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Rede Encontros pela Diversidade realiza debate on-line sobre violência contra a mulher nesta sexta-feira (22)

O evento tem o apoio da Pró-Reitoria de Extensão da UNILA e integra uma série de diálogos sobre a diversidade em tempos de pandemia
publicado: 21/05/2020 08h00, última modificação: 25/05/2020 14h43

Um debate on-line com a temática “Violência contra as mulheres e violência doméstica e familiar em pandemia” será realizado nesta sexta-feira (22), às 17h. O evento, que tem o apoio e a certificação da Pró-Reitoria de Extensão da UNILA, faz parte de um conjunto de lives que propõem diálogos e reflexões sobre a diversidade no cenário da pandemia do novo coronavírus. Essa proposta integra o projeto “Covid-19 – Em defesa da diversidade”, promovido pela Rede Encontros pela Diversidade, que é formada por diversas entidades de Foz do Iguaçu, entre elas a UNILA. A transmissão das lives é feita pela conta @redediversidadefoz, no Instagram (confira abaixo o calendário).

A Rede escolheu como eixos de discussão temas como migração, direitos humanos, saúde mental, agricultura familiar, questões LGBT e mulheres, no contexto da Covid-19, bem como os impactos da pandemia na sociedade. Uma das convidadas da próxima live é a coordenadora do Centro de Referência de Atendimento à Mulher (Cram – Foz do Iguaçu), Kiara Heck. Ela aponta que, em Foz do Iguaçu, embora não tenha sido identificado um aumento quantitativo de casos de violência contra a mulher, neste momento de quarentena, isso não significa que a violência não tenha aumentado. “Consideramos a presença do autor de violência e as dificuldades com a mobilidade como fatores a serem observados”, pontua.

Heck destaca que o papel do Cram, em Foz do Iguaçu, é oferecer um serviço de acolhimento para as mulheres que necessitam de um suporte para romper com o ciclo de violência. Para isso, conta com uma equipe composta por psicóloga, assistentes sociais, advogada, educadora e uma rede de voluntárias que auxiliam nesse trabalho. Nesse contexto, o Cram tem aberto um canal de diálogo com a UNILA, que se reflete em ações conjuntas. “A aproximação com a Universidade é um dos pilares da política pública. Necessitamos de ações com o olhar científico e com parcerias que viabilizem a interligação da comunidade com a Universidade”, afirma Heck.

Outro convidado da live é o juiz do Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Foz do Iguaçu, Ariel Nicolai Dias. Ele considera que a situação de vulnerabilidade das mulheres se agrava substancialmente neste contexto de pandemia, em razão da combinação de dois fatores: “O aumento do período de convivência com os agressores dentro do lar em decorrência do confinamento, e a dificuldade de acesso aos equipamentos de proteção diante das restrições à circulação de pessoas”, afirma Dias. Ele esclarece que, neste momento em que se vive a pandemia, o Poder Judiciário, em Foz do Iguaçu, segue trabalhando em sistema de teletrabalho com o auxílio das ferramentas tecnológicas disponíveis, sem prejuízo do atendimento presencial no Fórum, quando houver necessidade.

UNILA e Diversidade 

O Encontros pela Diversidade é um projeto que nasceu em 2016, no Instituto Latino-Americano de Arte, Cultura e História (ILAACH), da UNILA, com a coordenação da professora de História da UNILA Cleusa Gomes, e a docente Alessandra Carrijo, da Unioeste. “O objetivo foi fomentar o debate sobre o respeito a subjetividades, pluralidades, bem como sobre a necessidade de resistência e tolerância, além do tema da violência de gênero e da diversidade nos espaços da Universidade”, explica Gomes.

Essa proposta transformou-se em projeto de extensão na UNILA e foi tecendo parcerias, o que resultou em um coletivo de 21 entidades de Foz do Iguaçu. Segundo Cleusa Gomes, outro objetivo foi “qualificar as lideranças das diversas entidades para atuar nas suas instituições e colaborar com a temática da diversidade, diminuindo os preconceitos”, destaca.

Atualmente, as atividades da Rede Encontros pela Diversidade são autogestionadas e realizadas por uma coordenação colegiada. As lives durante a quarentena foram organizadas por integrantes como Cynthia Montalbetti, estudante do curso de Especialização em Gênero e Diversidade na Educação, da UNILA; Diego Carvalho, do Centro de Direitos Humanos; Rafael de Melo, bacharel em História pela UNILA; e Michele Dacas, Relações Públicas da UNILA.

Programação dos debates
22 de maio          Violência contra as mulheres e violência doméstica e familiar na pandemia     
29 de maio  Saúde mental LGBTQI+ e pandemia
5 de junho A educação excludente em época de pandemia
19 de junho Mulheres trans na América Latina e Caribe nos tempos de Covid-19
3 de julho Aspectos socioculturais no contexto pós-pandemia
17 de julho Mulheres, agricultura familiar – com Sandra Rocha, do Movimento das Mulheres do Campo
31 de julho Migração e Direitos Humanos em tempo de pandemia
14 de agosto Estratégias de utilização na educação municipal em tempo de pandemia de Covid-19