Ensino
6º SAFOR evidencia importância da formação docente e da permanência estudantil
O Seminário de Atividades Formativas (SAFOR) chegou à sua 6ª edição, como um dos eixos principais da Semana Integrada de Ensino, Pesquisa e Extensão (SIEPE) na UNILA. O evento, realizado na semana passada, teve a apresentação de 138 trabalhos, subdivididos em 30 sessões. As apresentações evidenciaram o esforço institucional para fortalecer a formação acadêmica, a integração estudantil e a produção de práticas inovadoras no contexto de uma universidade internacional e fronteiriça.
Entre os temas predominantes estiveram: formação docente e práticas pedagógicas do PIBID, tutoria e permanência estudantil de estudantes indígenas, migrantes e refugiados, monitoria acadêmica em diversas áreas do conhecimento e ações do PET-Saúde voltadas à equidade, saúde mental e atenção básica. O evento também reuniu iniciativas relacionadas à interculturalidade, sustentabilidade, direitos trabalhistas e educação científica, compondo um panorama diversificado da atuação universitária e representando a multiplicidade de temas trabalhados nos 13 programas acadêmicos vigentes na UNILA.
Um dos trabalhos apresentados foi o da discente Ana Clara de Almeida Valadão, que já atua no Programa de Monitoria Acadêmica (PROMA) há dois anos. Ela apresentou o trabalho “Monitoria Acadêmica como Estratégia de Integração de Discentes de Medicina no SUS”, no qual relatou a experiência de auxiliar os colegas ingressantes no curso a compreenderem melhor o Sistema Único de Saúde. “Nosso objetivo é ajudar os colegas a entenderem melhor a composição do SUS e as práticas das Unidades Básicas de Saúde, pois esse cenário é também o que encontraremos ao trabalhar, como futuros profissionais de saúde”, ressaltou.
Conforme explicou a estudante, “o SUS é um modelo único dentro de toda a América Latina, e todo esse contexto faz com que muitos alunos – principalmente os estrangeiros – nunca tenham tido contato com esse modelo público, gratuito e universal”. Assim, desde o primeiro semestre, os estudantes de Medicina já começam a aprender sobre a Atenção Primária em Saúde, que ordena todos os fluxos dentro do SUS. “Eles começam estudando as leis e também veem os sistemas de saúde ao longo de toda a América Latina para entender justamente essa unicidade que tem o SUS”, reforça.
Para Ana Clara, a oportunidade de atuar como monitora durante a graduação serve não apenas para auxiliar os colegas, mas também para o seu próprio crescimento profissional e pessoal. “Pois uma característica essencial enquanto estudante de Medicina e também enquanto futura profissional da saúde é a habilidade da comunicação. É essencial desenvolver competências como a oralidade, a comunicação interpessoal, saber falar com o paciente. E a monitoria ajuda a gente a desenvolver isso”, pontua.
Outra apresentação no SAFOR foi da estudante Maricielo Esther Saloma Jano, do 6º período do curso de Ciências Econômicas - Economia, Integração e Desenvolvimento. Ela apresentou o trabalho “Una mirada sobre la permanencia de los estudiantes en el programa PET”. O objetivo do trabalho foi entender as dificuldades encontradas pelos discentes para a permanência na Universidade. “Esse projeto poderá servir de base para pesquisas futuras ou outros projetos de estudantes, que poderão citar esses dados e utilizá-los para tornar seus trabalhos mais eficazes”, afirma.
Na visão de Maricielo, há uma série de fatores a serem considerados. “Eu conheci vários estudantes peruanos que deixaram a Universidade por diferentes motivos — alguns comentaram que não se sentiram capazes, que acharam que não conseguiriam continuar estudando, então acabaram saindo da Universidade. Por isso, acredito que o programa de tutoria estudantil ajudou muito, assim como outros programas que buscam apoiar os estudantes para que consigam seguir nos estudos, além das diferentes bolsas que a UNILA oferece.”
Para ela, a experiência de ser “petiana” é muito enriquecedora. “Participar do PET é algo de que eu gosto muito e que me deixa muito orgulhosa, porque, além de desenvolvermos os projetos, nós não ficamos apenas nisso — também ajudamos no núcleo, onde realizamos atividades com crianças e adolescentes. Eles aprendem, e nós aprendemos também”, enfatiza.
Acesse a lista de todos os trabalhos apresentados
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