Ética e bem-estar

Janeiro, início de ano, é quando estamos mais focados nas resoluções e metas para os próximos 12 meses, de uma forma geral. E é exatamente nessa época, com o objetivo de chamar atenção para as necessidades relacionadas à saúde mental, que foi criada a campanha “Janeiro Branco”. Você a conhece?

A ação surgiu em 2014 e tem por objetivo a conscientização das pessoas, instituições e autoridades para as necessidades relacionadas à saúde mental. Sendo assim, convidamos você a refletir sobre como a ética e o bem-estar no ambiente laboral andam de mãos dadas.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), “a saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não simplesmente a ausência de doença ou enfermidade”. Pesquisas apontam que uma a cada cinco pessoas podem sofrer algum problema relacionado à saúde mental no ambiente corporativo, com impactos negativos no ambiente e na produtividade.

No serviço público, executar tarefas de forma ética é pensar no bem-estar coletivo. É agir com zelo, respeito e retidão, pensando sempre no bem comum. O agente público que se conduz por princípios éticos desencadeia resultados positivos imediatos na vida das pessoas, seja no ambiente de trabalho e no relacionamento com colegas, seja na entrega dos serviços públicos.

O Código de Ética do Poder Executivo federal (Decreto nº 1.171/94) nos ensina: “A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da ideia de que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do servidor público, é que poderá consolidar a moralidade do ato administrativo.”

Quando pautamos o nosso exercício profissional na ética, beneficiamos não só os destinatários do serviço, mas também a nós mesmos. Tornamo-nos um dos elos de uma rede coletiva de bem-estar, onde a ética impera como fundamento básico. Percebemos, assim, que o bem-estar mental atinge diretamente a esfera profissional, trazendo reflexos na produtividade e no relacionamento social.

Não se pode negligenciar os cuidados com a saúde mental. Percebeu algum comportamento que destoe do esperado no ambiente de trabalho? Vamos conversar e tentar resolver antes que a conduta interfira na saúde mental dos servidores. A Comissão de Ética está à disposição para ajudar nessa caminhada.

Texto distribuído pela Comissão de Ética Pública (CEP) 
e adaptado e divulgado pela Comissão de Ética da UNILA.