Institucional
A base da pirâmide
Quando se fala em hierarquia, uma das primeiras imagens que vem à mente é a da pirâmide: sua base larga que vai se estreitando à medida que se sobe, até que todos seus eixos convergem em um único ponto no topo.
É fácil traduzir a figura para a estrutura de uma organização. Uma autoridade máxima em cima, com sua equipe de direção, a assessoria imediata, passando pelas gerências, até se chegar à amplitude das equipes responsáveis pela execução das ações aprovadas no distante cume.
Mas também podemos pensar em hierarquia como uma pirâmide invertida: a base passa a representar o apoio e a sustentação dada por quem assume o peso da responsabilidade de liderar uma instituição. Afinal, cada camada sucessiva só consegue ser erguida se a anterior for sólida.
O agente público que atua na ponta só terá segurança em executar suas atividades se souber que é apoiado por todas as instâncias que o precederam. Para estar na ponta, é preciso ter confiança de que as regras foram seguidas; que as ações foram definidas pensando-se em alcançar o bem comum, fazendo uso racional dos recursos disponíveis. Como em um castelo de areia, uma pirâmide sem fundamentos irá desmanchar ao sinal da menor pressão.
Foi pensando nessa estrutura que o Código de Conduta da Alta Administração Federal previu o dever de exemplo: “A conduta dessas autoridades (...) servirá como exemplo a ser seguido pelos demais servidores públicos, que (...) sempre se sentirão estimulados por demonstrações e exemplos de seus superiores”.
Na Administração Pública, para ser realmente importante e respeitado, é preciso aprender a servir – e não só a quem está acima, mas também, e principalmente, os cidadãos e a todos que contam com seu trabalho para levar adiante a missão de construir um país mais livre, justo e solidário.
A Comissão de Ética da UNILA deseja a todos muita saúde, paz e ética neste novo ano.
Texto distribuído pela Comissão de Ética Pública (CEP)
e adaptado e divulgado pela Comissão de Ética da UNILA.