Engenharia de Energia

Como parte das atividades da disciplina “Transferência de Calor”, acadêmicos do curso de Engenharia de Energia participaram de uma palestra sobre aplicação da termografia em atividades de manutenção. A atividade ocorreu na última segunda-feira (9), nos laboratórios da UNILA no Itaipu Parquetec, e foi ministrada pela equipe de manutenção certificada da Itaipu Binacional.

Composta por Mario Augusto, Rodrigo e Ana Belen, a equipe da usina apresentou aplicações da termografia como ferramenta de manutenção em campo e trouxeram equipamento especializado para esse objetivo. Foram utilizadas câmeras termográficas da Itaipu e da UNILA para práticas no laboratório relacionadas à visualização da radiação infravermelha e sua correta leitura térmica.

Durante a atividade, também foi utilizada uma câmera de imagens ópticas de gás (OGI), que serve para visualizar dióxido de carbono (CO₂). O equipamento opera em uma faixa espectral muito estreita (4,2 µm a 4,4 µm), cujo sensor é resfriado por um microrrefrigerador Stirling, que usa hélio para manter temperaturas de -192 °C. Outro equipamento utilizado foi o simulador de Corpo Negro tipo Cavidade, que consiste em pequeno forno adequado par absorver quase que a totalidade da energia recebida, semelhante a substâncias comerciais recentemente desenvolvidas a partir de nanotubos de carbono como o Vantablack.

Os discentes puderam esclarecer conceitos teóricos já estudados em sala de aula, reafirmar o conhecimento em radiação térmica e suas aplicações, fazer práticas com operação de câmeras termográficas com orientação profissional e conhecer procedimentos e exemplos na prática de manutenção por termografia.

A radiação térmica é uma das três formas da transferência de calor, caracterizada pelo transporte de calor através de ondas eletromagnéticas ou de fótons, com grandes aplicações na indústria e no cotidiano. Embora essa transferência de calor se aplique apenas a uma faixa do espectro eletromagnético, localizado aproximadamente entre 0,1 µm a 100 µm, este inclui o espectro visível (aquele que conseguimos enxergar a olho nu) que abre um mundo de oportunidade para muitas áreas do conhecimento.

Essa iniciativa reafirma a parceria colaborativa entre instituições do Itaipu Parquetec para diversos fins, em especial aqueles relacionados aos objetivos acadêmicos de ensino, pesquisa e extensão das universidades.