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Cátedra Paulo Freire

publicado 02/05/2019 15h00, última modificação 12/01/2023 16h41
A Cátedra Paulo Freire de Educação de Jovens e Adultos (EJA) é promovida pela UNILA, pelo Ministério da Educação e pela Organização dos Estados Iberoamericanos (OEI), como parte de uma projeto ampliado de educaçao de jovens e adultos

Cátedras Paulo Freire e a Educação Ambiental | UNILA

Nesta Charla, as professoras Monica Araújo e Luciana Ribeiro trocam experiências sobre as Cátedras Paulo Freire, que são iniciativas de pesquisa, ensino e extensão para a formação nas teorias deste premiado e reconhecido educador. A partir da pesquisa desenvolvida pela Prof.ª Monica, são apresentados como os "espaços Paulo Freire" trabalham com a educação ambiental voltada para a sustentabilidade. Atualmente, no Brasil, existem oito Cátedras, um Instituto e um Centro de Estudos dedicados ao pesquisador.

Evento Estabelecendo Diálogos - Cátedra Paulo Freire da UNILA e Cátedra Paulo Freire UFRPE - abril de 2019

 

 

EXTENSÃO

 

2018

CÁTEDRA PAULO FREIRE: HISTÓRIAS DE VIDA E

ALFABETIZAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

 

Em sua missão institucional de promoção da integração da América Latina e do Caribe, é oportuno e necessário desenvolver atividades de extensão, articuladas às de pesquisa e ensino, em uma abordagem interdisciplinar, que privilegiem questões relevantes às sociedades letradas, como é o caso da alfabetização tardia de jovens e adultos. Nessa perspectiva, o projeto de extensão Cátedra Paulo Freire: Educação de Jovens e Adultos, por meio da ação de extensão Histórias de vida e alfabetização de jovens e adultos, fundada em uma epistemologia do conhecimento que aproxima pessoas e as coloca no centro da relação ensinar-aprender, busca contribuir para ampliar as oportunidades de acesso de pessoas historicamente excluídas de espaços formais de ensino, majoritariamente trabalhadoras ou desempregadas, a práticas significativas de leitura e escrita.

Inicialmente, na Universidade, os integrantes da ação desenvolveram estudos documentais e teóricos com a finalidade de compreender a história da Educação de Jovens Adultos (EJA), as atuais políticas públicas e a legislação que as norteiam, os principais teóricos dessa modalidade educacional, com destaque para Paulo Freire e sua obra, e algumas das metodologias e dos recursos didáticos destinados a esse público específico.

Por conseguinte, a partir da tomada de decisão pela perspectiva freireana de alfabetização, houve a busca ativa de jovens e adultas/os em situação de analfabetismo no campo escolhido, isto é, a Ocupação Bubas, não somente para a realização de cadastro e inscrição nos encontros de leitura e escrita, mas, também, para empreender o levantamento de vocábulos recorrentes na fala/vida desse grupo de futuros estudantes e também de sua comunidade.

Esse levantamento permitiu a organização dos encontros por “temas geradores”, impregnados de significado para as educandas e os educandos. Nesses encontros, além do diálogo sobre esses temas e de seu impacto na vida da turma, com o objetivo de favorecer a apropriação do código escrito em situações de uso, promove-se a análise linguística de “palavras geradoras” que emergem dessa comunhão de saberes.

Desse modo, para além da alfabetização, as educandas, os educandos e as educadoras compartilham sua visão de mundo, projetam ações interventoras na realidade local, alimentando assim a esperança de melhores condições de vida e o desejo de continuar estudando.

Do ponto de vista das educandas e educandos, os encontros de alfabetização, de acordo com elas e eles, é “um momento para si mesmos”, para desenvolverem-se como pessoa, como estudante, como alguém que sabe. Há ainda muito “medo de não estar à altura dos estudos que a UNILA está oferecendo”, “de ser velha/velho demais para conseguir ler e escrever”, entre outros. Mas a alegria de estar com lápis e caderno nas mãos, ainda que trêmulas e sem traçados firmes, e de ter “colegas de turma” tende a fortalecer vínculos na própria comunidade, amplia a capacidade de debate e proposições de melhoria e contribui para a alimentar a esperança de continuar os estudos.

O resultado principal deste projeto é a ressignificação da relação Universidade-Comunidade para educadoras, educandas e educandos, e, consequentemente, a maior pertença do espaço universitário UNILA à cidade de Foz do Iguaçu e vice-versa. Somado a isso, entende-se que esta ação pode contribuir para a composição de um acervo de experiências relacionados à EJA que viabilize futuros estudos por parte das/os interessadas/os nessa modalidade educacional.

 

Período de Realização: 01/05/2018 a 31/12/2018.

Coordenadora da ação: Solange Rodrigues Bonomo Assumpção

Colaboradoras/es:

1. Adrielle Saldanha Clive - Estudante voluntária

2. Carla dos Santos – Colaboradora externa

3. Cecilia Maria de Morais Machado Angileli – Professora colaboradora

4. Cristiane Da Silva Ferreira De Almeida – Colaboradora externa

5. Gabriel do Valle Martins - Estudante voluntario

6. Laura Belén Acuña Rodas - Estudante voluntária

7. Marcia Alves de Souza - Estudante voluntária

8. Mariana Camargo do Prado - Estudante voluntária

9. Marina Machado Angileli – Colaboradora externa

10. Max Henry Junior Pierre Vincent - Estudante voluntario

11. Mayara Cristina Dias - Estudante bolsista

12. Suellen Mayara Peres de Oliveira – Professora voluntária 

 

2019

UNIVERSIDADE POPULAR PAULO FREIRE

 

No contexto dos estudos linguísticos mais recentes, em diferentes países, pesquisadores têm se debruçado sobre o material escrito que circula na sociedade, concebendo-a como um produto linguístico, legitimado pelo uso em diferentes práticas sociais e que se destina à interação. Isso implica uma nova visão de linguagem escrita que passa a ser concebida, ao mesmo tempo, como processo e produto linguísticos, isto é, realidade mental e material, em que conflui conhecimento individual e coletivo, produzido no mundo interior do indivíduo, em franco diálogo e interdependência com o mundo exterior a ele.

No quadro da educação, essa forma de conceber a escrita faz emergir uma nova demanda: a de que os indivíduos conheçam e exerçam diferentes práticas sociais de leitura e escrita em seu processo de escolarização básica, fazendo escolhas linguísticas em prol de seus objetivos discursivos.

A despeito dessa demanda concreta, diversos estudos vêm denunciando grande defasagem da população adulta em relação à alfabetização e ao letramento, como é o caso de um dos estudos da Ação Educativa e do Instituto Paulo Montenegro, publicado em 2016. Os resultados indicam que, em uma amostra estratificada de 2.002 pessoas, entre 15 e 64 anos de idade, residentes em zonas urbanas e rurais de todas as regiões do país, com alocação proporcional à população brasileira em cada região, em tarefas relacionadas a contextos e objetivos práticos de leitura e escrita, 545 participantes, ou seja, 27,22% da amostra representativa encontra-se em condição de analfabetismo ou de domínio rudimentar da leitura e da escrita no cotidiano.

Esses números reforçam a necessidade de que se promovam condições de acesso sistemático e significativo às práticas sociais de leitura e escrita, o que implica a canalização de ainda maiores investimentos públicos na área de Educação, especialmente do público jovem e adulto que não frequentou a escola ou dela pouco se beneficiou.

A partir da experiência da ação de extensão “Cátedra Paulo Freire: Histórias de vida e alfabetização de jovens e adultos”, desenvolvida ao longo do ano de 2018, as integrantes da ação organizaram um programa de estudos temáticos relevantes à comunidade da Ocupação Bubas, denominado UNIVERSIDADE POPULAR PAULO FREIRE, com o propósito de compartilhar saberes entre educadoras/es e educandas/os, historicamente excluídas/os de espaços formais de ensino, majoritariamente trabalhadoras e em condição de vulnerabilidade social, promovendo a alfabetização com significado e o fortalecimento de vínculos entre a UNILA e a comunidade externa.

Com destaque para a obra de Paulo Freire e com base em atuais estudos linguísticos e literários, a metodologia de trabalho proposta valoriza o diálogo entre as pessoas, suas histórias de vida e seus saberes, a fim de favorecer a apropriação do código escrito em situações de uso.

Espera-se que, alimentando a esperança freireana de transformação subjetiva e objetiva de suas condições de vida, as/os educandas/os, para além da alfabetização, compartilhem/ampliem sua visão de mundo e projetem ações, pelo desenvolvimento de sua autonomia e do protagonismo da/na comunidade, para a solução de problemas que as/os afetam direta e/ou indiretamente.

Os encontros ocorrem semanalmente, às quartas-feiras, das 19h30min às 22h, no barracão comunitário da Ocupação Bubas.

 

Período de Realização: 13/03/2019 a 31/12/2019.

Coordenadora da ação: Solange Rodrigues Bonomo Assumpção

Colaboradoras/es:

  1. Adrielle Saldanha Clive Estudante voluntária

  2. Ana Paula Araujo Fonseca – Professora colaboradora

  3. Carla dos Santos – Colaboradora externa

  4. Cecilia Maria de Morais Machado Angileli – Professora colaboradora

  5. Cristiane Checchia – Professora colaboradora

  6. Juliana Franzi – Professora colaboradora

  7. Juliana Pirola da Conceicao Balestra – Professora colaboradora

  8. Laura Belén Acuña Rodas Estudante voluntária

  9. Marina Machado Angileli – Colaboradora externa

  10. Mayara Cristina Dias Estudante voluntária

  11. Suellen Mayara Peres de Oliveira – Professora voluntária

 

 

 

 

 

 

 

 PESQUISA

 

Grupo  de  Estudos  e  Pesquisas  em 

Educação  de  Jovens  e 

Adultos  na Universidade

Líder(es) do grupo:

 

Profa. Dra. Ana Paula Araújo Fonseca 

Profa.
Dra. Suellen Mayara Péres de Oliveira 

 

O Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação de Jovens e Adultos na Universidade tem sua origem do diálogo entre um grupo de pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento da UNILA, preocupados com a necessidade de fomentar reflexões, estudos e investigações sobre os fundamentos norteadores e balizadores das atuais políticas educacionais universitárias, das diferentes formas de organização do trabalho docente, dos estudos sobre o currículo e do desenvolvimento profissional dos professores universitários e técnicos administrativos em educação, em especial, em contextos interculturais, como é o caso desta Universidade. Seu objetivo principal é favorecer o desenvolvimento da área de Educação de Jovens e Adultos na Universidade, fomentando a criação de políticas institucionais de permanência discente e de desenvolvimento profissional docente, por meio das pesquisas realizadas pelos seus integrantes.