Você sabe o que é dignidade menstrual?

A menstruação é um tema e um fato que uma cultura misógina sempre colocou à margem, sendo objeto de repulsa e estigma, um assunto tabu em muitas famílias, serviços de saúde, escolas, poderes públicos e mídia. Por esses motivos, muitas pessoas que menstruam vivenciam o ciclo menstrual em situação de solidão, vergonha e desconhecimento. Se “vazar” na roupa, é situação que constrange e que expõe a comentários ridicularizadores. 

O fato de não falar sobre a menstruação demonstra preconceitos perpetuados no dia a dia. Nomeá-la usando eufemismos, como “estar naqueles dias”, “estar de chico”, “regras”, significa tornar invisível um fenômeno fisiológico e recorrente, além de alimentar mitos e tabus extremamente danosos às mulheres, meninas e pessoas que menstruam. São várias imposições culturais a partir do momento que uma pessoa menstrua pela primeira vez.

É fundamental reconhecer que todas as pessoas que menstruam têm direito à dignidade menstrual, o que significa: ter acesso a produtos e condições de higiene adequados. A ausência de itens básicos de higiene, saneamento básico, afetam diretamente a dignidade, integridade corporal, saúde e bem-estar, dando lugar à pobreza menstrual.

De acordo com a ONU (Organização das Nações Unidas), o acesso à higiene menstrual é reconhecido como uma questão de saúde pública e, fundamentalmente, de direitos humanos. A população mais exposta a essa realidade são pessoas em situação de rua, carcerárias, com índices extremos de vulnerabilidade social e econômica.

Com o objetivo de conscientizar e minimizar a problematização sobre a pobreza menstrual, desmistificar tabus sobre o tema e garantir o direito à dignidade menstrual, a Pró Reitoria de Assuntos Estudantis (PRAE) criou o Auxílio Dignidade Menstrual para as (os) discentes mulheres, homens trans, pessoas não binárias que menstruam e mulheres cis.

Texto: Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis