Vida Universitária
Festival promove integração por meio da cultura
Cinema, poesia, dança, música e gastronomia tomaram conta do gramado e estacionamento do campus Jardim Universitário durante Festival de Culturas (FeCult) da UNILA. Realizado em dois dias (3 e 4 de agosto), o FeCult reuniu diversas atrações com objetivo de valorizar a produção artística dos estudantes e sua contribuição para o intercâmbio cultural entre os países da América Latina.
Com o pôr do sol como cenário, o público distribuiu-se em grupos pelo gramado para assistir às apresentações programadas. “É muito bom ter esse momento de integração entre os cursos, entre os campi também. A gente, lá do PTI, veio aqui participar e isso é algo que não acontece tanto”, comentou Laura Fernanda Machado, aluna de Arquitetura e Urbanismo, que acompanhava uma apresentação de música ao lado das amigas, Gabriele Louise Ribeiro e Elisa Gonzales. “Eu acho importante essa integração de culturas, da cultura brasileira com culturas de outros países”, comentou Gabriele enquanto assistia à Jaime André Schlogel apresentar-se ao violão executando músicas de diferentes países da América Latina. “A gente, assistindo a ele tocar, faz esse passeio que ele mesmo falou, com várias músicas, que vão de cima a baixo pela América.” Elisa Gonzales lembrou que a integração também pode ser feita pela gastronomia, outra atração do FeCult. “Acho importantíssima essa troca, vir pra cá, experienciar tanto a cultura por meio da música, quanto a comida. Também é sensacional conhecer um pouquinho de cada país por meio de sua gastronomia.”
A integração pela música também foi destacada por Sofía Cárdenas, que acompanhava o Festival ao lado de Rodrigo Sosa, ambos alunos de Mediação Cultural – Artes e Letras. “São importantes esses espaços dentro da Universidade. Estou gostando, há várias pessoas, diferentes gastronomias. É muito bom poder acompanhar e perceber a integração de diferentes músicas, de vários países, e a aproximação dessa grande tríplice fronteira”, comentou a estudante colombiana. “A Universidade tem um conceito internacional e, às vezes, faltam esses espaços para interagir, não somente dentro de salas de aula. Muito interessante ver o trabalho de outras pessoas, ver que existe essa interdisciplinaridade”, concordou Rodrigo.
A reitora da UNILA, Diana Araujo Pereira, destacou a importância da diversidade e da convivência propostas pelo FeCult. “A cultura é a nossa cola, é o nosso cimento, é o que nos une, é o que, de fato, pode gerar a integração do nosso espaço, da fronteira trinacional, da América Latina e do Caribe”, disse na abertura do Festival. “Com cultura e arte a gente dá linguagem aos nossos sentimentos, aos nossos afetos, aos nossos desejos.”
Para o pró-reitor de Extensão, Rogério Motta Moreira, a FeCult é um espaço de encontros, de trocas, e de reflexão sobre a diversidade cultural da UNILA. “A gente está resgatando esses espaços de convivência e de formação, cultura também é formação, faz parte da nossa formação acadêmica, faz parte da nossa formação cidadã. Ela é um elemento essencial na Universidade. Momentos como este são uma forma de manter vivas as nossas relações do dia a dia, mas de maneira mais ampla, mais cultural, mais artística. Isso nos provoca, nos faz refletir.” A PROEX é a organizadora do FeCult.
Thaísa Praxedes, representando a Fundação Cultural de Foz do Iguaçu, parceira na realização do Festival, destacou o fato de a cidade ter sido escolhida para abrigar a Universidade. “A UNILA é o elemento de transformação desse território. A UNILA veio fortalecer e transformar esse lugar e dar mais visibilidade para toda essa diversidade que existe nesse território”, pontuou. “A Fundação Cultural e a Prefeitura Municipal são parceiras, são as fortes defensoras dessa Universidade que é tão fundamental para esse território e para toda América Latina.”
A parceria com a UNILA, com suas ações de extensão desenvolvidas por toda a região, também ganhou destaque na fala de Tatyane Ravedutti, da Rede Regional de Cultura e Patrimônio do Oeste do Paraná. “A UNILA é parceira das ações que a gente realiza no território. Com essa parceria a gente vai a 55 cidades aqui da região. É uma troca que é imensurável”, salientou.
