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UNILA publica resultados de consulta sobre alternativas para minimizar impactos da pandemia na vida acadêmica

No total, 280 docentes e 2.389 estudantes de graduação e pós-graduação participaram da pesquisa
publicado: 24/07/2020 12h19, última modificação: 24/07/2020 15h33

Os dados resultantes da consulta on-line sobre as alternativas para minimizar impactos na vida acadêmica diante da pandemia já estão disponíveis nesta página. No total, 280 docentes e 2.389 estudantes de graduação e pós-graduação da UNILA participaram da consulta, por meio do SIGAA, entre os dias 26 de maio e 15 de junho. A consulta foi realizada, em conjunto, pelas pró-reitorias de Graduação (PROGRAD), de Pesquisa e Pós-Graduação (PRPPG), de Extensão (PROEX) e de Assuntos Estudantis (PRAE).

“Essa consulta é uma ferramenta extremamente importante porque democratiza a forma de escuta da comunidade acadêmica, reflete de maneira muito significativa a sua posição e mostra a importância de abrir esses espaços de consulta ampla e irrestrita”, avalia o reitor Gleisson Brito. Ele pontua que a consulta também foi realizada na forma escrita, com discentes de comunidades indígenas. Além disso, para responder ao questionário, foi disponibilizado acesso à Internet na Universidade, como forma de ampliar o alcance a toda a comunidade.

“É importante frisar, também, que esse questionário vai além da questão do ensino remoto. Ele versa sobre questões de saúde física, mental e questões laborais. Também buscou fazer uma análise aprofundada sobre o acesso a ferramentas e tecnologias necessárias para ensino remoto”, salienta o reitor. Os resultados da consulta são avaliados pela Comissão de Acompanhamento e Planejamento de Atividades Acadêmicas (CAPAacad), cuja composição possui representatividade discente e docente, além de servidores de áreas como tecnologia da informação e acessibilidade e inclusão de pessoas com deficiência. As propostas da Comissão são encaminhadas aos órgãos colegiados deliberativos competentes.

Acesso aos resultados

A consulta teve a participação de cerca de 60% dos docentes e 40% dos estudantes. A compilação e a forma de organização dos resultados da consulta permitem uma análise global – com número total de discentes e docentes participantes da pesquisa. Também possibilitam retratar conjuntos mais específicos – como os números da graduação e da pós-graduação de modo separado, ou dos discentes de apenas um curso ou instituto específico. Dessa forma, os resultados da consulta possibilitam que cada curso possa planejar suas atividades, conhecendo as próprias particularidades.

“Estamos cientes de que, assim como qualquer método, a consulta tem suas limitações, mas também tem suas potencialidades, nos possibilitando conhecer melhor a UNILA neste momento”, avalia o pró-reitor adjunto de Graduação, Hermes Schmitz, que preside a Comissão de Acompanhamento e Planejamento de Atividades Acadêmicas (CAPAacad). Ele ressalta a importância da tomada de decisões com base nos dados. “Esperamos que os resultados da consulta sirvam não apenas para a CAPAacad, mas também para que as diferentes unidades administrativas e os colegiados de curso possam fundamentar o planejamento de suas atividades”, afirma.  

Dados da consulta

O docente Hermes Schmitz também destaca alguns resultados da consulta, cujos dados revelam que, no período de suspensão das aulas, praticamente todos os docentes permanecem realizando atividades acadêmicas ou outras atividades relacionadas à Universidade. Outros dados apontam que os alunos de pós-graduação também seguem realizando atividades acadêmicas neste período. Situação diferente dos discentes de graduação, com uma minoria que continua envolvida com atividades de pesquisa, extensão ou estágio. “Essa descontinuidade pode ser prejudicial e indica a necessidade de reconectar os alunos de graduação à Universidade”, avalia Schmitz. 

Sobre a questão de retomada das aulas, a maior parte dos docentes e discentes manifestou interesse na adoção de atividades remotas. A aceitação é maior entre os docentes e para a pós-graduação. A consulta também revela preocupação da comunidade universitária sobre a retomada das aulas de modo remoto. Os docentes indicam que a maior preocupação é com as condições de acesso a todos os discentes, seguida da necessidade de receber orientações pedagógicas e de capacitação. Já entre os estudantes, a grande maioria preocupa-se com o comprometimento da aprendizagem e do desempenho acadêmico.

Os resultados indicam, ainda, que a utilização de meios virtuais já fazia parte da rotina de estudos da maioria dos discentes, antes da pandemia. E, mais do que as questões tecnológicas ou relacionadas ao ambiente virtual, a inexistência de uma rotina diária de estudos em casa é a principal dificuldade prevista pelos estudantes. Schmitz destaca que outro resultado importante é que cerca de 30% dos alunos participantes da consulta afirmaram não estar mais em Foz do Iguaçu neste período de isolamento, o que tem implicações no planejamento da instituição quanto à realização de qualquer atividade presencial, que depende do cenário epidemiológico.

A pesquisa revela, também, que a pandemia tem afetado emocionalmente grande parte da comunidade universitária, e que cerca de 15% dos discentes e pouco mais de um quarto dos docentes que participaram da consulta declararam fazer parte de um dos grupos de maior risco para a Covid-19. “Esta informação é importante considerando que, mesmo na futura retomada de atividades presenciais, é provável que ainda haja a necessidade de proteger esta parte mais vulnerável da comunidade universitária”, destaca Schmitz.


Encaminhamentos

Com base nos resultados da consulta, a Comissão de Acompanhamento e Planejamento de Atividades Acadêmicas (CAPAacad) discute a possibilidade de retomada das aulas de forma remota, e elabora uma proposta, a ser enviada para a Comissão Superior de Ensino (Consuen). Esta, por sua vez, também irá debater  o tema e deliberar sobre a proposta. “Mais do que atender apenas a maioria, buscamos contemplar a pluralidade presente na comunidade universitária e retratada pela consulta. Desse modo, buscamos a adoção do ensino remoto de forma flexível, respeitando as limitações técnicas e pedagógicas, a liberdade de cátedra e as decisões individuais, minimizando os prejuízos para quem, por qualquer motivo, não possa ou não deseje aderir ao formato neste momento”, explica o pró-reitor adjunto de Graduação, Hermes Schmitz.

Ele esclarece, ainda, que as unidades gestoras da Universidade, paralelamente, têm planejado ações com o objetivo de ampliar a inclusão digital dos discentes em condições socioeconômicas vulneráveis e realizar capacitação técnica e pedagógica de docentes e estudantes, para o caso de realização de aulas no formato remoto.