Institucional
Diretores dos Institutos tomam posse em cerimônia oficial
Fábio Borges e Cristiane Sander, com a reitora Diana: desafio à integração tem novos contornos
Pela primeira vez em seus 15 anos, a posse dos diretores dos Institutos que formam a estrutura acadêmica da UNILA teve lugar em uma solenidade oficial. O evento foi realizado na terça-feira (11), no auditório da unidade Jardim Universitário. A gestão dos novos diretores será de quatro anos.
A reitora Diana Araujo Pereira lembrou, durante a cerimônia, que os 15 anos da UNILA foram pautados por processos de ampliação de estrutura, de pessoal e de atuação acadêmica, por isso, a importância da renovação de ritos. “Nossa intenção é dar maior relevância ao papel estratégico dos Institutos Latino-Americanos, justamente porque é nos institutos onde todo esse crescimento, onde a vida da universidade de fato acontece”, afirmou.
Diana também pontuou ações que têm por objetivo o fortalecimento dos institutos como a ampliação do orçamento e a implementação do orçamento participativo; recomposição do quadro de servidores; apoio a realização de concursos para novas vagas docentes, programados para este ano; e a ampliação do número de laboratórios, prevista para o ano que vem, entre outras iniciativas. “Estou convencida de que estamos no momento mais propício para pensar na criação de novos cursos de graduação e de pós-graduação e, com isso, fortalecer a nossa universidade e sua atuação no território.”


- Ana Paula Lopez e Márcia Cossetin, com a reitora Diana: memória, coletividade e compromisso
A importância da democracia e dos processos de integração permeou os discursos dos novos diretores. Para a diretora do Instituto Latino-Americano de Arte, Cultura e História (ILAACH), Márcia Cossetin, arte, cultura, história, educação, linguagens e as humanidades “não são ornamentos” na sociedade. “São forças estruturantes de sua identidade, de sua possibilidade de crítica social e de sua capacidade de transformação dessa mesma sociedade”, disse em seu discurso. “Nosso compromisso é consolidar o instituto como um espaço de diálogo intercultural, de resistência e de produção de conhecimentos enraizados na nossa condição latino-americana”, reforçou.
Ela e a vice-diretora, na Paula de Araújo Lopez, reafirmaram que os valores apresentados na campanha – memória, coletividade e compromisso – irão conduzir suas atuações frente ao Instituto. “Queremos fortalecer o ensino, a pesquisa, a extensão, ampliar as conexões entre cursos e institutos, valorizar ainda mais as artes, as humanidades, as ciências sociais que nos ajudam a pensar criticamente e aprofundar o diálogo com a sociedade, porque a UNILA tem raízes no território em que se insere”, disse Ana Paula.


- Marcio de Sousa Góes, , com a reitora Diana: repensar a ciência é tarefa urgente
Márcio Souza, que assume a direção do Instituto Latino-Americano de Ciências da Vida e da Natureza (ILACVN) destacou os diferentes cursos que formam a unidade e suas correlações. “O ILACVN é um espaço de fronteiras fluidas e orgânicas e essa articulação entre diferentes campos do conhecimento nos permite enfrentar, ainda que sobre um prisma de muitas dificuldades, com mais preparo e profundidade os desafios do nosso tempo: das mudanças climáticas às epidemias, da fome à desigualdade no acesso à saúde, da crise da biodiversidade à educação científica de qualidade para todas e todos”, destacou.
Ele colocou a necessidade de se “pensar a ciência de forma mais integrada, conectada às realidades locais, mas com os olhos voltados para grandes desafios latino-americanos” como uma missão urgente a ser encarada. “Estamos atravessando um tempo em que o valor da ciência tem sido colocado à prova, em que a desinformação e o negacionismo ameaçam conquistas históricas. Mais do que nunca, precisamos reafirmar o papel social da universidade e da ciência, não como espaços de privilégio, mas como ferramentas de emancipação, de inclusão e de justiça.”


- Fábio Borges e Cristiane Sander, com a reitora Diana: desafio à integração tem novos contornos
No Instituto Latino-Americano de Economia, Sociedade e Política (ILAESP) foram reconduzidos aos cargos os professores Fábio Borges (direção) e Cristiane Sander (vice). O diretor pontuou que dificuldades enfrentadas em sua primeira gestão, exercida ainda durante a pandemia, foram momentos de muito aprendizado. “Estamos muito esperançosos, mais experientes para os próximos 4 anos, mas sempre surgem novos desafios. Ter uma maior interação com os demais institutos [irá ajudar] a lutar pela missão da UNILA, que é contribuir com a integração latino-americana e formar profissionais aptos para isso.”
A luta pela integração, lembrou Borges, ganha mais importância nos dias atuais. “Os temas nacionais e internacionais são muito desafiadores. É um momento latino-americano muito adverso, com o avanço da direita nos países vizinhos, colocando em cheque nossas possibilidades de cooperação com esses países também”, avaliou.
A atuação mais próxima dos Institutos na recepção de demandas, principalmente as acadêmicas, foi destacada por Cristiane Sander. “É ali que vão se dar os os primeiros enfrentamentos. Por isso, é importante estabelecer esse diálogo entre as direções [dos Institutos]. Isso fortalece a universidade como um todo. Precisamos nos fortalecer para fortalecer a integração e nossa democracia”, apontou.


- André Jacomel Torii e Juliana Rammé, com a reitora Diana: missão integradora da UNILA exige atuação conjunta dos Institutos
Para a docente Juliana Rammé, que assume a direção do Instituto Latino-Americano de Tecnologia, Infraestrutura e Território (ILATIT), a posse dos novos diretores representa a renovação do projeto de uma universidade singular que é a UNILA. “O ILATIT, como parte fundamental dessa missão, reúne cursos que estão na vanguarda dos debates sobre desenvolvimento territorial, o uso sustentável dos recursos naturais, a produção tecnológica soberana e a construção de uma infraestrutura voltada ao bem comum dos povos latino-americanos.”
Ela nomeou todos os cursos que integram o Instituto e lembrou que essas formações são “uma resposta concreta aos desafios históricos e contemporâneos da nossa América Latina”. “Não estão isolados, dialogam entre si, constroem pontes entre áreas do saber e têm como horizonte comum a transformação social”, destacou.
O vice-diretor André Jacomel Torii disse que (VER VERBOS) o compromisso da nova gestão é buscar o diálogo. “Temos de pensar no coletivo, a gente precisa avançar juntos, chegar nos lugares juntos. E para nós é muito importante que não apenas o ILATIT avance, mas todos os outros institutos avancem juntos.”
