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Mês da Ciência, Tecnologia e Inovações

Em outubro, mês da Ciência, Tecnologia e Inovações, a UNILA publicará uma série de conteúdos relacionados à temática. 

Estão previstos para a campanha, matéria jornalística, postagens nas mídias sociais, entre outros conteúdos.

O calendário será dividido de acordo com os temas acima e contará com a participação de especialistas da UNILA e de membros da nossa comunidade. 

Para não perder nada, acompanhe essa página e outros canais oficiais da UNILA durante o mês de outubro. Curta! Compartilhe! Valorize a ciência!

UNILA: É Federal, é de Foz, é sem fronteiras.

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Inovar é não se acomodar. É ter a evolução do conhecimento como objetivo. Esse é um princípio básico do ensino superior de qualidade. Por isso, na UNILA, a inovação é sempre bem-vinda.

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kelvinson.jpeg O que é inovação?
Inovação é fazer algo realmente novo, um novo produto, serviço, um novo modelo de negócio, uma nova ideia, mas também pode ser algo levemente diferente de uma coisa que já exista. A inovação nem sempre é disruptiva, impactante na sociedade e no mundo, ela é, na maioria das vezes, incremental, ou seja, se reinventa com base no que já existe por aí. No entanto, independente de qualquer vertente, a inovação tem como base uma consciência criativa aflorada, a intenção de fazer algo que ninguém fez ou faz.

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20211021_161348.jpg Inovação, Ciência e Tecnologia: uma reflexão necessária sobre o que é e quem financia

Uma das primeiras definições de inovação foi "a aplicação de conhecimento para gerar mais conhecimento" [1]. Rapidamente, durante a década de 1990, esse conceito foi evoluindo dentro da indústria e das corporações, e o termo inovação tecnológica foi se tornando de domínio público. Atualmente, é bem aceito que inovação relaciona-se diretamente com desenvolvimento de produtos e serviços. Assim, uma análise na literatura técnica sobre inovação deixa claro que inovação é uma atividade típica da indústria, de empresas e de grandes corporações. De fato, nos dois principais países capitalistas do ocidente, Alemanha e EUA, não há Secretaria ou Ministério de Inovações, mas sim órgãos de fomento à pesquisa científica de base e desenvolvimento tecnológico. Às universidades, cabe o papel de formar recursos humanos de qualidade e desenvolver pesquisas de ponta. 


Na Alemanha, as principais universidades são públicas, e o governo federal aumentou os investimentos em ciência e tecnologia, passando de 9 bilhões de euros em 2005 para 17,3 bilhões de euros em 2018. A indústria alemã investiu 72,1 bilhões de euros em P&D em 2018 [2]. Nos EUA, um relatório de uma ONG de transparência pública [3] mostrou que, entre 2010 e 2015, o governo dos EUA investiu diretamente 25,3 bilhões de dólares e indiretamente 16 bilhões de dólares nas 8 universidades da Ivy League, que são entidades privadas sem fins lucrativos. Essa é uma soma maior do que o total de repasse a 16 estados dos EUA. O programa de P&D do Departamento de Defesa dos EUA (DARPA) tem um orçamento, em 2021, de 3,5 bilhões de dólares [4], que representa na prática investimentos em pesquisa e desenvolvimento nas universidades e institutos de pesquisa do país.


É bom lembrar que invenções como o mouse de computador, o notebook, o telefone celular, o forno de micro-ondas e a internet foram desenvolvidas com recursos públicos do DARPA [5]. Assim, o governo dos EUA financiou pesquisas científicas e tecnológicas de base durante décadas e depois repassou os conhecimentos às empresas, que investiram recursos adicionais quando necessário, para desenvolver as inovações.


É necessário esse preâmbulo para dizer que, neste ano de 2021, não há muito que comemorar na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. Como vem sendo denunciado pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e outras organizações da sociedade civil, os recursos para as universidades e para pesquisa em C&T no Brasil diminuíram muito nos últimos cinco anos. A pandemia de Covid-19 deixou claro como são importantes investimentos em C&T, a exemplo do que foi necessário em respiradores, testes, vacinas e fármacos. É necessário recuperar os investimentos nas universidades, no CNPq, na Capes, na Finep e em todo o sistema brasileiro de ciência e tecnologia, para que possamos, aí sim, criar conhecimentos de relevância na fronteira do conhecimento, para dar suporte a uma indústria inovadora e de ponta, gerando riqueza e empregos no Brasil.

[1] J. -A. Johannessen et al. International Journal of Information Management, n . 19 (1999), p. 121-139.
[2] https://www.datenportal.bmbf.de/portal/en/research.html
[3] https://www.openthebooks.com/assets/1/7/Oversight_IvyLeagueInc_FINAL.pdf
[4] https://www.darpa.mil/about-us/budget
[5] https://www.wired.com/2011/10/gadgets-the-pentagon-made/ 

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A tecnologia faz parte do nosso dia a dia. E este parece ser um caminho sem volta. Por isso, o melhor é entender a tecnologia e usá-la a nosso favor.

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Katia Punhagui.jpegComo as tecnologias evoluem tão rápido hoje em dia?
Acredito que a evolução de tecnologias é concatenada. Uma inovação tecnológica sempre depende da sua antecessora e é impulsionada por novas demandas humanas. Considero que desde a Revolução Industrial temos avançado tecnológica e cientificamente numa velocidade como nunca observado. Porém, atualmente o incremento da ligeireza do desenvolvimento tecnológico pode ser percebido na dificuldade de acompanhamento, ou de uso, que sentimos em relação a tais ferramentas. Creio que a inteligência artificial seja a protagonista na evolução de tecnologias em áreas diversas, como saúde, engenharia, esportes, educação, entre outras. Algoritmos, sistemas neurais artificiais e sistemas de aprendizado estão fazendo tarefas que humanamente seriam impossíveis.

O que é preciso para um país se tornar referência em tecnologia?
Esta pergunta é fácil e a resposta é direta: investimento em pesquisa e inovação! É preciso incentivos públicos (por meio da legislação) e investimentos financeiros (públicos e privados) para a formação de recursos humanos, pesquisas e implementação dos projetos de inovação tecnológica. Tais projetos devem considerar colaborações interinstitucionais que excedem o âmbito puramente acadêmico.

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Uma das grandes questões que surgem quando falamos de ciência é: como torná-la mais acessível à população? Está claro que essa aproximação deve incluir as crianças. Pois são elas que garantem o futuro da ciência.

Com a palavra, os(as) especialistas da UNILA.

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Como tornar a ciência mais acessível à população?
Para a população acessar e se beneficiar das descobertas científicas, é fundamental que haja financiamento público da ciência. Isso é quase um requisito. Mas também é preciso que nós, que estamos na universidade fazendo ciência, pensemos em como o nosso trabalho contribui para a sociedade como um todo. Eu entendo que o tripé da universidade pública brasileira ensino-pesquisa-extensão está organizado justamente para que os resultados das nossas investigações possam servir tanto para atualizar o nosso conhecimento quando lecionamos quanto para "traduzir" o trabalho de pesquisa em possíveis ações de extensão. Particularmente, avalio que os projetos de extensão mais interessantes são os que se desenvolveram a partir de algum projeto de pesquisa.

Laura.jpegComo despertar o interesse pela ciência nas crianças?
O público infanto-juvenil é bastante receptivo para ciência. As pesquisas de percepção de ciência no Brasil apontam que os jovens acreditam na ciência, mas sabem muito pouco sobre onde buscar ciência e sobre quem são os cientistas. A ideia de que cientista é um velhinho de barba branca com tubo de ensaio na mão e jaleco branco é um estereótipo que precisamos combater, porque acaba afastando a menina negra, por exemplo, dessa profissão.


Outro desafio é saber se comunicar com eles. Se comunicar ciência para o público geral já nos exige adaptarmos (e muito) a nossa forma de falar e escrever, divulgar ciência para os jovens é ainda mais desafiador. Felizmente há bons jornalistas de ciência, como o Simon Torok, que compartilha algumas diretrizes para dialogar com esse público. É preciso estudar com os jornalistas de ciência para aprender a se comunicar com esse público. Não é simples, não.

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Como tornar a ciência mais acessível à população?
A ciência tem que estar em todos os lugares. Os cientistas e estudantes devem se fazer presentes onde quer que as pessoas estejam, na escola, na rua, nas mídias tradicionais e digitais, e tratarem a popularização da ciência como parte inerente à sua atividade. As instituições científicas devem estar abertas à comunidade, e os governos devem priorizar a ciência. As pessoas precisam ter a oportunidade de conhecer cientistas, ter familiares cientistas ou se tornarem elas próprias cientistas. 

Como despertar o interesse pela ciência nas crianças?
Toda criança é um cientista amador, com um interesse natural pelo mundo, pelas coisas, sobre como elas funcionam, pela natureza. É preciso dar vazão a essa curiosidade. Não é necessário ter respostas para as perguntas que elas fazem, é preferível incentivá-las a fazer suas próprias observações e experiências sobre as coisas ao seu redor, respeitar sua curiosidade e sua bagagem prévia e, mais importante, voltar a se fascinar com qualquer nova descoberta, estimulando-as a descobrir mais.

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