Mostra de Cursos apresenta universo acadêmico da UNILA a estudantes da região

Conhecer um protótipo de um carro ultraeficiente e não poluidor; logo ao lado, ter a possibilidade de saber sobre um dos tipos de turbinas que podem ser usadas na geração de energia. Mais adiante, assistir a uma apresentação musical. À frente, entrar em salas onde é possível saber mais sobre a Antropologia, Filosofia ou Cinema e Audiovisual. Essas e outras oportunidades foram oferecidas a cerca de 1,5 mil estudantes do Ensino Médio pela Mostra de Cursos de Graduação da UNILA. Um dos eventos da 7ª Semana Integrada de Ensino, Pesquisa e Extensão (SIEPE), este ano a Mostra ampliou seu escopo: além de contar com um panorama dos 29 cursos de graduação oferecidos pela instituição, incluiu informações sobre outras ações, como o Ciclo Comum de Estudos. Em dois dias, o evento recebeu alunos de cerca de 25 instituições de Foz do Iguaçu e região. Entre elas, as destinadas à população indígena, à educação no campo e à educação de jovens e adultos.

Em sua sexta edição, pela primeira vez a Mostra de Cursos recebeu os estudantes – ao lado de professores, coordenadores e outros profissionais envolvidos – no Campus Integração. Para isso, foi montada uma logística que incluiu transporte até o local nos períodos da manhã e da noite. Nestes, além de conhecer mais sobre as atividades de ensino, pesquisa e extensão da UNILA – por meio das apresentações sobre os projetos desenvolvidos e as disciplinas oferecidas – o público recebeu informações sobre as formas de ingresso e como é possível desenvolver uma trajetória dentro da instituição.

“Para a UNILA é motivo de muito orgulho poder mostrar o nosso trabalho. Apresentar tudo o que os cursos desenvolvem e como esses cursos funcionam no seu dia a dia”, resumiu o pró-reitor de Graduação, Antonio Machado Felisberto Junior. Segundo ele, este momento é fundamental, pois permite aos discentes da instituição compartilhar suas vivências com os estudantes do Ensino Médio – público que, em um futuro próximo, pode também ingressar na Universidade. Além disso, destacou o pró-reitor, a iniciativa permite “mostrar tudo o que a Universidade oferece de apoio ao estudante, de permanência na instituição e de inovação, pesquisa e pós-graduação: tudo aquilo que podemos oferecer à comunidade”.

Cerca de 1,5 mil estudantes de 25 instituições de ensino de Foz e região visitaram a Mostra – Foto: Moisés Bonfim - SECOM/UNILA

 Aproximação

 Além de possibilitar o conhecimento sobre a UNILA, a Mostra de Cursos favorece o diálogo entre docentes das instituições visitantes e professores da UNILA. Classificada como “importantíssima” pelo pró-reitor de Graduação, esta relação abre caminho, por exemplo, para que estes educadores possam também vir a ser alunos da Universidade. “Os professores da rede podem se qualificar dentro da instituição. Por isso, nós também temos aqui, na Mostra de Cursos, os programas de pós-graduação. Além disso, eles podem vir a fazer uma segunda ou terceira graduação. Um professor sempre está em evolução e pode buscar outras áreas”, contextualizou. Outra possibilidade é a formação de parcerias, o oferecimento de estágios e outros serviços promovidos pela instituição.

Professora do curso de Formação de Docentes do Colégio Estadual Barão do Rio Branco (Jardim Polo Centro), Neusa Batista Ramos Marchetto é uma das que acompanharam alunos até a Mostra, visando a ampliar o conhecimento deles a respeito da Universidade e das graduações oferecidas. Em sua análise, esse estreitamento de relações leva os estudantes “a discernir, entre aquilo que visitam, seu futuro profissional”. “Aqui, eles vão descobrindo qual será a nova jornada deles assim que saírem do Ensino Médio”, comentou.

Ao lado de cerca de 120 estudantes de cinco turmas do segundo ano, a docente explicou que grande parte desses jovens não conhecia a Universidade e não sabia o que seria uma Mostra de Cursos. A visita guiada, com apresentação de projetos de equipamentos e instrumentos, os levou a uma ampliação dessa visão. “Hoje, eles têm a oportunidade de conhecer esses cursos que a UNILA oferta”, celebrou. Segundo ela, esse fato é ainda mais relevante se somado à possibilidade de ingressar em uma graduação oferecida por uma instituição pública e de qualidade, situada em Foz do Iguaçu. “Se formos analisar o processo histórico, veremos que nossos alunos não tinham tanta oportunidade como nós temos hoje: de sair do Ensino Médio e ingressar em uma Universidade pública. A Universidade pública coloca nossos alunos onde eles queriam estar e antes não tinham essa oportunidade”, contextualizou.

Discentes de música se apresentam na Mostra: diversidade de cursos oferecidos pela UNILA – Foto: Moisés Bonfim – SECOM/UNILA

 Discentes

 Um dos alunos que estiveram na Mostra, Gabriel Kaiky Ferreira Brito, do Colégio Estadual Flavio Warken (Vila C), nunca havia visitado o campus Integração e não conhecia a maioria dos cursos de graduação oferecidos pela UNILA. Por esta razão, de acordo com ele, a experiência foi ainda mais significativa. “A UNILA com certeza estaria nos meus planos”, comentou o estudante sobre uma possível graduação. Sobre o evento, ele foi enfático: “Achei muito ‘da hora’ a interatividade que estamos tendo. Está muito bom”, considerou.

Entre os projetos que poderiam ser visitados por alunos como Gabriel e seus amigos, estava uma bancada didática com uma turbina Pelton – equipamento que pode ser utilizado para a geração em usinas hidrelétricas. Acadêmico de Engenharia de Energia, Mauricio Fretes foi um dos responsáveis por explicar o funcionamento do equipamento. Segundo ele, a bancada permite fazer experimentos de variação de carga elétrica e medir parâmetros de vazão e fluxo de água que passa pela turbina. Atualmente, o equipamento é utilizado nas disciplinas de Máquinas de Fluxo e Sistemas Hidráulicos.

Acadêmico do quarto ano, Fretes vê na Mostra uma forma de desmistificar a graduação que escolheu. Para ele, por meio da iniciativa, é possível fazer com que as pessoas vejam que “o curso não é só conta superpesada e tem partes práticas” que podem ser desenvolvidas no seu decorrer. “E essa bancada aqui é importante para isso: mostrar aos alunos que eles podem aprender de forma visual e prática”, encerrou.

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