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Projeto Universidade Restaurativa é premiado pela Comissão Nacional de Ética Pública

Iniciativa que busca a construção de uma cultura de paz no ambiente universitário também desenvolve ações voltadas para a comunidade de Foz e região
publicado: 12/12/2019 09h49, última modificação: 13/12/2019 10h13

O projeto Universidade Restaurativa da UNILA foi um dos quatro vencedores do 5º Concurso de Boas Práticas na Gestão da Ética, promovido pela Comissão Nacional de Ética Pública. A premiação foi realizada no mês de novembro, durante o 20º Seminário Ética na Gestão, realizado em Brasília. O concurso teve 30 projetos inscritos, de órgãos do Poder Executivo Federal de todo o país.

Concebido a partir de uma parceria institucional entre a Comissão de Ética e a Ouvidoria, o projeto Universidade Restaurativa tem o  O concurso teve 30 projetos inscritos, de órgãos do poder executivo federal de todo o paísobjetivo de buscar métodos alternativos para o tratamento de conflitos, evitando a processualização excessiva dos conflitos institucionais. “Em 2017 e 2018, o projeto ofertou um conjunto de atividades institucionais, de ambientação, de formação e de sensibilização, voltadas à educação ética, à prevenção e ao acolhimento de conflitos, buscando a construção de uma cultura de paz no ambiente universitário. Acreditamos que a aproximação com temas que privilegiem as práticas integrativas em saúde e as práticas restaurativas para solução de controvérsias permite fortalecer as relações humanas no dia a dia da universidade”, explica o servidor Denner Mariano de Almeida, relações públicas lotado na Reitoria. Também participaram da implantação, a Corregedoria-Geral, a Seção de Psicologia (Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis) e o Departamento de Promoção e Vigilância à Saúde (Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas).

A premiação foi realizada no mês de novembro, durante o 20º Seminário Ética na Gestão, realizado em BrasíliaMais de 220 pessoas, entre técnico-administrativos, docentes e alunos, participaram dos encontros realizados. O projeto ofertou o curso de "Facilitadores de círculos de paz não conflitivos", em parceria com a Escola Superior de Magistratura do Rio Grande do Sul, que capacitou uma turma de 23 servidores com conhecimentos teóricos e práticos voltados à comunicação não violenta, ao diálogo institucional, à educação sistêmica, às práticas restaurativas e às práticas integrativas em saúde. Conforme Almeida, esses servidores já estão atuando com algumas unidades administrativas e acadêmicas que requereram a presença de facilitadores e mediadores.

O desafio para 2020 é sistematizar o acolhimento e o atendimento dessas demandas. “Nosso grande objetivo é consolidar uma política institucional, que resgate os princípios institucionais da UNILA. O nosso regimento coloca, no artigo 5º, que um dos princípios que devem conduzir a Universidade é a defesa dos direitos humanos, da vida, da biodiversidade e da cultura de paz”, salienta.

Ações também são desenvolvidas na comunidade 

Além das atividades voltadas para o público interno, o projeto Universidade Restaurativa promove ações voltadas para a comunidade de Foz do Iguaçu e região. Por meio do projeto, foi assinado um acordo de cooperação técnica entre a UNILA e o Tribunal de Justiça do Paraná (TJ), por meio do Núcleo de Métodos Consensuais de Soluções de Conflito. O convênio permite que a UNILA atue no Fórum de Foz do Iguaçu, realizando mediações e conciliações. “Atuamos principalmente em ações da vara da família, cíveis e do Procon. Fazemos de três a 20 sessões e círculos restaurativos com as partes para tentar chegar a uma resolução do caso, evitando que ele seja levado ao sistema judiciário, onde o processo é muito mais longo e oneroso”, explica a servidora da UNILA Ana Durão, integrante da Comissão de Ética e que atua como mediadora do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc).

O projeto ofertou o curso de Facilitadores de Círculos de Paz Não-Coonflitivos, que capacitou 23 servidoresOutro desdobramento é a iniciativa Justiça Restaurativa na Escola, realizada em parceria com a Uniamérica, Núcleo Regional de Educação e TJ. O projeto trabalha com círculos restaurativos com estudantes do ensino médio, para abordar temas como evasão escolar e bullying. A partir do ano que vem, a iniciativa deve ser transformada em um projeto de extensão, para que possa contar com a participação do corpo discente da UNILA. “Os alunos poderão fazer a triagem e acompanhar esse atendimento dentro da UNILA. Ou seja, vai ter um braço do Cejusc na Universidade, onde vamos poder atender a demandas da comunidade da região Norte da cidade”, relata Ana.