Extensionistas Paulo Renato, Guilherme Damasceno e Gustavo Alves
O “Minha História na Extensão” quer te contar sobre a trajetória dos extensionista Paulo Renato, Guilherme Henrique e Gustavo Alves.
Venha conferir!
Paulo Renato
O docente Paulo Renato da Silva chegou na Unila no ano de 2010. Desde lá, participou de muitos projetos de extensão ligados ao cinema com cine debate, que eram projeções públicas e tinham a participação da comunidade para debates sobre o filme. Na época, segundo o professor, foram feitas apresentações no teatro Barracão, de Foz do Iguaçu e na Unila centro. Atualmente o projeto de cine debate está sendo conduzido por outros extensionistas. Hoje, Paulo participa como colaborador do blog de história, um projeto que vai muito além do interesse acadêmico, pois representa a história de 12 anos em Foz do Iguaçu.
Eu costumo dizer que a universidade deve ter o direito de estudar e pesquisar aquilo que ela quiser. Deve ser um espaço de plena liberdade e autonomia intelectual. Mas é importantíssimo que a gente use essa autonomia e essa liberdade também, para tocar em pontos que de alguma forma estejam mais presentes ou mais visíveis na vida da comunidade na qual a gente se insere. Eu gostaria de dizer também a respeito do perfil da revista Painel. Para aqueles que tem interesse em uma história do turismo na cidade, a revista é fundamental. Ela é considerada uma das grandes que seria vocacionada ao turismo. Veja bem, nós historiadores, o nosso papel é problematizar discursos, é problematizar aquilo que geralmente as pessoas acreditam.
É claro que Foz do Iguaçu tem potencial turístico, cataratas, fronteira, enfim, mas como é importante que a cidade também olhe essa imagem com desconfiança. E porquê? Por que se a gente também só atrela a cidade ao turismo, deixamos passar outras possibilidades. Se olhamos só o turismo temos que pensar “Quais setores da cidade são favorecidos por esse discurso?”. Evidentemente, milhares de trabalhadores, mas também setores da elite da cidade. Donos de hotéis, agências de turismo, enfim. E que a gente possa também problematizar o quanto esse discurso interessa que seja mantido e alimentado, para quem? Entendendo melhor as relações com os nossos vizinhos, é importante dizer que para quem tem interesse em estudar ‘como algumas mudanças na sociedade brasileira repercutiram na cidade e região’, a revista também trata de aspectos da política nacional, internacional, paranaense e muitas questões sobre comportamento que se tratam de um período grande.
Eu gostaria de terminar a minha fala apenas frisando isso, as possibilidades de pesquisa são as mais variadas. Quem tem interesse com imagem, são muitas fotos da cidade, fotos aéreas, fotos do centro da cidade, o que permite compreender um pouco essa dinâmica da urbanização de Foz do Iguaçu. Fica o convite pois a revista ela é uma fonte em potencial para diferentes áreas do saber e interesses de pesquisa.
Guilherme Henrique Damasceno
Guilherme Henrique ingressou na Unila em 2020. Em função da pandemia, que se intensificou naquele ano, ele precisou voltar para sua casa e continuar seus estudos de forma remota. Logo se interessou pelo projeto de extensão da Revista Painel e, a partir daí começou a fazer parte da extensão universitária da Unila.
Nossa, eu lembro perfeitamente, vim 26 de fevereiro e fui embora de Foz 28 de março por conta da pandemia. Esse foi meu primeiro projeto de extensão e eu não tive mais nenhum projeto de extensão. TAntes de ingressar na Unila eu já tinha feito um curso técnico, onde tive contato com a pesquisa. Essa é minha primiera experiência na universidade e a primeira com projeto de extensão. No curso técnico eu fiz mecatrônica, nada haver com história. Aqui na Unila faço parte da Revista Painel e tem sido uma ótima experiência.
Gustavo Alves
Gustavo ingressou na Unila na Unila no ano de 2017. Seus primeiros anos na graduação foram complicados, porque tinha que conciliar trabalho e estudo. Em função disso, não conseguiu fazer parte de atividades extra classe nos três primeiros anos. No seu quarto ano, durante a realização da disciplina do professor Paulo, Gustavo se interessou pelo projeto de extensão que o mesmo oferecia e decidiu concorrer a bolsa que estava sendo oferecida. Ele se candidatou, fez o processo seletivo e passou. Entrou no projeto como bolsista e ja começou a realizar as atividades propostas.
Os poucos materiais que tem sobre a história de Foz do Iguaçu são muito restritos, a exemplo do ecomuseu, que ainda são bastante restritos a população. Esses materiais estão abertos na Fundação Cultural, mas são pouco frequentados. Bom, o primeiro contato que eu tive após ser selecionado pra extensão, foi organizarmos, pensarmos em fontes e programas, materiais para limpeza, cuidado, armazenamento e digitalização da revista. Por se tratar de uma revista um pouco antiga editada em 1973, e pensar na qualidade do material, a gente sabe que o próprio papel com o tempo tende a acumular resíduos. Se ficar guardado em um local não adequado, que eu acredito que era o caso dessas revistas que recebemos, que ficou guardada por muito tempo, acumulou traças e acumulou outros bichinhos que corroem o papel.
O professor Paulo me encaminhou um documento aonde ensina e orienta como manusear esses documentos antigos, como fazer o cuidado deles e a limpeza. A partir dai adquirimos pincel, luvas e a utilização de uma máscara por conta da poeira. Eu pensei que por ser uma revista pequena falei “ah, não vai ter tanta poeira, não vai ter tanta sujeira”, mas a hora que começamos a manusear, abrir folha por folha, percebemos que, por estar guardado por muito tempo realmente tem bastante resíduos, e no meu trabalho eu fazia isso. Tive um cuidado muito grande quando fui fazer a limpeza desses materiais, utilizando um pincel, depois adquiri um pincel que era um pouquinho mais mole, fiz a utilização das luvas cirúrgicas que me ajudou, e da máscara por conta da poeira.
Eu, primeiramente pensei em fazer a limpeza das revistas pra depois fazer a digitalização, mas bem no começo desse processo eu mudei, comecei a fazer a limpeza e já de imediato fazendo a digitalização com a impressora cedida pelo professor Paulo. No caso, nós fizemos em uma impressora simples. Ela deu conta porque, se eu não me engano, o tamanho dessa revista ela é um A4 dobrado. Então quando você abre, ela cabe certinho ali pra fazer a digitalização. É um trabalho que eu nunca tinha feito na graduação ou fora da graduação. Vemos um vídeo ou outro na internet de museólogos, ou alguns outros profissionais fazendo o manuseio de documentos parecidos, tendo um cuidado parecido, mas foi uma experiência muito bacana pra mim estar nessa extensão, me proporcionou não somente o cuidado com essa revista, mas no momento que a gente vai fazendo o manuseio a gente também vai lendo algumas matérias que estão ali que foram editadas e publicadas, e a gente consegue ter uma noção maior do que se pensava na época, da história da cidade.
O meu primeiro texto ele vai ser na linha da exaltação, fatos e desilusões. O meu projeto de TCC que tem origem, é através do projeto de extensão, ele vem dai. É claro que eu fiz uma leitura um pouco mais rasa, mas agora com mais tempo eu pretendo focar melhor na leitura da revista pra analisar melhor essa questão que vai se tornar o meu projeto de mestrado, meu projeto de TCC. E é claro, com a leitura da revista mais a fundo, alguns outros temas vão surgir ai sem dúvidas porque são mais de 250 números. Então tem muita coisa pra fazer a leitura.
Conhecer a trajetória dos extensionistas faz da extensão um lugar especial na universidade. Essa foi a história de Paulo Renato, Guilherme Henrique e Gustavo Alves.
Links relacionados ao projeto: Revista Painel; História e Memória Foz do Iguaçu
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