UNILA implanta nova modalidade de fomento à permanência estudantil, a Bolsa Integração

A Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (PRAE) da UNILA acaba de implantar uma nova ferramenta de fomento à permanência dos(as) discentes na Universidade: a Bolsa Integração. O programa foi criado para proporcionar qualificação formativa aos(às) alunos(as) mediante participação em atividades acadêmicas, ao mesmo tempo em que possibilita o início de uma experiência profissional. Assim, eles/elas são inseridos nas rotinas da administração pública e recebem um aporte mensal de R$ 700, ação que melhora as condições de manutenção dos(as) discentes na instituição. “Com isso, ao mesmo tempo em que qualifica a formação de estudantes da UNILA, a Bolsa Integração também contribui para combater a evasão”, destaca Diana Araujo Pereira, reitora da UNILA.

Vinculado ao Programa de Assistência Estudantil da PRAE, o Programa Bolsa Integração, como o nome indica, tem como uma de suas metas integrar discentes e servidores(as), propiciando aos (às) estudantes da Universidade um conhecimento amplo das rotinas e maior contato com o funcionamento da instituição.

A Bolsa Integração é considerada, portanto, uma frente de intercâmbio entre discentes e servidores docentes e técnico-administrativos porque proporciona não apenas a convivência entre as distintas categorias, como a troca de experiências tanto no aspecto acadêmico quanto profissional. Este é um dos objetivos da iniciativa criada recentemente pela UNILA e que entrará em vigência no início de 2024. Além de reduzir os riscos de evasão, a ação – fruto de um processo de discussão iniciado meses atrás – busca incrementar a formação acadêmica (cultural, científica e pedagógica) de graduandos(as). E ainda pretende propiciar vivência profissional através da participação em atividades que são parte da administração pública. Com essa nova política de fomento, a expectativa é gerar oportunidades para o corpo estudantil melhorar o desempenho acadêmico por meio da atuação in loco no ambiente universitário, compartilhando do acúmulo de experiência dos(das) servidores(as) – técnicos(as) e docentes.

Durante a inserção no programa, o(a) graduando(a) atuará em um sistema de aprendizado supervisionado, por meio de práticas desenvolvidas em diferentes setores da UNILA, sempre sob a orientação de um(a) servidor(a), pelo prazo máximo de 12 meses, que poderão ser prorrogados caso haja interesse em participar de novas seleções.

“O programa foi idealizado para manter nosso(a) estudante no espaço da Universidade. Hoje, a UNILA tem três campi, o PTI, o JU e o Integração, e a gente não vê muitos alunos na Universidade. Então, pensamos em um programa para que eles pudessem desenvolver atividades acadêmicas, no âmbito de ensino, pesquisa e extensão, com isso vivenciando mais tempo a instituição e recebendo bolsa para auxiliar na sua permanência. A iniciativa contribui, portanto, para manter vivo o espírito comunitário, solidário e integracionista no ambiente universitário, além de possibilitar a aquisição de conhecimento profissional”, resume a pró-reitora de Assuntos Estudantis, Maria Geusina da Silva.

Processo de construção do Programa

Desde a idealização do Bolsa Integração, a intenção era propiciar o envolvimento da instituição na sua criação e execução. Por esta razão, antes da publicação dos editais que regulamentam o processo, foi feita uma consulta pública, através da qual os(as) estudantes puderam opinar sobre as regras do programa. Nesta fase, a PRAE recebeu 23 sugestões de modificação do edital, sendo que dez foram atendidas. Em nova etapa, em 3 de outubro de 2023, foi aberto o edital instituindo o programa com chamada direcionada aos(às) servidores(as) para a elaboração de Planos de Atividades formativas para serem desenvolvidas pelos(as) discentes, tanto nos segmentos da pesquisa, do ensino, da extensão como do administrativo. Com ofertas que se “configuram não como estágio, mas como práticas formativas em que docentes e TAEs propõem planos de atividades para os(as) estudantes bolsistas executarem determinadas ações e projetos”, resume Maria Geusina.

Os planos submetidos no Sistema Inscreva contemplaram atividades em oito linhas: ações afirmativas; alimentação; cultura e integração latino-americana; esporte; saúde; tutoria cultural ou linguística; inclusão digital e comunicação; apoio pedagógico.

Cumprida a etapa dos planos de atividade, a PRAE publicou, em 10 de outubro, o segundo edital. Fase desta vez destinada aos(às) estudantes, com definição de normas e critérios para a concessão da bolsa e convocação dos(das) interessados(as) em realizar a inscrição, também via Sistema Inscreva.

Para garantir maior adesão, no edital do programa estabeleceu-se um cronograma com as seguintes etapas: submissão de plano de atividades pelos(as) servidores(as); divulgação dos planos de atividades e inscrições de estudantes e a avaliação e classificação dos(as) bolsistas pelos(as) servidores(as) orientadores(as). Portanto, o edital da Bolsa Integração estabelece-se mediante fluxo contínuo, abrindo, mensalmente, períodos de inscrição, seleção e resultados, conforme é descrito no seguinte cronograma:

“Para ter um processo com viabilidade de prazos, definimos um mês para TAEs e professores(as) submeterem os planos de atividade; um mês para os(as) alunos(as) se inscreverem; e mais um mês para TAEs e professores(as) realizarem as entrevistas com os(as) discentes, firmarem os termos de compromisso e começarem suas atividades. Com esse cronograma, foram propostos 40 Planos de Atividades”, celebra a pró-reitora de Assuntos Estudantis.

Edital da Bolsa Integração para estudantes

A princípio, todos(as) os(as) discentes podem se beneficiar do Programa Bolsa Integração, incluindo beneficiários(as) de auxílio(s) estudantil(is) da PRAE; ingressantes por cotas ou aqueles que tenham cursado todo o Ensino Médio em escola pública, além de estudantes voluntários(as) em projetos de pesquisa ou extensão. No entanto, ficam impedidos(as) de concorrer ao benefício estudantes que recebem bolsa de iniciação científica, extensão, monitoria e tutoria, seja da UNILA ou de outras instituições de fomento. Ficam igualmente impedidos(as) de concorrer à Bolsa Integração também estudantes que realizam estágio remunerado.

O impedimento a esses dois perfis de alunos(as) deve-se ao comprometimento da carga horária. Como aqueles que se inscreverem no Bolsa Integração deverão cumprir uma carga que varia de 12 a 20 horas semanais, se forem somadas as rotinas do Bolsa Integração às rotinas de estágio ou às horas das bolsas de iniciação científica, extensão, monitoria ou de tutoria, a jornada se torna excessiva, frente à necessidade de também cumprir com compromissos acadêmicos. Por isso, a opção pelo veto.

“Nós não podemos permitir que esse aluno(a) tenha uma jornada acadêmica muito extenuante. É importante que o(a) estudante faça escolhas gradativamente, diante das diferentes opções formativas que a Universidade vai ofertando, sem comprometer a qualidade do seu processo pedagógico e tenha êxito acadêmico”, argumenta Maria Geusina.

Recursos

Como o processo do Bolsa Integração é contínuo, não há uma estimativa quanto ao número de alunos beneficiados e do total de Planos de Atividades a serem atendidos. Há ainda dependência de dotação orçamentária destinada a esse fim, pois há a tendência de que as instituições de ensino superior venham a receber os recursos gradativamente este ano. “Mas eu quero frisar que existe um esforço muito grande da gestão em investir no Bolsa Integração, assim como em outras políticas estudantis como a implantação de outros RUs nos demais campi da UNILA, Integração e Jardim Universitário”. Por isso, para este ano, a PRAE deverá ter um aporte de recursos próprios de mais R$ 2,4 milhões, além do já previsto do Programa Nacional de Assistência Estudantil (PNAES). A intenção é atender o maior número possível de Planos de Atividades para o Programa Bolsa Integração.

Confira todos os detalhes sobre o Edital Bolsa Integração e fique por dentro dessa oportunidade:

Edital Nº 39/2023/PRAE/UNILA - Edital de Concessão de Bolsa Integração