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Onde está o céu azul? Virou tudo fumaça.

Conteúdo reflexivo sobre as queimadas que se espalharam por todo o Brasil e países vizinhos.
publicado: 13/09/2024 11h41, última modificação: 13/09/2024 14h39

“Acabou o céu azul, a gente conseguiu cobrir o país de fuligem”, esta é a fala de Ailton Krenak e representa a perplexidade diante das queimadas que se espalharam por todo o Brasil e países vizinhos. 

Há cerca de um mês, mais de dez estados brasileiros foram cobertos por fumaça, resultando numa paisagem seca e turva, com um sol ofuscado, alaranjado, visto sob a também “secura” dos nossos olhos.

 Nos últimos dias, a ocorrência de incêndios florestais trouxe capitais brasileiras para o triste patamar de pior índice da qualidade do ar. Ficou irrespirável! No Brasil, já são mais de 156 mil focos de incêndio. A gente sentiu e o Ministério da Saúde advertiu que a fumaça com componentes tóxicos, na maior parte do país, pode agravar doenças respiratórias. Em função disso, recomendações à população:

  • Aumentar a ingestão de água para manter as membranas respiratórias úmidas e protegidas.
  • Permanecer em ambientes fechados, preferencialmente bem vedados e com conforto térmico, com ar condicionado e filtros de ar.
  • Evitar atividades físicas ao ar livre durante este período do ano.


mirante-queimadas-13.09.24.pngComo nem todos têm condições de buscar conforto térmico e evitar a exposição à fumaça, focamos na profilaxia. O primeiro passo para isso é reconhecer os fatores que provocam os incêndios e envenenam o nosso ar: aquecimento global, exploração do agronegócio, grilagem, ataques contra os povos indígenas, campanhas negacionistas do clima, criminalização dos movimentos sociais e ambientais e, claro, a desregulamentação ambiental dos últimos anos. E as consequências são tamanhas e sobram para todos os lados, são sentidas em cada bairro das cidades e nas florestas, são a própria degradação dos biomas: Cerrado, Pantanal, Mata Atlântica e Amazônia!

O combate à crise climática também inclui a defesa da universidade pública. As ações e projetos desenvolvidos nessas instituições e a partir de diferentes áreas do conhecimento apontam caminhos e soluções para mudar este cenário. A ciência e a educação são pilares centrais para apontarmos políticas e repensarmos a nossa relação com a natureza de forma mais profunda.

 Texto e foto: SECOM
*Com informações do podcast Bem Viver, do portal Brasil de Fato.

Conteúdo publicado no Instagram e Facebook da UNILA em 13 de setembro de 2024. 

 

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