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Extensionistas Larissa Fostinone, Suheide Rosa e Karolina Mendes

publicado 12/09/2022 07h13, última modificação 31/12/2022 12h11
Essa edição conta a história das extensionistas do Laboratório de Tradução da UNILA

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Essa edição do Minha História na Extensão vem nos contar sobre a trajetória das extensionistas do projeto de extensão intitulado: Laboratório de Tradução da UNILA.

Venha conferir!

Larissa Fostinone

"Eu acho super importante ter projetos nesse tipo, que alcancem o público, principalmente que saiam da comunidade interna e que trabalhem com outros saberes que não esses saberes tradicionais da academia". 

Larissa Fostinone é docente da Unila, atua na área de Letras e Linguística. e é coordenadora do projeto de extensão laboratório de Tradução. Sua história na extensão se iniciou bem antes de começar sua carreira na Unila, quando trabalhava no centro interdepartamental de línguas na faculdade de filosofia, letras e ciências humanas da Universidade de São Paulo.

A minha relação com a extensão vem desde 2007. Obviamente que lá naquele contexto era uma relação muito diferente da relação que eu construí aqui na Unila, porque são universidades completamente diferentes [...] Aqui na Unila eu fui participando de diversos projetos de extensão. Então eu estive em projetos de formação continuada para professores do ensino básico, participei de oficinas, de cursos que são coordenados por outros professores da área de letras linguísticas.

Eu também criei um projeto de extensão que é o “Baile Latino Integração pela Dança”. Ele foi criado em 2017 e a ideia é o que está no nome, trabalhar a integração a partir da dança. A gente fez oficinas naquele ano, fizemos algumas oficinas dentro da Unila, duas oficinas fora da Unila, uma delas no CRAM – Centro de Referência de Atenção a Mulher, e também fizemos duas festas que foram muito interessantes e se chamava “Rumbaiô”.

A organização dessas festas foi conjunta com a professora Bruna, com quem eu tenho uma relação de longa data porque a gente se conhece lá da USP. E essas festas foram momentos muito interessantes em que de fato a gente levou a extensão para um outro espaço, o espaço da confraternização, e de uma integração feita a partir de outros saberes que não são saberes considerados acadêmicos, saberes do corpo…são saberes populares. Quando eu me afastei em 2018 para concluir o meu doutorado, o projeto passou para a coordenação da Sandra Sotovici, Coreógrafa da Unila, que deu continuidade e até hoje mantém a ideia viva.

E eu acho super importante ter projetos nesse tipo, que alcancem o público, principalmente que saiam da comunidade interna e que trabalhem com outros saberes que não esses saberes tradicionais da academia. O laboratório de tradução tem muito isso também, pois é um espaço de integração entre ensino, pesquisa e extensão. Ele nos proporciona um espaço de formação contínua, em que eu trago muito da minha pesquisa, da minha formação em letras, mas sempre pensando no que vamos construir fora da universidade.

Então a tradução é um lugar muito importante de atuação, principalmente em uma universidade como a nossa. Esses projetos que o laboratório vem abraçando, as traduções dessas vozes que são periféricas, que são marginalizadas, que não são ouvidas dentro da academia, adquirem um caráter político super importante também. 

Karolina Mendes Pata (Karo)

“Eu sou extensionista desde que cheguei na universidade, participando de outros projetos e acho superimportante a existência da extensão”.

Karolina, ou Karo, como prefere ser chamada, é estudante do curso de Antropologia e diversidade cultural da Unila. Entrou na universidade em Me chamo Karo, sou estudante do curso de antropologia e diversidade e desde então já se integrou às atividades extensionistas, seja como voluntária ou participante de cursos, e também como bolsista desde 2018 em outros projetos, dentre eles, o Laboratório de tradução.

Minha chegada na Unila foi em 2017, eu estava viajando de bicicleta e passei aqui pela região da tríplice fronteira durante essa viagem, e conheci algumas pessoas que estudavam na Unila. Até então eu nunca tinha ouvido falar da Universidade, e quando eu passei por aqui eu fiquei com essa coisa assim, “integração latino-americana, nossa, que interessante isso”, e enfim. Segui a minha viagem, segui a vida, e aí em 2018 continuou essa questão… quer dizer, no finalzinho de 2017 continuou essa questão de eu querer voltar estudar e pensar nessa possibilidade assim, desse projeto me interessar mais do que outros projetos de universidades.

Quando eu entrei na Unila sempre fiquei com essa coisa, “nossa, eu quero usar o espanhol” e sempre buscando essa perspectiva da tradução em si, até que me deparei com o laboratório de tradução da Unila. Conheci a professora Bruna enquanto eu aplicava a minha prova de proficiência que tem na Unila, pra você não precisar fazer a disciplina de língua adicional. E ai sempre fiquei com esse interesse nesse projeto que já estava em andamento na época, com a finalização da tradução da Maria Carolina de Jesus. E ai em 2019 saiu essa oportunidade de seleção para o projeto da tradução da obra doosteriormente como bolsista.

O laboratório é um espaço muito interessante de ensino e aprendizagem. É um espaço de formação de tradutores e desde uma perspectiva crítica, o que eu acho muito importante, por que não é aquela tradução por traduzir, é u Hugo Blanco, de “Nosotros los Indios”. Foi ai que eu entrei no laboratório como voluntária e pma outra perspectiva de traduzir, de você conseguir passar por outras abordagens desde um pensamento crítico, como de valorização do idioma de origem da língua. E sem falar que o projeto me trouxe o conhecimento de pesquisa acadêmica, aliado a tradução, além do processo prático de formação e que também foi uma oportunidade pedagógica de melhorar o meu conhecimento linguístico idiomático, tanto na língua adicional que seria o espanhol, como também na minha língua materna. E sem falar que é muito gostoso o espaço do laboratório, é um ambiente bem acolhedor que me instiga, que é interessante. Então é isso.

 

Suheide Rosa de Oliveira Souza Goes

“As máquinas não tem sentimento e a tradução é a arte de você conseguir traduzir algo com sentimento. As máquinas não tem isso."

Suheide é discente do curso de Letras - Espanhol e Português como línguas estrangeiras. Entrou na Unila no ano de 2018, mas a sua trajetória com o espanhol e com a tradução já vem de mais tempo. Sua história foi marcada por muitos desafios e muitas lutas para chegar até a Unila e começar a fazer as disciplinas e participar do projeto de extensão. A maternidade e o cuidado com seus dois filhos trouxe ainda mais desafios em sua trajetória, mas não a fez desistir. Confira sua história: 

Aqui em Foz eu consegui fixar morada e agora estar me formando. Morei um ano e meio na Espanha, por conta do Pós-Doc do meu marido. Lá eu consegui estudar um pouco o espanhol e é algo que eu sempre gostei, desde o meu ensino médio que eu fiz em Goiânia. Tenho 45 anos, então, da turma eu acho que provavelmente eu sou a mais velha, incluso das professoras. A Unila me proporcionou essa possibilidade, depois de ter passado esse tempo fora estudando em Madri.

Em 2018 quando eu entrei, eu não consegui fazer todas as disciplinas no curso de Letras, de LEPLE. E aí em 2019, eu vi o curso de extensão divulgado pela professora Bruna Macedo e eu me inscrevi e eu fui selecionada para trabalhar como voluntária. 

Para conciliar as disciplinas com a extensão, pra mim o presencial foi bem complicado por conta dos meus dois filhos, a gente sabe que é complicado, e o meu marido trabalhava às vezes os três períodos, manhã, tarde e noite. Então tinha dia que eu levava os meus filhos pra faculdade a noite, porque o meu curso é noturno. Tinha dias que eu deixava os meus filhos naquela salinha de entretenimento da Unila, no JU. Conheci um monte de galera e conheci a professora Ana Paula que é de educação inclusiva, que inclusive fez pesquisa com os meus filhos durante as aulas, e as disciplinas, enfim.

A partir de 2019 o laboratório me trouxe uma gama de conhecimento muito grande, muito vasto. Essa paixão que eu venho com ela desde o ensino médio, e passou por todo um conhecimento que eu consegui ter quando eu morei na Espanha, aqui ele abriu um leque enorme. O laboratório de tradução da Unila me fez essa possibilidade.

O trabalho do laboratório eu acho que tem que ser cada vez mais divulgado e ampliado o acesso à extensão. As vezes as pessoas desconsideram o trabalho da tradução e pensam que é simples: ah, joga no google e o google tradutor faz isso”. Não. Tradução não é isso. Tradução é uma arte. Eu faço outra extensão com a professora Valdilena, que a gente tem um projeto de iniciação científica, que a gente fica pensando nas tecnologias que a gente tem. Ah, hoje em dia você pega o celular e tem essas coisas de falar “ah, o computador vai fazer isso”. Não. Hoje em dia você tem que pensar o seguinte:

“As máquinas não tem sentimento e a tradução é a arte de você conseguir traduzir algo com sentimento”. As máquinas não tem isso.

Enfim, eu também faço outras extensões, porque estou sempre tentando fazer alguma coisa, aproveitando o meu tempo por estar na universidade e de preferência o laboratório de tradução é o meu preferido. É isso!

 

Essa foi a história de Larissa, Suheide e Karo.

Conhecer a trajetória de extensionistas faz da extensão um lugar especial na universidade!

 

Links relacionados ao projeto: SIGAA

 

Entre em contato conosco para contar a sua história também! 

Departamento de Culturas e Comunicação

Email: decc.proex@unila.edu.br