Institucional
Extensão: Palavra-mulher!
Estimada Mulher Extensionista Unileira,
Ser mulher é, antes de tudo, fazer parte como protagonista de uma história de árduas conquistas.
A extensão é feminina! Aqui, na Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Federal da Integração Latino-Americana, potencialmente no mês de março, dedicado internacionalmente a todas as mulheres, é importante enaltecer e relembrar seu destacado papel exercido em nosso segmento. Historicamente, em doze anos de PROEX, praticamente todo esse período esteve regido sob a óptica feminal, incluindo a criação desta macrounidade administrativa. Desde então, nossa história é feita por e para elas.
Nesse ínterim, foram desenvolvidas, por exemplo, ações de extensão dentro das áreas temáticas da Saúde e dos Direitos Humanos que envolvem assuntos próprios do universo feminino, como os que tratam sobre maternagem, amamentação, ginecologia, puerpério, atendimento às vítimas de violência doméstica e social, entre outros.
Mas nem tudo são flores. Em se tratando especificamente da violência contra as mulheres, quando observados os grandes conflitos em voga mundo afora, nota-se o elevado quantitativo de refugiadas, não obstante, a situação de vulnerabilidade social a que muitas, milhões de outras seguem expostas.
Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), as mulheres compõem atualmente mais da metade das pessoas deslocadas à força de seus países por guerras, perseguições políticas, crises econômicas. Muitas delas, com a destruição de seus núcleos familiares, viajam sozinhas expostas a ainda mais riscos que a população masculina, infelizmente potenciais vítimas de abusos sexuais e demais violações enfatizadas pelo gênero.
O relevante papel social desempenhado pelas mulheres notoriamente ganhou visibilidade quando do recente advento da pandemia, em que os lares latino-americanos, em grande parte financeiramente mantidos e majoritariamente arrumados pelo olhar e pelas mãos do feminino, revelaram, durante lives, meets e demais modos de interação, todo o malabarismo necessário ao cumprimento de jornadas duplas, triplas. São mães, avós, irmãs, filhas, netas e companheiras a capitanear múltiplos processos organizacionais. De segunda a segunda.
Só para se ter uma ideia, atualmente 52,24% das ações de extensão que estão em andamento no âmbito da UNILA são coordenadas por servidoras (isso de um total de 67). E a porcentagem aumenta quando o recorte é feito entre bolsistas, pois representam 59,42% num universo de 69 discentes.
Percebe-se, com isso, que cada vez mais têm sido ocupados lugares antes de grande dominação masculina. Não poderia ser diferente num rol de cursos, projetos e eventos mediados por uma Pró-Reitoria com evidenciada maioria feminina em seu corpo administrativo. Quatro de nossas cinco microunidades são encabeçadas por mulheres, incluindo a Coordenadoria de Extensão. Vale lembrar que a UNILA é hoje gerida por uma reitora, a primeira em nossa jovem história unileira.
Assim, projetos como “Mulheres na Música: Criação e Prática Musical na Região de Foz do Iguaçu”, “Saberes, Práticas e Vivências Maternas” e “Mulheres Catadoras: Pedagogia Cartonera para o Empoderamento”, do edital Mulheres Paranaenses, são apenas alguns dentre inúmeros exemplos de que a mulher pode, sim, ser o que quiser e onde quiser.
Assim, desejamos a todas as extensionistas um mês de muita luta. Não que os outros onze não o sejam. Porém, que este março de 2024 traga consigo muitas vitórias, as quais só se alcançam com o reconhecimento do grande trabalho realizado em todas as áreas do conhecimento, quer seja à luz do Ensino, da Pesquisa e, em especial, da Extensão Universitária, visto que seu impacto social contribui absolutamente para a formação acadêmica, rompendo os muros da instituição e se aproximando ainda mais da comunidade.