Centre Pompidou busca parcerias com a UNILA para implementação de Museu Internacional

Uma equipe técnica do Centre Pompidou de Paris participou de uma série de atividades e visitas à comunidade de Foz do Iguaçu e região organizadas pela UNILA, como parte dos preparativos para a implementação do Museu Internacional de Arte (MIA) na cidade.

A agenda teve início na manhã do dia 19, no espaço Reitoria, localizado no Itaipu Parquetec. Alice Chamblas, Gaëlle Seltzer, Isabelle Raymondo e Cécile Vénot, da equipe técnica do Centre Pompidou, apresentaram uma proposta de aproximação e engajamento do Museu com o território. Foram discutidas possíveis parcerias com a UNILA com o objetivo de ampliar e fortalecer essas conexões, uma vez que a Universidade, que completa 15 anos em janeiro, vem estabelecendo vínculos com a cidade e a região por meio de ações de ensino, pesquisa e extensão desde sua criação.

Participaram do encontro Andreia Moassab, pró-reitora de Extensão; Michele Dacas, secretária de Comunicação e coordenadora do Museu Digital UNILA (MUD); Ana Rita Uhle também coordenadora do MUD e pró-reitora adjunta de Graduação; agentes de cultura externos; representantes da Fundação Cultural e do ICMBIO. 

"Foi ótimo entender a intenção do grupo que vai promover o MIA em compreender o território e entender o que a UNILA já faz em Foz do Iguaçu, o que a Universidade promove, como a formação dos discentes e a produção cultural, e é fundamental pensar o que o Museu Digital UNILA já produz", diz Ana Rita Uhle.

Luciana Pereira, da SEEC, e a reitora Diana Araujo Pereira assinam protocolo de intenções

Após a reunião, foi assinado um protocolo de intenções entre a UNILA e a Secretaria de Cultura do Estado do Paraná (SEEC) com o objetivo de estabelecer uma parceria para promover a ativação e a participação da sociedade no processo de implementação do novo museu.

“A assinatura do protocolo de intenções com a SEEC é apenas o início de uma importante parceria que tem o nobre objetivo de trabalhar para a construção de um Museu Internacional em Foz do Iguaçu. A UNILA, que tem cursos voltados às áreas artísticas e muito pessoal técnico e docente especializado nas áreas de interesse do Museu, não poderia deixar de apoiar este equipamento cultural tão significativo para nossa fronteira”, disse a reitora da UNILA, Diana Araujo Pereira.

Para a secretária de Cultura, Luciana Casagrande Pereira, a UNILA terá um importante papel na conexão do futuro museu com a realidade local. “A ideia é mobilizar agentes locais para ações de engajamento e integração das comunidades da região ao novo espaço, além de assegurar o papel estratégico da UNILA no desenvolvimento do museu como um espaço de intercâmbio cultural. O museu será muito mais do que um espaço expositivo; será um motor de transformação social e econômica para a região”, afirmou.

A programação teve sequência com visitas de uma comitiva à comunidade quilombola Apepu (em São Miguel do Iguaçu); a Estação Cultural da Vila C; e o Ilê Baru, terreiro de matriz africana. “A escolha desse circuito diz respeito a uma territorialização da cultura”, explica Andreia Moassab, responsável pela organização da agenda. Nesse sentido, a comunidade local e sua cultura estão intimamente ligada com a formação do futuro museu. “É importante reforçar que a comitiva do Pompidou justamente tem trabalhado na perspectiva dos museus no território. E a partir dessa demanda é que preparamos a visitação à comunidade quilombola. Uma comunidade que tem lutado com relação à resistência e à manutenção da sua cultura e do seu modo de vida”, aponta. “Um ator cultural fundamental para qualquer debate sobre cultura e arte aqui na região.”

Também participaram das visitas Christina Lunardelli, Priscila de Moraes, Carolina Loch e Gabriel Tomich, da Secretaria Estadual de Cultura; o docente da UNILA Mario Ramão e a estudante Maria Eduarda de Oliveira.

No início de dezembro, a coordenadora de desenvolvimento público do projeto, Priscila de Moraes, participará do Festival de Culturas (FECULT), na UNILA, com uma oficina sobre museus. Além disso, no início do próximo ano, uma comitiva deverá fazer uma visita à terra indígena Ocoy.

A expectativa é de que o MIA tenha seu plano estrutural concluído até janeiro, com a licitação das obras prevista para junho de 2025 e sua inauguração em 2026. 

*Com informações da Agência Estadual de Notícias (AEN)