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Rede de universidades de fronteira une UNILA e outras 13 instituições

Lançada neste mês, a Unifronteiras tem por objetivo promover e fortalecer as universidades localizadas em regiões fronteiriças
publicado: 19/12/2024 14h00, última modificação: 19/12/2024 17h01

A UNILA propôs e passa a integrar a Rede de Universidades de Fronteiras (Unifronteiras), lançada oficialmente no dia 11, na Câmara dos Deputados, em Brasília. Formada por 14 instituições de ensino superior, a nova rede tem por objetivo promover a internacionalização e buscar soluções para os desafios nas regiões de fronteira, promovendo a interculturalidade, o plurilinguismo e a integração regional.

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“Essa rede tem como objetivo dar visibilidade ao trabalho que realizamos na educação superior nas regiões fronteiriças do Brasil com os países da América Latina. Essa visibilidade é essencial, pois, para nós, a fronteira não representa um problema ou um limite final, mas sim um laboratório, um campo de prática onde podemos desenvolver nossas atividades de ensino, pesquisa e extensão. E, para além, colaborar com o desenvolvimento local”, disse a reitora da UNILA, presidente da Comissão de Relações Internacionais da Andifes, Diana Araujo Pereira, que também coordenou a formação da nova rede. A iniciativa é uma parceria entre a Andifes e o Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif).

Diana Araújo destaca que as instituições federais de ensino são “equipamentos sociais” e que a Unifronteiras contribuirá para a eliminação de barreiras cotidianas para a internacionalização das Universidades. De acordo com levantamento realizado pela rede, hoje são 88 instituições federais de ensino superior distribuídas em 64 cidades de fronteira. 

A reitora explica que a formação da Unifronteiras começou a ser desenhada em 2018, quando ela estava à frente da Pró-Reitoria de Relações Institucionais e Internacionais (PROINT), e foi retomada em 2023. "Nosso objetivo é fortalecer os laços de cooperação entre instituições de ensino superior – universidades e institutos federais – para que a atuação no território fronteiriço possa ocorrer sem os obstáculos legais que temos hoje", reforça Diana.  "E a rede nasce da constatação de que apenas a UNILA não teria a capacidade de alterar as normativas necessárias ao seu pleno funcionamento e cumprimento de sua missão institucional. Para estas alterações é imprescindível o envolvimento de muitos setores, e a rede poderá construir as sinergias necessárias para que as mudanças aconteçam."

As instituições integrantes da rede listaram uma série de demandas que necessitam apoio de deputados e senadores. Entre elas, está a mudança nas normas legais que burocratizam e mesmo impedem o trânsito transfronteiriço de pessoas, veículos e equipamentos, dificultando a realização de pesquisas e a extensão universitária em países vizinhos. Outra demanda da Unifronteiras é a simplificação da revalidação dos certificados de ensino médio para estudantes que vêm de países vizinhos, a inclusão de cursos binacionais também para o ensino superior e mudanças no reconhecimento de títulos. 

Os reitores também propõem uma indenização educacional de fronteira para estimular a permanência de servidores docentes e técnicos nas instituições, bem como o aumento no número de pessoal para o atendimento a cursos binacionais;  maior prazo para a revalidação de documentos para docentes internacionais; a criação de um documento fronteiriço para facilitar o pagamento de bolsas; e a flexibilização na documentação necessária para abertura de contas por parte de estudantes internacionais, entre outras demandas. Conheça as propostas na íntegra. 

Também participaram da solenidade de lançamento da Unifronteiras presidente da Andifes, José Daniel Diniz Melo; o presidente do Conif, Elias Monteiro; o secretário de Educação Superior do MEC, Alexandre Brasil; e representantes de universidades e institutos federais entre outros convidados.

 Saiba mais: 

Acordo de cooperação para a criação da Unifronteiras

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