Las Unileras - Dia da Mulher 2021
Maria Cañon
Estudante do curso de Saúde Coletiva; afro-colombiana nascida em Bogotá.
"Ser mulher em 2021 é buscar força para levantar, para amar a mim mesma, para amar os outros e as outras mulheres, respeitar, respeitar minha voz. O maior problema das mulheres no ano em que estamos é a falta de respeito, de escuta a nossas palavras, nossos pensamentos. Também valorizar minha ancestralidade e a ancestralidade das outras mulheres, os grupos étnicos, as mulheres negras, indígenas. Ainda é mais difícil se você for uma mulher LGBT. Assim, respeitar todas as lutas desses movimentos".
Kátia Punhagui
Professora do curso de Engenharia Civil de Infraestrutura e do Mestrado em Engenharia Civil; doutora em Arquitetura e em Engenharia da Construção Civil. "Ser mulher em 2021 é ser superação. Superação diária dos próprios limites e da capacidade de adequação às dificuldades impostas pela pandemia. De repente, a vida das pessoas mudou, e a mulher, silenciosamente, foi elevada à protagonista em meio ao 'caos' de demandas profissionais e familiares. Apesar disso, sinto que hoje, mais do que nunca, as mulheres se apoiam, se solidarizam, se admiram, se congregam em relações muito menos competitivas e mais colaborativas e solidárias. Portanto, ser mulher em 2021, no individual, é superação; e no coletivo é sororidade."
Edna Borges Neves
Copeira da Reitoria da UNILA desde 2013 até fevereiro de 2021, sempre recebeu a todos com um cafezinho e um sorriso largo.
"Nos dias de hoje, tem mais facilidade para tudo. As mulheres hoje podem fazer coisas que antes eram só para homens. Está mais igual. Não tem mais essa de diferenciar homens e mulheres. Temos os mesmos direitos. Evoluiu bastante, mas há muito espaço a ocupar ainda.
A tecnologia deixou tudo mais fácil. Hoje, qualquer mulher pode ganhar seu dinheiro pela internet, vendendo o que faz em casa. Ser mulher em 2021 é ser autônoma, ser independente."
María Alejandra Nicolás
Professora do curso de Administração Pública e Políticas Públicas e do mestrado em Políticas Públicas e Desenvolvimento; doutora em Sociologia.
"O que é ser mulher ou o que identificar com o feminino em 2021? É ainda sofrer, vivenciar situações adversas que têm muito a ver com discriminação, com preconceitos, com dupla jornada de trabalho, com desigualdades salariais em muitas atividades econômicas. Há muito que conquistar ainda, mas também comemorar conquistas. Por isso, me inspiro em mulheres que, apesar dessas situações, que muitos relacionam com características de nossas sociedades na América Latina, conseguem buscar, perseguir aquilo que desejam, que querem para si."
Liana Genovez
Médica, atua na Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (PRAE).
"Toda minha experiência de ser mulher é interceptada pelo fato de eu ser negra. Ainda em 2021, mulheres negras são atravessadas por imagens de controle do patriarcado racista e da mídia. Mulheres negras são vistas como menos confiáveis e mais agressivas. A luta diária é por autodefinição e justiça social.
Vou citar três mulheres negras que são minhas referências: Lélia Gonzalez, Sueli Carneiro e Conceição Evaristo."
María Betania Hernández
Música e compositora venezuelana; egressa do mestrado Interdisciplinar em Estudos Latino-Americanos.
"Para mim, ser mulher na atualidade é ter a capacidade de poder reinventar-se, de construir soluções e construir o próprio caminho.
A mulher que mais me inspira é minha mãe, justamente por sua capacidade de reinvenção e de construir sua própria história, por escrever sua vida em seus próprios termos, por sua força."
Playlist: Mulheres Inspiradoras
Durante o mês de março, será divulgada uma seleção depoimentos de mulheres que falam sobre o que é ser mulher em 2021. Confira todos os vídeos no canal da UNILA, no Youtube: