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Seleções internacionais da UNILA recebem 2.354 inscrições

Candidatos de 26 países e de três continentes concorrem às vagas do Processo Seletivo Internacional; Processo de Seleção de Indígenas e de Seleção de Refugiados e Portadores de Visto Humanitário
publicado: 17/03/2022 17h10, última modificação: 18/03/2022 15h32

A UNILA poderá receber estudantes de 26 países, a partir do mês de agosto, quando ingressarão os discentes aprovados nas seleções internacionais de 2022. Ao todo, foram 2.354 inscritos nas três seleções voltadas para estrangeiros: o Processo Seletivo Internacional, o Processo Seletivo para Indígenas e a Seleção de Refugiados e Portadores de Visto Humanitário. Dentre os candidatos, há representantes de 70 etnias indígenas.

Origem dos candidatos do Processo Seletivo Internacional

De acordo com o pró-reitor de Relações Institucionais e Internacionais, Rodrigo Medeiros, trata-se do maior número de candidatos internacionais da história da Universidade. “Durante os últimos anos, a UNILA apresentava um crescimento linear no número de inscritos, que não se materializou em 2021 [por conta das incertezas causadas pela pandemia [de Covid-19]. Mas o que estamos verificando, atualmente, é que os candidatos não deixaram de cultivar o plano de estudar conosco, eles apenas optaram por esperar mais um ano. Felizmente, em 2022 registramos um recorde histórico de inscrições, que esperamos que se mantenha daqui pra frente”, destacou.

No Processo Seletivo Internacional (PSI) - que é voltado para jovens de todos os países da América Latina e do Caribe - a maior parte dos inscritos é de origem haitiana. Foram 1.143 candidatos do país caribenho. Também foi destaque o número de inscritos do Paraguai (233), Colômbia (205), Peru (101) e Venezuela (52). O curso mais concorrido do PSI foi Medicina, com 380 inscritos, seguidos por Relações Internacionais e Integração (103), Engenharia Civil de Infraestrutura (100), Administração Pública e Políticas Públicas (96) e Letras - Espanhol Português como Línguas Estrangeiras (81).

Consolidação da imagem da UNILA

Além do represamento de candidatos do período de pandemia, Medeiros atribui o alto número de inscritos à consolidação da imagem da UNILA na região trinacional e junto a representações diplomáticas brasileiras. “Durante a pandemia, as pessoas viram a presença da UNILA nos postos de saúde e hospitais e verificaram a importância de ter uma universidade pública federal em um momento em que a comunidade foi desafiada por uma situação praticamente apocalíptica. Acredito que há uma transmissão da nossa qualidade, pelo público local rumo ao público dos demais países. Isso é muito mais forte aqui na fronteira, mas essa imagem vai vazando para outras regiões”, avalia o pró-reitor.

Ao longo do ano, a PROINT também manteve contato estreito com o Itamaraty e representações diplomáticas brasileiras em vários países. Essa ação, que já vinha sendo realizada em gestões anteriores, ajudou na divulgação dos processos seletivos internacionais nos países latino-americanos, além de outros encaminhamentos, como tratativas para efetivar bolsas de estudos. “Nos próximos meses, vamos ampliar as tratativas em missão internacional com o Itamaraty, para países do Caribe, como Bahamas e Barbados, em um projeto de viabilizar a difusão da língua portuguesa e consolidar a presença do Brasil nessa região”, contou Medeiros.

Indígenas de 70 etnias e refugiados de três continentes

Outro destaque das seleções de 2022 foi o aumento do número de candidatos que participaram do Processo Seletivo para Indígenas (PSIN). Foram 359 inscritos do Brasil e outros sete países da América Latina. Ao todo, representantes de 70 etnias concorrem às 114 vagas que a UNILA oferta para alunos indígenas. “Com o PSIN a UNILA consolida seu compromisso de integração da América Latina. Nós estamos integrando povos, não apenas pessoas. É um esforço para integrar conhecimentos e qualificar pessoas. Isso fortalece as políticas públicas direcionadas ao acesso do ensino superior para indígenas e fortalece a relação bilateral com cada país que vem para a UNILA”, comentou a professora Gladys Velez Benito, coordenadora de Relações Internacionais da UNILA.

O crescimento nas inscrições de indígenas é atribuído, de acordo com os dirigentes da PROINT, ao esforço de servidores que atuam na causa indígena e trabalham para divulgar as oportunidades de estudo ofertados pela UNILA, dentro e fora do território nacional.

Já no Processo Seletivo de Refugiados e Portadores de Visto Humanitário (PSRH), foram registradas 60 inscrições. Além de candidatos da América Latina, o PSRH recebeu inscrições de refugiados oriundos de países distantes geograficamente, como Angola, República Democrática do Congo e China. “É importante, porque isso permite que a Universidade chegue a comunidades que estão localizadas em contextos políticos e culturais totalmente diferentes”, destaca Rodrigo Medeiros.