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Plano de Retorno reúne normas e procedimentos para atividades presenciais

Documento também faz um histórico das decisões tomadas e das ações realizadas durante a pandemia
publicado: 01/02/2022 17h23, última modificação: 07/02/2022 17h02

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As normas que regem as atividades administrativas presenciais já retomadas na UNILA e os procedimentos necessários para a presencialidade total das atividades acadêmicas previstas para março (pós-graduação) e abril (graduação) estão disponíveis no Plano de Retorno.

“O Plano de Retorno é uma complementação. Ele reúne e complementa documentos já produzidos pela instituição desde o início da pandemia”, resume o reitor da UNILA, Gleisson Brito. “Haverá outros documentos avulsos, porque esse é um documento dinâmico, que será ajustado e alterado no decorrer da pandemia.”

As atividades administrativas presenciais na Universidade já foram retomadas em sua totalidade. As atividades acadêmicas presenciais estão sendo retomadas de forma gradual desde meados de 2021. Os documentos e o histórico de ações e medidas adotadas em relação à pandemia e para a retomada gradual da presencialidade estão na primeira parte do Plano de Retorno. A segunda parte reúne orientações e procedimentos de biossegurança para evitar riscos de contágio.

O desenrolar da pandemia vem sendo acompanhado pelo Comitê Institucional de Enfrentamento à Covid-19 (CIEC) e pelo Grupo de Trabalho de Projeções (GT 6) da UNILA. Ambos foram criados ainda no início da pandemia e, desde então, vêm balizando a tomada de decisões da Universidade. O CIEC é formado por integrantes da gestão e por técnicos e docentes da área da saúde. O GT 6 reúne profissionais e pesquisadores das áreas de saúde pública, medicina, infectologia, epidemiologia, biologia, geografia, física e engenharia, que estudam as dinâmicas da Covid-19 levando em consideração a localização e as características populacionais de Foz do Iguaçu, do Oeste do Paraná e da Tríplice Fronteira.

O Plano de Retorno incorpora “indicadores de bastante precisão para o acompanhamento dos dados epidemiológicos” levantados e analisados pelos dois grupos. “Os indicadores vão continuar a ser acompanhados minuciosamente, pari passu pelo GT e pelo CIEC, para que nós possamos sustentar as decisões de avanço ou de recuo na retomada gradativa e paulatina das nossas atividades presenciais”, destaca o reitor.

Entre as decisões tomadas para o enfrentamento da pandemia estão a proposta e o acompanhamento do ensino remoto – iniciado no segundo semestre de 2020; a flexibilização de medidas restritivas de acesso às unidades da UNILA, permitindo, por exemplo, o uso de laboratórios e aulas práticas; e o retorno gradativo às atividades administrativas presenciais – a partir de setembro de 2021. Um dos últimos relatórios do GT 6, datado de dezembro de 2021, traz uma avaliação do cenário epidemiológico atual. Entre as considerações apresentadas está o percentual de vacinação em Foz do Iguaçu e dados sobre a variante ômicron, que tem aumentado os índices de infecção na cidade.

Para a infectologista e professora da UNILA Flávia Trench, que fez parte do CIEC e integra o GT 6, nem mesmo a “avalanche de casos” que vêm sendo registrados, não só em Foz do Iguaçu, mas no Brasil todo, é motivo para adiar a volta às atividades presenciais. “[Outros países] estão há três ou quatro meses lidando com a ômicron e com o incremento massivo de novos casos, e todo mundo é unânime em dizer que quem adoece gravemente e morre é o não vacinado. Isso, pelo mundo inteiro. Foz do Iguaçu tem uma população massivamente vacinada e temos leitos disponíveis”, diz, lembrando que a vacinação de crianças está começando e que boa parte dos moradores já recebeu ou está em vias de receber a dose de reforço.

A docente destaca que há muitos casos positivos e que a maioria deles são “casos leves, oligossintomáticos e que estão sendo resolvidos em casa”. “O que está tendo é uma avalanche de pessoas querendo fazer exame para saber o que elas têm, e muitas não é nem que querem, elas precisam do exame porque precisam do atestado para não levarem falta no trabalho”, avalia.

Ainda segundo ela, o que está sendo registrado neste momento é resultado das festas de final de ano, quando as pessoas se descuidaram dos cuidados básicos, como uso de máscaras e distanciamento social. “Quero acreditar que as pessoas não se infectaram trabalhando e estudando. Não teve surto, no final do ano, em escolas, em universidades privadas, em empresas. Havia casos espalhados. As pessoas se infectaram no Ano Novo. Praia, queima de fogos, shows. Só o pessoal da saúde, esse é o único que se infectou no trabalho. Antes das férias, a gente vinha num descenso de casos.”

Novos cenários

Quanto mais contagioso, menos agressivo. Não é interesse evolutivo do vírus ser matador. O interesse dele é ser supertransmissível. Quanto mais leve, melhor. E é o que aparentemente tem acontecido.
Flávia Trench, infectologista

Haverá outros avanços de contágio, diz a docente, citando a volta às aulas no ensino fundamental e médio, programadas para fevereiro, e o Carnaval, em março. “Haverá outros picos com certeza. Podemos ter novas variantes, porque enquanto o vírus está circulando ele está em mutação e pode ter uma mutante mais contagiosa ainda. Quanto mais contagioso, menos agressivo. Não é interesse evolutivo do vírus ser matador. O interesse dele é ser supertransmissível. Quanto mais leve, melhor. E é o que aparentemente tem acontecido.”

Sobre os cuidados necessários na volta ao presencial, Flávia Trench cita a necessidade da exigência do passaporte vacinal para servidores e estudantes, o que já está definido pela UNILA e previsto no Plano de Retorno. Outros procedimentos de biossegurança devem ser observados por toda a comunidade acadêmica, como o uso de máscaras e de álcool, lavagem das mãos, limpeza de ambientes, ventilação, adequação e reorganização de espaços físicos, higiene respiratória e o comportamento adequado em atividades sociais, reuniões, eventos, transporte, atividades esportivas e no uso dos ambientes coletivos, como salas de aula, laboratórios, bibliotecas e alojamento.

“Eu dei aula para os meus alunos desde [o início de 2021], em laboratório [onde há muita manipulação de objetos], e não tivemos surto, não tivemos ninguém doente. É vida que segue. Eventualmente, se tiver um surto, a gente tem de isolar os alunos, como já acontece nos colégios”, exemplifica Flávia. Ela enfatiza a necessidade de divulgação do telefone do Plantão Covid para que as pessoas saibam onde buscar ajuda. “Quem estiver se sentindo mal não vai para a aula avisar. Avisa de casa e se isola. Também [é preciso] os professores terem a sensibilidade de darem tarefas que o aluno possa repor de uma forma mais leve, ter essa tolerância, senão as pessoas vão mentir por medo de perderem nota. Tem que ter essa tranquilidade”, aconselha.

Somos geradores de ciência, então não podemos nos furtar de fazer essa defesa incondicional de que a ciência deve ser suporte para nossas tomadas de decisão durante a pandemia, e assim vem sendo.
Luis Evelio Garcia, vice-reitor

Uma das mais recentes ações da UNILA em relação à pandemia é a realização de uma consulta interna para avaliar o quadro vacinal da comunidade acadêmica (servidores e estudantes). Outras consultas sobre o mesmo assunto foram realizadas anteriormente pela Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (PRAE) e pela Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (PROGEPE). “A partir do estado vacinal é que poderemos tomar novas medidas, e isso novamente será avaliado pelo GT 6, um dos nossos braços técnicos de assessoria”, diz o vice-reitor, Luis Evélio Garcia Acevedo, lembrando que outras ações futuras também serão avaliadas. “Temos dois meses antes do retorno das aulas presenciais para nos preparar e observar os rumos que essa pandemia irá tomar.”

O reitor destaca que as ações da UNILA sempre foram baseadas na ciência. “O Plano segue a linha que a gestão já tem seguido, que é tomar decisões sempre pautadas na informação científica mais consolidada possível, como deve ser numa instituição de ensino superior”, enfatiza Gleisson. “Sempre nos preocupamos, simultaneamente, com dois aspectos primordiais que são, em primeiro lugar, a segurança e a saúde da nossa comunidade acadêmica e, paralelamente, a manutenção da prestação de serviços públicos de excelência para a sociedade que demanda da nossa instituição aquilo que se refere ao ensino, pesquisa e extensão.”