Você está aqui: Página Inicial > Notícias > Estudantes apresentam projetos de iniciação científica e tecnológica
conteúdo

Institucional

Estudantes apresentam projetos de iniciação científica e tecnológica

1ª SIEPE

Foram mostrados à comunidade os resultados de quase 190 projetos desenvolvidos por estudantes de todas as áreas de ensino
publicado: 19/10/2018 00h00, última modificação: 11/01/2019 23h19
Exibir carrossel de imagens Apresentação de pôsteres no Jardim Universitário

Apresentação de pôsteres no Jardim Universitário

Apresentação de pôsteres no Jardim Universitário

O burburinho e o vai e vem nos corredores da UNILA-Jardim Universitário davam o tom das atividades da 1ª Semana Integrada de Ensino, Pesquisa e Extensão, na quinta-feira (18). Estudantes bolsistas apresentavam seus trabalhos no 7º Encontro de Iniciação Científica e 3º Encontro de Iniciação ao Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, ao lado de colegas que mostravam os resultados de suas atividades de extensão. Foram apresentados 187 trabalhos de iniciação científica e 155 de extensão, em dois dias de programação.

Arthur Dias Mendonça, aluno de Medicina, dividia o espaço, no andar térreo, com vários estudantes de diferentes cursos, entre eles Maria Cecília Fachinello e Josiane Pereira Lana, alunas de Ciências Biológicas. Esse compartilhamento de conhecimentos de diferentes áreas, para Maria Cecília, é um dos resultados mais importantes da Semana. “Gera essa aproximação entre os cursos, esse compartilhamento de conhecimentos e promoção dos projetos”, diz. “Mostra que a UNILA está produzindo, que os alunos estão produzindo”, completa.

Josiane e o pôster do projeto que analisa plantas nativa e invasoraEla fez a apresentação oral de seu trabalho na quarta-feira (17) e acompanhava a parceira de pesquisa, Josiane, na apresentação do pôster. Ambas avaliaram a “luta” entre uma planta nativa, a Hydrocotyle sp, e a invasora Tradescantia zebrina, coletadas no Parque Nacional do Iguaçu. No trabalho "UFC da invasão biológica", elas conseguiram observar que é possível realizar o manejo do parque, retirando a planta invasora e estimulando a planta nativa, que pode se tornar uma barreira natural, impedindo a "reinvasão" pela zebrina. “Avaliamos qual seria o desempenho competitivo e fizemos um teste de controle. A agressividade esperada da invasora não foi tão grande e ela não se mostrou, também, uma barreira efetiva”, comenta Maria Cecília. Com sombra e água em quantidade suficiente, a Hydrocotyle será capaz de superar a invasora. “A gente acha que, se propiciar condições melhores para a planta nativa, ela vai servir como barreira para a invasora”, completa Josiane. A partir desses resultados, um novo projeto deve ser iniciado, o do manejo da zebrina no Parque Nacional do Iguaçu.

Arthur, da Medicina, divide conhecimento com a colega Maria Cecília, da Biologia

Na troca de conhecimentos, Arthur explicava a Maria Cecília sobre um aplicativo – um jogo – que está desenvolvendo para auxiliar os estudantes de Medicina na área da Semiologia Médica, que é o estudo dos sinais e sintomas que um paciente manifesta. “Tem que estudar muito para conseguir passar a linguagem do paciente para o prontuário médico e o que a gente conhece para o paciente”, destaca. Foi pensando nisso que nasceu a ideia do jogo. “Para o aluno de Medicina poder praticar seu conhecimento”, explica.

O jogo é em formato de quiz, com perguntas e respostas. O protótipo está pronto e está sendo testado. O próximo passo é desenvolver um jogo on-line que possa reunir estudantes de diferentes instituições, sempre com o objetivo de aprimorar os conhecimentos médicos.

Arthur também apresentou o aplicativo no Congresso Brasileiro de Informática em Saúde, realizado no início do mês, em Fortaleza. “Foi muito legal ver a quantidade de pessoas que se interessa por esse tema, como eles solucionaram os problemas deles”, conta. Para ele, a iniciação científica é importante por ser uma forma de contribuir efetivamente para a ciência. “Com a iniciação científica, nós aprendemos a fazer pesquisa, aprendemos metodologia científica”, diz. “Isso tudo é um furacão de conhecimento. Tem conhecimento para todo lado. Foi uma experiência muito enriquecedora. Tive oportunidade de estudar em uma instituição privada, que não tem iniciação científica, e a quantidade de autonomia que a gente cria pra buscar conhecimento fazendo um projeto assim é muito grande.”

De fluido a concreto

Esse entusiasmo também é compartilhado pelo estudante de Engenharia Química Matheus Chaves Amaro. “A experiência científica, de fazer algo novo, é gratificante. E quando você faz algo que gosta, é melhor ainda.” Em sua pesquisa, Matheus uniu os conhecimentos da Química com os da Ciência da Computação no “Estudo computacional para desenvolvimento de tubeiras para foguete a propelente líquido”. “Sempre quis juntar as duas coisas. Esse projeto mostrou que é possível fazer isso de forma muito interessante. Foi muito legal”, diz.

Ele explica que, para estudar foguetes, é preciso “entender como funciona a mecânica dos fluidos, como os fluidos se comportam no ambiente”. Estudo que consome tempo e muitos recursos. O objetivo do trabalho foi transformar equações utilizadas na ciência astronáutica em linguagem para computador. “A gente adota o computador para fazer isso, que é muito mais rápido. Quando eu dou play, tenho uma simulação de fluido. Os resultados condizem com a realidade e se economiza, principalmente, tempo.”

Matheus, aluno de Engenharia Química

No corredor do primeiro andar, próximo a Matheus, Natália Lombardi apresentava sua pesquisa sobre o uso de concreto permeável em estradas e calçadas. “Devido à crescente urbanização e, consequentemente, à impermeabilização do solo urbano, há enchentes que, além de causar prejuízos financeiros, causam prejuízos à saúde pública. O pavimento permeável é uma ótima forma de mitigação, porque ajuda na manutenção de aquíferos, diminui a necessidade de obras hidráulicas e de drenagem, além de ser ótimo para melhorar as condições das ilhas de calor e de possuir propriedades acústicas”, explica.

Aluna do 5º ano de Engenharia Civil, ela também viu no projeto de iniciação científica um facilitador para seu trabalho de conclusão de curso. “Foi uma experiência muito boa para mim. Aprendi muito e acredito que vai me ajudar muito a escrever meu TCC. Aprendi a como organizar um trabalho, porque é muito difícil conciliar a metodologia, o objetivo, aplicar e passar isso para o papel.”