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Com IGC 4, UNILA fica entre as 30 melhores do Sul do Brasil

Dados referem-se a 2023, quando foram avaliadas 1.998 instituições públicas e privadas; com o resultado UNILA está entre os 27,7% com desempenho nas faixas 4 e 5
publicado: 12/06/2025 08h00, última modificação: 11/06/2025 14h33

A UNILA obteve a nota 4 – de um total de 5 – no Índice Geral de Cursos Avaliados da Instituição (IGC) de 2023, divulgado pelo Ministério da Educação e pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), em abril. Este é o sétimo ano consecutivo em que a UNILA obtém a nota 4. No IGC contínuo (variável contínua no intervalo entre 0 e 5), a UNILA tem nota 3,6440 pontos.

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Com a nota do IGC contínuo, a UNILA fica posicionada entre as principais instituições de ensino superior do Sul do País – 29º lugar entre 324 instituições avaliadas. No Paraná, a UNILA ocupa a 11ª posição entre 145 instituições e, em Foz do Iguaçu, está atrás apenas da Unioeste entre sete instituições públicas e privadas avaliadas.

O IGC é uma das ferramentas de avaliação das instituições públicas e privadas de ensino superior e é resultado de uma série de dados, incluindo a nota do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade). Para o cálculo do IGC 2023, fizeram as provas do Enade os formandos dos cursos de Arquitetura e Urbanismo, Engenharia Civil, Engenharia Química e Medicina. No país, 1.998 instituições públicas e privadas foram avaliadas. Deste total, 27,7% (554) tiveram desempenho entre as faixas 4 e 5 do indicador; outras 60,3% obtiveram nota 3. As demais ficaram nas faixas 1 e 2.

O IGC é calculado anualmente e considera três componentes principais. O primeiro deles é o Conceito Preliminar de Curso (CPC), que avalia os cursos de graduação considerando o desempenho dos discentes no Enade – 55% da composição da nota, sendo 20% a nota dos concluintes e 35% a nota do indicador de diferença entre os desempenhos observado e esperado. Para o CPC também é considerada a avaliação, pelos alunos por meio de questionário, da infraestrutura (5%), da organização pedagógica do curso (7,5%) e da oportunidade de ampliação da formação acadêmica e profissional (2,5%). O terceiro componente para o CPC é o percentual de docentes doutores, mestres e especialistas e do regime de trabalho (30%, sendo dividido em 7,5% nota da proporção de professores mestres, 15% nota da proporção de professores doutores e 7,5% nota da proporção de professores em regime parcial ou integral na instituição). Além do CPC, o IGC considera ainda os conceitos dos mestrados e doutorados, levando em consideração a razão entre o número de alunos de um nível e o total de alunos graduandos equivalentes da instituição.

“Em relação a docentes temos uma boa vantagem, 94% são doutores e em tempo integral, o que garante maior pontuação”, comenta o procurador e recenseador institucional, Gilson Batista de Oliveira. “Mas a maior parte do IGC é formada pelas avaliações dos estudantes. O aluno concluinte é obrigado a fazer a prova para colar grau. Uma nota baixa ou uma avaliação que não representa o que, de fato, a Universidade oferece, não tem nenhuma implicação para ele, mas reduz a nota do curso e da própria instituição, que depende desse indicador”, completa.

Para tentar ampliar a participação consciente dos estudantes que irão fazer o Enade, a Coordenadoria de Informação e Regulação Institucionais (CIRI) realiza, anualmente, encontros com os coordenadores e estudantes dos cursos que serão avaliados para orientar a necessidade do preparo para o exame. “É muito importante a participação dos coordenadores de curso e docentes na orientação dos estudantes sobre a necessidade de uma participação consciente no Enade, auxiliando o aluno a entender que o desempenho dele no Enade é associado ao indicador geral do curso, que será usado para a comparação da qualidade do ensino oferecido pela UNILA com o de outras instituições”, destaca. Além disso, diz ele, o baixo desempenho “coloca instituição inteira em questionamento sobre a sua qualificação”.

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O pró-reitor de Graduação, Antonio Machado, chama a atenção também para o fato de que muitos estudantes decidem não responder a prova ou responder de forma aleatória como uma forma de protesto. “Isso prejudica somente a Universidade”, diz, concordando com a avaliação do procurador institucional. “Nem todo aluno vivencia tudo que a universidade oferece e muitas vezes sequer conhece o que existe realmente em termos de infraestrutura ou sobre a organização pedagógica de seu curso.”

Para ele, o cenário deve mudar com a implantação da avaliação anual para os cursos de licenciatura. Desde o ano passado, todos os alunos concluintes das licenciaturas terão de prestar o Enade, que inclui, também, avaliação da prática docente. “Essa nota poderá ser usada como parte da Prova Nacional Docente (PND)”, explica. A mudança, completa Gilson Oliveira, faz parte de um programa do governo federal para melhorar a qualidade da educação na formação de professores.

O mesmo passa a ocorrer a partir deste ano com os formandos de Medicina. As notas do Enade poderão ser usadas também para o Exame Nacional de Residência, que é um processo seletivo unificado para ingresso em programas de residência médica em instituições públicas e privadas. “As notas estão muito baixas, mas isso decorre, novamente, do fato de a prova do Enade não oferecer nenhum benefício para o estudante. Por que é que o aluno vai ficar fazendo uma prova de quatro horas se não tem nenhum valor para ele?”, questiona. Com essa mudança espera-se maior empenho por parte dos estudantes.

Ambos concordam que é preciso haver aprimoramentos no Enade e chamam a atenção para as especificidades da UNILA que, assim como a Unilab, são temáticas e têm como missão oferecer vagas para alunos internacionais. “Essas características não são levadas em consideração e as métricas não são adequadas para nos avaliar”, diz Antonio. “Por exemplo, a prova é toda em português. Por mais que o nosso aluno internacional saiba português, uma prova muito interpretativa vai apresentar dificuldades extras.” Para Gilson Oliveira, o fato de a nota da prova não ter valor prático para o estudante é o grande dificultador. “O aluno tem a obrigatoriedade de comparecer à prova. Não é obrigado a tirar uma boa nota. Aí, a maioria fica o tempo mínimo exigido e vai embora. E isso não entra na estatística.”

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