Institucional
10 fatos que marcaram os 10 anos da UNILA
1. A chegada da turma pioneira
Oficialmente, a UNILA foi criada em 12 de janeiro de 2010, quando foi assinada a Lei nº 12.189. Porém, foi em agosto desse ano que a instituição ganhou, de fato, ares de Universidade. Nesse mês, chegaram os estudantes da primeira turma ou da turma pioneira, como foi carinhosamente apelidada. O grupo já dava uma mostra da diversidade que a UNILA teria ao longo de sua história. Havia representantes de sete estados do Brasil e dos demais países efetivos do Mercosul (Paraguai, Argentina e Uruguai). Nesse ambiente diverso, bilíngue e com muitos sotaques, começaram as primeiras atividades acadêmicas da instituição.
Junto com os servidores docentes e técnicos, que também eram recém-chegados, os estudantes acompanharam os primeiros passos da Universidade. De lá pra cá, a UNILA mudou bastante. Dos 213 alunos do início, a Universidade passou a ter um corpo discente com mais de 5 mil estudantes de graduação em 2019. O número de cursos passou de 6 para 29 no mesmo período. E embora a UNILA tenha uma comunidade internacional – hoje, são 32 nacionalidades representadas –, ela também é conhecida como a universidade federal dos iguaçuenses. Atualmente, a maior parte dos estudantes – cerca de 2.400 – é de Foz do Iguaçu e do Oeste do Paraná.
2. A primeira formatura
Quatro anos depois do início das aulas, foi a vez da primeira solenidade de colação de grau da UNILA. No palco do Cineteatro Barrageiros, estavam 24 estudantes – brasileiros, paraguaios, argentinos e uruguaios – de três cursos que integraram a turma pioneira. Outros alunos da mesma turma, que fizeram cursos de 5 anos, formaram-se no segundo semestre de 2015.
Com as cerimônias de colação de grau de 2019, que acontecerão de 22 a 24 de janeiro, serão 12 formaturas e mais de mil egressos contabilizados pela instituição. A partir da colação de grau, inicia-se uma nova etapa para os unileiros: a de dar continuidade à trajetória acadêmica ou iniciar a trajetória profissional nos mais diversos pontos da América Latina. Na bagagem, levam um diploma de uma instituição que vem conquistando boas posições nos principais rankings de qualidade do Ministério da Educação.
A Universidade alcançou nota 4 no Índice Geral de Cursos (IGC), indicador que analisa a qualidade de cursos de graduação e pós-graduação das instituições de ensino superior, públicas e privadas, em uma escala de 1 a 5. Universidades com conceito 4 e 5 são consideradas de excelência. Nos últimos três anos, entre as instituições paranaenses, a UNILA passou da 34ª colocação para a 17ª, em um total de 167 universidades e faculdades avaliadas. Já entre as instituições da região Sul do país, o salto foi da 82ª posição para a 37ª.
3. Transformando a região em referência na pós-graduação
Em 2014, a UNILA comemorou a implantação do primeiro curso de pós-graduação stricto sensu: o Mestrado Interdisciplinar em Estudos Latino-Americanos. No mesmo ano, tiveram início as atividades do Mestrado em Integração Contemporânea da América Latina. De 2016 em diante, foram criados novos cursos todos os anos, ampliando a oferta de vagas e tornando a região da Tríplice Fronteira em um polo educacional também na pós-graduação.
Atualmente, são 12 cursos de mestrado e um doutorado, em diversas áreas do conhecimento e ofertados de forma gratuita. Em 2016, iniciaram-se as atividades dos mestrados em Física, Literatura Comparada e Políticas Públicas e Desenvolvimento. Já o Mestrado em Biociências e o Mestrado em Biodiversidade Neotropical foram aprovados no ano de 2017. No ano seguinte, 2018, foi a vez da implantação do Mestrado em Engenharia Civil. Em 2019, foram implantados quatro novos cursos: os programas de pós-graduação em Relações Internacionais, História e Economia – os três na categoria mestrado – e o Programa de Pós-graduação Interdisciplinar em Engenharia e Sustentabilidade, que conta com curso de mestrado e o primeiro doutorado da UNILA.
4. Produção científica para transformar Foz do Iguaçu e seu entorno
Da graduação ao doutorado, alunos e docentes se envolvem em um dos pilares da educação superior: a pesquisa. E, da iniciação científica às pesquisas de pós-doutorado, boa parte da produção científica e tecnológica da UNILA é voltada para o desenvolvimento da região onde a instituição está inserida: a cidade de Foz do Iguaçu, o Oeste do Paraná e a Tríplice Fronteira.
Em 2018, a Universidade lançou o Programa Institucional Agenda Tríplice, iniciativa que tem o objetivo de estimular a realização de pesquisas – vinculadas ao ensino e a extensão – que busquem respostas aos problemas da região. Os temas das pesquisas foram propostos por 19 instituições públicas e privadas, das três cidades fronteiriças, do Oeste do Paraná, da província de Misiones e do departamento do Alto Paraná. Em dois anos, de 2019 a 2021, a UNILA irá investir R$ 480 mil para o desenvolvimento das pesquisas. A longo prazo, o objetivo é fazer com que os pesquisadores se tornem referência em diversos aspectos da Região Trinacional e que a UNILA se torne modelo em pesquisas sobre fronteiras para outras regiões da América Latina.
5. A Universidade mais internacional do Brasil
Segundo dados do Censo da Educação Superior, no Brasil, o número de estudantes estrangeiros matriculados em instituições brasileiras de ensino é de apenas 0,2% do total de matrículas. Nesse contexto nacional, a UNILA é destaque por ser a universidade com o maior número de estudantes internacionais. Com a proposta de contribuir para a integração latino-americana por meio da educação superior, 30% dos alunos da UNILA são de outros países. Nos corredores e salas de aula da Universidade, é possível encontrar cidadãos de mais de 32 países, sendo 21 países latino-americanos.
Desde sua criação, a UNILA realiza processos seletivos específicos para estudantes não brasileiros. O Processo Seletivo Internacional (PSI) é aberto anualmente, entre os meses de maio e julho. Gratuito, ele permite que jovens de todos os países da América Latina possam estudar na Universidade iguaçuense, desde que atendam aos requisitos estabelecidos pelo edital. A UNILA também chegou a ter uma seleção específica para alunos haitianos, o Pró-Haiti, em 2014 e 2015. Hoje, esses estudantes são selecionados também pelo PSI, que abriu o seu escopo permitindo o ingresso de alunos de toda a América Latina e do Caribe, inclusive de países que não têm o espanhol como língua oficial.
Em 2018, a instituição lançou duas novas modalidades de ingresso, ampliando a diversidade de seus discentes. O Processo Seletivo para Refugiados e Portadores de Visto Humanitário permite o ingresso de alunos de países como Síria, Rússia, Angola e Congo. E o Processo Seletivo para Indígenas oferta vagas específicas para integrantes de comunidades indígenas do Brasil e dos demais países da América do Sul.
6. Mais de 27 mil pessoas já participaram dos cursos de extensão da UNILA
Não é só na pesquisa que a UNILA desenvolve projetos que impactam diretamente a região. Por meio da extensão, a Universidade dialoga com a sociedade e propõe atividades que promovem a troca de conhecimentos e saberes entre acadêmicos e a comunidade local. A comunidade unileira desenvolve ações de extensão em diversos espaços, como escolas, associações, unidades de saúde, praças, entre outros.
Conforme dados da Pró-Reitoria de Extensão, nos 10 anos de existência da UNILA, mais de 27 mil pessoas participaram dos cursos de extensão organizados por docentes, técnico-administrativos e alunos da Universidade. Esses cursos são oportunidades gratuitas de capacitação, abertas para toda a comunidade, que permitem uma educação continuada a pessoas que, por exemplo, não têm como fazer um curso regular de graduação ou pós-graduação. Na UNILA, os cursos de extensão são pensados para atender, principalmente, às necessidades da comunidade da região Oeste do Paraná e da fronteira trinacional. E muitos deles são demandados pela própria população, proporcionando um ambiente de interação, profissionalização e promoção da cidadania.
7. UNILA abre as portas para a região durante a SIEPE
Desde 2018, a UNILA abre suas portas, anualmente, para mostrar para a comunidade da região os resultados dos projetos e atividades desenvolvidas na instituição. A Semana Integrada de Ensino, Pesquisa e Extensão (SIEPE) é o maior evento da Universidade e mobiliza toda a comunidade acadêmica.
Com duração de quatro dias, a SIEPE tem em sua programação vários eventos paralelos, como o Seminário de Atividades Formativas (SAFOR), o Seminário de Extensão (SEUNI) e o 8º Encontro Anual de Iniciação Científica e 4º Encontro de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (EICTI). Compõem, ainda, as atividades da SIEPE: Dia C da Ciência, Seminário Agenda Tríplice, Mostra de Cursos, além de lançamento de livros e atividades culturais.
Os números da segunda edição da SIEPE, realizada em 2019, impressionam. Foram realizadas 181 apresentações de projetos de Iniciação Científica e de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, 146 de projetos de Extensão e 124 de atividades formativas. A Mostra de Cursos – feira que reúne estandes de todos os cursos de graduação da UNILA – recebeu quase 2 mil estudantes de ensino médio, de 30 escolas de Foz do Iguaçu e municípios vizinhos.
8. A primeira gestão eleita
Em 2018, a UNILA deu um importante passo para sua institucionalização. Nesse ano, no dia 24 de outubro, foi realizada a primeira consulta pública à comunidade para escolha do reitor. Posteriormente, o Conselho Universitário ratificou a decisão da comunidade acadêmica e elegeu os professores Gleisson Alisson Pereira de Brito e Luis Evelio Garcia Acevedo, como reitor e vice-reitor da UNILA. Oficialmente, eles assumiram o cargo em 19 de junho de 2019, após cerimônia de posse realizada na sede do Ministério da Educação, em Brasília. A cerimônia de transmissão – em que o antecessor, professor Gustavo Oliveira Vieira, passou simbolicamente o cargo para o reitor eleito – foi realizada em 27 de junho. Na ocasião, também foi apresentada a nova equipe de gestão para o período 2019-2022.
Gleisson Brito assumiu a Reitoria com o compromisso de trabalhar em busca da excelência da UNILA no ensino, na pesquisa e na extensão. A nova gestão também colocou como meta a consolidação de um Plano de Edificações, para procurar alternativas para as deficiências na infraestrutura da instituição. O Plano foi aprovado pelo Conselho Universitário em setembro de 2019.
9. Laboratórios de excelência para ensino e pesquisa
Mesmo sem um campus definitivo, a infraestrutura da UNILA vem melhorando ano após ano. Atualmente, a instituição conta com 67 laboratórios, munidos com equipamentos de ponta, que são essenciais para a qualidade das aulas práticas e para o desenvolvimento de pesquisas em diversas áreas do conhecimento.
A instituição é uma das poucas do Sul do país que conta com um Laboratório de Simulação Avançada. Voltado para o curso de Medicina, esse laboratório é um espaço onde os discentes podem atuar em práticas como escuta cardíaca, respiratória e palpação de pulso; e simular cenários de emergência, como paradas cardíacas e partos. O laboratório é usado para treinamento contínuo dos estudantes – inclusive os que estão em estágio de internato – e também de médicos e de outros profissionais de saúde que já estejam em atividade. O treinamento simulado de casos reais ajuda a diminuir o risco de erros médicos, já que a simulação pode ser acompanhada de modo simultâneo ou por meio de gravação de vídeo.
10. Um novo campus para a nova década
O aniversário de 10 anos da UNILA vai ser comemorado com o lançamento da pedra fundamental do Campus Integração. Localizado na avenida Tancredo Neves, no mesmo terreno onde estão as obras do Alojamento Estudantil, o novo campus abrigará blocos de salas de aula e laboratórios. Com 2.444,13 m² de área construída, os edifícios terão capacidade para 10 salas para 50 alunos e 3 salas para 25 alunos, além de salas para professores e apoio administrativo, banheiros e depósito.
Quando estiver em pleno funcionamento, o imóvel terá a capacidade para atender, aproximadamente, 1.725 alunos. Será um novo espaço para receber e trocar ideias com a comunidade local. Um novo espaço de integração.