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Nova obra da Editora da UNILA narra viagem de ícone da criminologia

O livro Trajetória de um libertário: Pietro Gori na América do Sul (1898-1902), de Hugo Quinta, será lançado no dia 21 de setembro
publicado: 14/09/2018 00h00, última modificação: 21/01/2019 11h48
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Capa do livro Trajetória de um libertário: Pietro Gori na América do Sul (1898-1902)

Capa do livro Trajetória de um libertário: Pietro Gori na América do Sul (1898-1902) A passagem do advogado, criminologista, poeta e dramaturgo anarquista italiano Pietro Gori por países sul-americanos, principalmente a Argentina, é o fio condutor da nova publicação da Editora Universitária da UNILA (EDUNILA). De autoria de Hugo Quinta, o livro Trajetória de um libertário: Pietro Gori na América do Sul (1898-1902) será lançado no dia 21 de setembro, às 19h, no Festival Literário de Foz do Iguaçu – que reúne a 14ª Feira Internacional do Livro, a Semana Literária do Sesc e a Primavera Universitária da Unioeste. Quarto lançamento feito pela EDUNILA em 2018, a obra narra fatos da breve, porém movimentada, permanência do italiano pela região.

Fruto da dissertação de mestrado defendida por Hugo Quinta em 2017 no Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Estudos Latino-Americanos da UNILA, o livro esmiúça os cerca de quatro anos em que o anarquista italiano residiu em Buenos Aires e se aventurou em cidades do interior da Argentina, Chile, Uruguai e Paraguai. Neste período, Pietro Gori proferiu palestras nas quais difundiu o pensamento anarquista, escreveu artigos científicos e políticos para publicações de renome, participou de ações que fortaleceram o movimento operário e principalmente procurou renovar a criminologia por meio da criação da revista Criminalogía Moderna.

Pesquisa

Para escrever sobre a passagem de Gori pelo continente, Hugo Quinta teve de empreender uma minuciosa Foto de Hugo Quinta, autor de “Trajetória de um libertário: Pietro Gori na América do Sul (1898-1902)”pesquisa em território argentino. Na capital, debruçou-se no acervo do Arquivo Histórico da Faculdade de Direito da Universidad de Buenos Aires (UBA), do Centro de Documentação e Investigação da Cultura de Esquerdas (CeDInCI), entre outros. Desta forma, obteve êxito em analisar documentos históricos e periódicos como o La Vanguardia e o La Protesta Humana – este, segundo o ensaísta, historiador e professor titular da Unicamp Francisco Foot Hardman, que prefacia a obra, “um dos jornais anarquistas mais importantes do mundo”. Às duas publicações se junta a Criminalogía Moderna. Circulante entre 1898 e 1901, a revista editada por Pietro Gori foi estudada em profundidade por Quinta, que pôde analisar todas as edições.

Mais do que acompanhar a viagem do italiano em terras sul-americanas, Trajetória de um libertário: Pietro Gori na América do Sul (1898-1902) mostra o quanto o advogado era multifacetado. Além de líder e pensador anarquista, Gori foi autor de peças teatrais como Senza Patria (Sem Pátria) e Primero de Mayo que, como destaca Quinta, tiveram como fim divulgar os ideais libertários. Cientista, Gori ainda percorreu a Patagônia argentina, onde deu lugar a seu lado criminologista e estudou as prisões e seus prisioneiros. Na Terra do Fogo, foi a vez de o poeta emergir e Gori criar versos posteriormente doados à Argentina, país que o acolhera.

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