Institucional
Com 90 trabalhos, SEUNI mostra a força da extensão no território
As atividades de extensão são as que mais aproximam a Universidade da comunidade. Nesta edição do Seminário de Extensão da UNILA (SEUNI), evento que integra a Semana Integrada de Ensino, Pesquisa e Extensão (SIEP), foram apresentados 90 trabalhos em formato de tertúlias, uma das novidades deste ano. Cada sessão reuniu entre cinco e seis trabalhos e os estudantes tiveram cinco minutos para a exposição. Ao final foram feitas discussões.

- Diálogo ficou facilitado com formato tertúlias Foto:Moisés Nascimento SECOM/UNILA
Para a pró-reitora de Extensão, Andreia Moassab, o novo formato, tornou as apresentações mais dinâmicas. “Os estudantes tiveram cinco minutos para apresentação e uma hora para o debate. Procuramos montar sessões com projetos convergentes justamente para ampliar a troca de conhecimentos e as experiências em campo, no território”, avalia. Segundo ela, a mudança também foi bem recebida por docentes e estudantes. “Acho importante destacar também a riqueza temática dos trabalhos apresentados.”
Temas em debate na COP30 também são preocupação da equipe do projeto de extensão “Transição energética e mudanças climáticas – Espaços de discussão com a sociedade”, que busca a sensibilização da comunidade acadêmica e de setores produtivos da região sobre a necessidade de buscar estratégias de enfrentamento para essas questões, estimulando o engajamento com o desenvolvimento sustentável.
O estudante Albeiro David Pabuena Cadena está encarregado de promover ações junto aos futuros profissionais, principalmente da área das engenharias, sobre a necessidade de a questão climática estar na pauta de suas atuações. “Participar deste projeto traz a satisfação de poder conectar-me com a comunidade e perceber que podemos ajudar a resolver problemas que temos hoje. Mesmo que não seja resolver diretamente ou imediatamente, mas ter como visão que podemos ajudar a sociedade a melhorar”, pontua.

- Victor Cuenca Fleitas: um mundo melhor para as futuras gerações
Em outra frente, Victor Antonio Cuenca Fleitas, que assim como Albeiro, é estudante de Engenharia de Energia, participou de vários encontros com empresários ligados à Associação Comercial e Industrial de Foz do Iguaçu (Acifi) para apresentação de pesquisas e dados e a discussão sobre a necessidade da busca por soluções ambientais em processos de produção. “O que estamos fazendo, não estamos fazendo somente para nós, mas para as próximas gerações. Elas também merecem o que estou vivendo e têm o mesmo direito de viver num planeta limpo e saudável”, diz.
Em outra sessão, foram reunidos trabalhos relacionados à memória e à cultura. Bemto Petille Dorta trabalhou no inventário histórico-cultural dos bens da coleção Harry Schinke, farmacêutico e fotógrafo pioneiro de Foz, e dos objetos históricos encontrados no prédio do antigo Fórum Estadual de Justiça, construído em 1955 e hoje ocupado pela Fundação Cultural. Esse material está exposto em duas celas localizadas no porão do antigo Fórum, que eram utilizadas para presos à espera de julgamento.

- Bemto Dorta: resgate histórico Foto:Moisés Nascimento SECOM/UNILA
Integrante do projeto de extensão “Porão da Memória: democracia e direitos humanos através da musealização das celas do antigo Fórum de Justiça”, o estudante de Mediação Cultural – Letras e Artes teve oportunidade de conhecer um pouco da história da cidade e, também, encontrar possibilidades para sua futura atuação profissional. “Por ser uma área nova, no Brasil, a museologia é uma das possibilidades de atuação para quem faz meu curso”, aponta. Trabalhar com a salvaguarda desse acervo, acompanhando os processos de tombamento e as pessoas que estão lutando por esse espaço de memória, é muito especial”, completa.

- Jhenifer Almeida: integração Foto:Moisés Nascimento SECOM/UNILA
Outro projeto apresentado na mesma sessão foi o desenvolvido por FULANA: Favelas.BR. O projeto é uma parceria entre a UNILA e a Central Única das Favelas (Cufa) e oferece meios, estrutura e estratégias para que as lideranças comunitárias tenham um acervo histórico digital, que inclui site próprio e documentos que possam contar a história de cada comunidade. A partir de uma metodologia desenvolvida pela UNILA, o Favelas.BR está sendo desenvolvido em várias cidades do Paraná e pode ser adotado por qualquer comunidade.
Atuando no bairro Cidade Nova, a também estudantes de Mediação Cultural diz que desenvolver o projeto de extensão foi importante para “conhecer outras narrativas”. “Enquanto universitária, mediadora cultural, produtora cultural, é importante essa questão da integração com as pessoas do bairro e também fortalecer esse projeto da Biblioteca do Cidade Nova, que vem desde 2011”, comenta.
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