiras cátedras, que muito em breve estarão à disposição da comunidade acadêmica da UNILA, bem como de toda sociedade brasileira, latino-americana e caribenha.

Em sociedades tão desiguais e injustas no respeito e tratamento às mulheres – como a sociedade brasileira, entre outras latino-americanas e caribenhas –, este texto foi elaborado como singela homenagem e reconhecimento ao trabalho daquelas mulheres que fizeram, fazem e farão a diferença, por meio de seu trabalho e competência, estejam onde estiverem.