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Por uma Consciência Negra e Indígena nos 365 dias do ano!

A valorização e o reconhecimento das heranças africanas e indígenas exigem uma reflexão crítica sobre nossas atitudes e a promoção de mudanças concretas a partir de nossas áreas de atuação.
publicado: 19/11/2024 18h16, última modificação: 19/11/2024 18h17

consciencia-negra.jpgO Dia da Consciência Negra, comemorado em 20 de novembro, homenageia o líder quilombola Zumbi dos Palmares, morto em 1695. A data tornou-se feriado nacional em 2023, conforme a Lei 14.759/2023, sancionada pelo presidente Lula. Este é um marco para a população negra, pois visibiliza suas lutas e promove debates sobre o racismo estrutural no país. No entanto, além de celebrar essa conquista, é essencial que a Consciência Negra perdure ao longo de todo o ano.

A urgência da conscientização contínua é evidenciada mesmo 21 anos após a promulgação da Lei 10.639/03, que tornou obrigatória a inclusão de História e Cultura Africana e Afro-brasileira no currículo educacional, e da Lei 11.645/08, que acrescentou História e Cultura Indígena. Ainda assim, persistem discursos contrários que reforçam o mito da democracia racial e desconsideram as desigualdades de raça, gênero e classe presentes no país.

Intelectuais negras como Lélia Gonzalez, Sueli Carneiro, Nilma Lino Gomes, Cida Bento, Djamila Ribeiro e Bárbara Carine Pinheiro defendem práticas pedagógicas que busquem igualdade racial, empoderem pessoas negras e indígenas, questionem as estruturas de poder e promovam a decolonização dos currículos, celebrando a diversidade. É papel de todos, especialmente das pessoas brancas, apoiar a construção de um novo pacto civilizatório.

A valorização e o reconhecimento das heranças africanas e indígenas exigem uma reflexão crítica sobre nossas atitudes e a promoção de mudanças concretas a partir de nossas áreas de atuação. Nesse contexto, as universidades públicas são fundamentais, pois reúnem o conhecimento necessário para o desenvolvimento de propostas e ações efetivas sobre o tema.

Na UNILA, o Núcleo de Estudos Afro-latino-americanos e Caribenhos desempenha um papel importante ao promover, ao longo do ano, atividades que abordam questões étnico-raciais, de gênero e sexualidades, além de acompanhar as políticas públicas de ações afirmativas. A Secretaria de Ações Afirmativas e Equidade fortalece esse processo, assim como as contribuições da comunidade acadêmica e das entidades parceiras, para a construção de uma UNILA antirracista e comprometida com a transformação social.

*Este texto contou com a colaboração de Júlia Batista Alves, docente da área de Letras e Linguística da UNILA.

Foto: Acervo Jornada Latino-Americana e Caribenha de Integração dos Povos

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