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Combate à chikungunya

Confira o texto do Departamento de Atendimento à Saúde do Estudante, da PRAE, com informações a respeito de sintomas, cuidados e formas de prevenção à chikungunya.
publicado: 06/03/2023 16h15, última modificação: 06/03/2023 16h56

Conforme o último boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde, publicado em 28 de fevereiro, os casos de chikungunya no Paraná aumentaram 92,3% em relação à semana anterior, passando de 14 para 27. E boa parte desses casos foi registrada na região Oeste do Estado.

Desta forma, o Departamento de Atendimento à Saúde do Estudante (DEAS), da PRAE, elaborou um texto com informações sobre sintomas, cuidados e formas de prevenção à doença:

A chikungunya é uma doença viral transmitida ao ser humano pelo mosquito aedes aegypti, o mesmo que transmite a dengue. O tempo de incubação, ou seja, o tempo para o surgimento dos sintomas a partir da picada do mosquito infectado, geralmente é de 3 a 7 dias (variando de 1 a 14 dias). O início dos sintomas é de forma abrupta, e os mais comuns são:

- Febre (podendo ser alta, >39);
- Dores intensas e/ou inchaços nas articulações ;
- Dor nas costas;
- Dores pelo corpo;
- Erupção avermelhada na pele;
- Dor de cabeça;
- Dores e inchaço nas articulações;
- Náuseas e vômitos;
- Dor retro-ocular;
- Dor de garganta;
- Calafrios;
- Diarreia e/ou dor abdominal (manifestações do trato gastrointestinal são mais presentes em crianças).

Muitos pacientes apresentam somente a fase aguda da doença e melhoram de todos os sintomas. A febre e a artralgia (dor na articulação) são os sintomas mais característicos da chikungunya, sendo que a artralgia pode ser o primeiro sintoma em até 70% dos pacientes. Além disso, a artrite pode ocorrer em até 60 % dos casos na fase aguda. 

Geralmente, várias articulações são acometidas, simultaneamente, logo no início da doença. O envolvimento das articulações das mãos, punhos e joelhos é frequente, impossibilitando, inclusive, a capacidade de andar. O termo chikungunya expressa essa dificuldade para caminhar já que significa “aqueles que se dobram”, em swahili, um dos idiomas da Tanzânia.

Uma parcela dos indivíduos com a chikungunya evolui com cronicidade, isso significa que o quadro articular (dor e edema) permanece por mais de três meses. Esse conjunto de sintomas faz diagnóstico diferencial com doenças autoimunes, como a artrite reumatoide.

Com o aumento dos casos da doença na região da fronteira, o diagnóstico de infecção pelo vírus da chikungunya deve ser suspeitado em pacientes com início agudo de febre e poliartralgia (dor em várias articulações ao mesmo tempo). 

O DEAS orienta que, caso você apresente esses sintomas, é necessário procurar atendimento na unidade básica de saúde (UBS) mais próxima de sua casa. Se for durante o fim de semana, à noite ou em feriados, busque atendimento nas unidades de pronto atendimento (UPAs) do município.

Para prevenção, é importante usar repelente. É essencial, ainda, evitar os criadouros do mosquito, realizando atividades simples, como:

- Evitar água parada em locais como vasilhames, calhas e pneus;
- Colocar areia nos pratos dos vasos de planta;
- Observar se as plantas, como bromélias, estão acumulando água;
- Deixar a caixa d’água fechada;
- Deixar garrafas sempre viradas com a boca para baixo;
- Manter ralos sempre limpos;
- Não acumular lixo em quintais nem descartá-los em lotes baldios.

 

Texto: Liana Maria Tavares Genovez, médica da PRAE

Referências: Ministério da Saúde, Sociedade Brasileira de Reumatologia, Plataforma Up to date e Fiocruz.