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UNILA aprova ensino remoto em 2021 para reposição das aulas de 2020.1

De acordo com relatório de avaliação, 53,6% dos estudantes dos 29 cursos de graduação da UNILA participaram do Ensino Remoto Emergencial em 2020
publicado: 04/12/2020 08h28, última modificação: 04/12/2020 08h29

A Comissão Superior de Ensino (COSUEN) da UNILA publicou duas resoluções que estabelecem e regulamentam o ensino remoto no ano de 2021, para reposição das aulas referentes ao primeiro semestre de 2020 na graduação e na pós-graduação. As decisões, tomadas na última reunião ordinária da COSUEN, realizada no dia 27 de novembro, foram publicadas no Boletim de Serviço nº 106/2020. As datas do calendário acadêmico ainda precisam de aprovação do Conselho Universitário, que se reúne nesta sexta-feira (4). 

As resoluções permitem autorização de algumas atividades presenciais, a depender das condições de segurança sanitária, do cenário epidemiológico da pandemia de Covid-19 e com a liberação das autoridades competentes. No caso da Graduação, a Resolução 08/2020 indica que poderão ser realizadas presencialmente apenas atividades de "componentes curriculares que utilizem laboratórios e outros espaços especializados, atividades de campo ou visitas técnicas", respeitando os protocolos de biossegurança vigentes. 

 

Avaliação 

Em 2020 todos os 29 cursos de graduação da UNILA ofertaram disciplinas por meio do Ensino Remoto Emergencial, totalizando 370 turmas, o equivalente a 39% das turmas de um período regular. Foram matriculados 2.838 estudantes (53,6%), e 264 docentes (66,7%) ministraram aulas. Estas são algumas das informações disponíveis no relatório produzido pela Pró-Reitoria de Graduação (PROGRAD), com as principais ações e dados quantitativos do ensino de graduação e pós-graduação durante o período especial emergencial, que começou em setembro e tem término previsto para 23 de dezembro. O relatório subsidiou as discussões para a retomada do período letivo 2020.1.

                                                                   Confira o relatório na íntegra

O relatório também mostra que, entre os estudantes que fizeram as disciplinas ofertadas, 308 concluíram ou estão realizando componentes curriculares de trabalho de conclusão de curso durante o período especial emergencial. Até o dia 12 de novembro, 50 estudantes de 12 cursos concluíram a graduação; e outros 118, de 24 cursos, podem finalizar os estudos até o dia 23 de dezembro. Na pós-graduação, 73 docentes ofertaram disciplinas neste semestre. Dos 334 estudantes que necessitavam integralizar créditos em componentes curriculares da pós-graduação em 2020, 297 participaram do período especial.

Para o pró-reitor adjunto de Graduação, Hermes Schmitz, os resultados obtidos com o ensino remoto emergencial neste semestre são positivos e mostram que esse “foi um passo importante”. “Não foi algo tão temporário, tão passageiro como a gente imaginava que fosse. Acho que o período suplementar se torna um passo para ampliar gradativamente a oferta de componentes curriculares. Começamos devagar, e a nossa intenção é ampliar ainda mais a oferta”, afirma, lembrando que, com a manutenção do cenário epidemiológico atual, o ensino remoto é a alternativa para a continuidade das atividades letivas. “A gente já sabe que a pandemia vai continuar. O ensino remoto é nossa única alternativa agora. E a gente viu que é possível.”

Um fator limitante para o sucesso do ensino remoto, segundo ele, foi a oferta de vagas nas turmas. Cerca de 30% dos estudantes tiveram a matrícula indeferida. Mas essa alta demanda por parte dos discentes também pode ser considerada um fator positivo, avalia. “Houve uma grande procura por parte dos discentes. E, neste primeiro momento, nós, docentes, não conseguimos atender a toda a demanda. O que é compreensível”, analisa. Essa situação, justifica o professor, se repetiu também em outras universidades. “Era esperado.”

Assistência e capacitação

Um dos grandes receios para a implementação do Ensino Remoto Emergencial era a possibilidade de estudantes ficarem sem acesso à internet para acompanharem as aulas. O relatório mostra que 411 estudantes foram contemplados nos dois editais da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (PRAE) específicos para inclusão digital. “A inclusão digital não foi um limitante. O que foi oferecido supriu a demanda”, ressalta Schmitz, apontando esse dado como um dos mais importantes.

Além dos auxílios para acesso à internet, a PRAE buscou atender os estudantes com dificuldades de permanência, garantindo a manutenção dos auxílios estudantis em vigor no início da pandemia e também com novos auxílios, como o emergencial e o temporário, além da bolsa emergencial. No total, foram atendidos 940 estudantes.

Hermes Schmitz destaca, também, a participação dos docentes no programa de capacitação, que incluiu a realização de cursos e palestras, entre outras ações. “Tivemos números expressivos de professores que se inscreveram nos cursos de capacitação. E a própria participação de cerca de dois terços dos docentes com o oferecimento de disciplinas já traz uma bagagem, uma experiência para darmos um passo a mais. Foi um período de aprendizado”, avalia.

No 1º Ciclo de Vivências Formativas, foram ofertados cinco cursos de capacitação profissional docente e quatro lives conduzidas por especialistas. Já no 2º Ciclo, foram ofertados dois cursos de capacitação docente e três lives. Também foram disponibilizados documentos com orientações pedagógicas e para a utilização das plataformas e ferramentas digitais que possibilitaram o ensino virtual.