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Aberta a consulta pública sobre a Política Linguística da UNILA

A comunidade poderá contribuir com sugestões diretamente na minuta do documento; o formulário eletrônico está disponível até o dia 12 de maio
publicado: 04/05/2023 09h38, última modificação: 04/05/2023 12h09

A UNILA está realizando uma consulta pública para que a comunidade possa registrar contribuições para o texto-base da proposta da Política Linguística da instituição. A consulta tem o objetivo de ouvir a sociedade e democratizar a construção e a implantação desta política que é tão importante para a Universidade. Até o dia 12 de maio, todos podem colaborar com sugestões diretamente sobre a minuta do documento, registrando considerações via formulário eletrônico. Após o prazo de envio de sugestões, o documento final será submetido para apreciação do Conselho Universitário (CONSUN).

A Política Linguística foi uma proposta apresentada pelo Núcleo Interdisciplinar de Estudos de Língua(gem) e Interculturalidade (NIELI) em meados do ano passado, porém a iniciativa de tratar o tema teve início em 2020. Vinculado ao Instituto Latino-Americano de Arte, Cultura e História (ILAACH), o Núcleo é composto por 18 docentes da área e tem a proposta de desenvolver a Política, além de programas, projetos e ações para o planejamento da educação bilíngue para a formação de uma comunidade acadêmica plurilíngue e intercultural. 

Quando a proposta foi acatada pela instituição, promoveu-se a ampliação da discussão em grupo de trabalho devidamente regulamentado. Segundo o coordenador do NIELI, Matías Blanco, foi formada uma comissão ampla com a participação de diferentes áreas, não só as ligadas a Letras e Linguística. “Começamos a ajustar e a melhorar o conteúdo, discutir a primeira versão do documento e chegamos a um texto final contemplando as considerações dessa comissão interna”, diz.

A minuta da Política Linguística traz como diretrizes a democratização, a internacionalização e a transversalidade. E dentre seus objetivos está o de assegurar a valorização e o reconhecimento do ensino e da aprendizagem de línguas estrangeiras/adicionais para a comunidade externa e interna da Universidade. De acordo com Matías, várias instituições de ensino já dispõem de documento dessa natureza, porém muitas delas inseriram o tema em suas Políticas de Internacionalização. “Com base nas características específicas da UNILA, o bilinguismo institucional e o plurilinguismo de fato, consideramos que esse é um documento que dialoga com outras políticas, como a de Internacionalização”, defende.

Após implementação, a Política Linguística poderá ser revisada daqui a cinco anos. As ações necessárias para a implementação da Política serão conduzidas por uma instância administrativa a ser prevista na estrutura organizacional da instituição que, na opinião de Matías, torna-se necessária para contemplar todas as ações de ensino e aprendizagem de línguas, assim como a ambientação de alunos internacionais, entre outras consideradas prioritárias para a instituição. Essa estrutura será assessorada por um Colegiado cuja formação contará com a participação de representantes de diversas instâncias da Universidade. “Além da estrutura, também é necessário que haja um grupo de docentes concentrados nessas tarefas, com orçamento específico para que essas ações sejam realizadas e conte com a participação transversal de todas as áreas e setores”, finaliza.