Vida Universitária
Estudantes da UNILA, pai e filha enfrentam juntos os desafios do ensino superior
A estudante Natalia Lombardi veio de Cascavel, em 2014, para cursar Engenharia Civil de Infraestrutura na UNILA. Após quatro anos em Foz do Iguaçu, ela tem, agora, uma companhia especial no dia a dia de estudos. Seu pai, Marcelo Lombardi, foi aprovado no curso de Geografia – Licenciatura no processo seletivo Sisu 2018 e, desde o mês passado, circula diariamente pelos corredores da UNILA - PTI.
Marcelo terminou o ensino médio há mais de 20 anos e só retornou aos estudos em 2016, quando resolveu fazer um curso técnico na área ambiental. “Foi então que me animei a fazer o Enem e consegui ingressar na UNILA. Nunca tinha feito vestibular. Optei pelo curso de Geografia devido ao meu interesse pela área ambiental, e também pelo curso ser noturno. Havia visitado a UNILA quando trouxe a Natalia para fazer a matrícula e já tinha achado a Universidade muito bacana”, conta.
Para Natalia, ver o pai iniciar um curso superior é motivador. “Ele é muito esforçado e isso me motiva mais ainda. Tento me espelhar nele. Muitos dos meus amigos me disseram que gostariam que os pais também começassem a fazer uma faculdade”. Apesar de não se encontrarem muito na Universidade – o curso de Natalia é integral e o de Marcelo, noturno –, ela destaca que o apoio do pai, de maneira mais próxima, tem sido muito importante para sua a rotina de estudos.
O incentivo à Natalia em relação aos estudos sempre foi uma das prioridades de Marcelo, contando também com a participação de outros familiares. “Minha família sempre me incentivou muito a estudar. Tinha ideia de fazer Engenharia Civil ou Engenharia Mecânica e, durante o ensino médio, meu pai me deu livros da área e me levou para visitar algumas obras. E hoje vejo que escolhi o curso com o qual realmente me identifico”, afirma Natalia.
Futuro
A estudante já está na fase final da graduação e desenvolve atualmente um projeto na área de pavimentação permeável. “Aqui, temos toda a estrutura necessária para fazer pesquisa de qualidade, além do apoio constante dos professores. E isso é muito significativo para mim. Penso, inclusive, em fazer mestrado em Engenharia Civil na UNILA”, projeta Natalia.
A mãe e as duas irmãs mais novas de Natália continuam morando em Cascavel. Ela e o pai têm a intenção de trazê-las para morar em Foz o quanto antes. “Normalmente, nos vemos de 15 em 15 dias”, conta Marcelo. “Como trabalho com instalação e manutenção de ar-condicionado, realizo serviços em Foz e em Cascavel, quando vou para lá, sempre conciliando com os estudos”, completa.
Marcelo classifica como desafiador esse período inicial no ensino superior. E para aqueles que estão há muito tempo longe das salas de aula, ele deixa o recado: “Com certeza recomendo a quem parou de estudar que siga o que fiz e retome os estudos. Costumo dizer que a única coisa que não podem tirar da gente é o conhecimento, e para adquiri-lo é preciso muita dedicação”.