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UNILA completa 9 anos, em busca do ensino superior de excelência

Universidade comemora resultados positivos nas avaliações institucionais, além de boas colocações de seus egressos no mercado de trabalho e na pós-graduação
publicado: 12/01/2019 08h00, última modificação: 29/01/2019 10h21
Colaboradores: patricia.librenz
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Egressa da UNILA é chefe da obra da Subestação de Minga Porã

Logo UNILA 9 anosDesde a sua criação, no dia 12 de janeiro de 2010, a UNILA atua com a missão de contribuir para a integração latino-americana, por meio do ensino superior e da cooperação solidária. Para alcançar esse objetivo, a Universidade oferta vagas em seus cursos de graduação para alunos brasileiros e dos demais países da América Latina. Essa característica faz com que a UNILA e o território de Foz do Iguaçu se tornem, com o passar do tempo, um polo universitário multicultural. Hoje, a UNILA tem 4.061 alunos na graduação. A grande maioria – 2.400 estudantes – é de Foz do Iguaçu e do Oeste do Paraná, mas também fazem parte do quadro discente jovens de todos os estados brasileiros e de outros 21 países.

A diversidade cultural da UNILA, um dos principais diferenciais da instituição, é o ponto central da qualidade de seus cursos de graduação. Com nove anos de trajetória e ainda considerada uma instituição nova, a UNILA vem sendo destaque pelo bom desempenho nos indicadores aferidos pelo Ministério da Educação. No Índice Geral de Cursos (IGC), um dos instrumentos utilizados para conhecer o desempenho das instituições de ensino superior do Brasil, a UNILA obteve conceito 4, considerado “muito bom”. De um universo de 2.083 universidades brasileiras, a UNILA está entre as 287 melhores. Já entre as universidades públicas, ela está entre as 70 mais bem avaliadas do país.

Dos cursos avaliados pelo MEC em 2018, cinco tiveram Conceito Preliminar (CPC) 4, destacando-se entre os melhores do país. Engenharia Civil de Infraestrutura obteve o 13º lugar entre todos os cursos da área, superando instituições tradicionais como o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e as universidades federais de Santa Catarina, do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul. Também foram destaque os cursos de Geografia (14ª colocação), Engenharia de Energia (16ª) e HistóAlunos caminham nas instalações da UNILA PTIria (31ª).

“A verticalização no ensino superior é um verdadeiro gargalo, e nisso a UNILA se destaca na região de maneira incomparável. A UNILA tem sido uma referência em alinhar inclusão com qualidade, mas ainda temos um caminho a percorrer para nos aprofundarmos nas dimensões pedagógicas que isso implica. Isso será uma tarefa para toda a comunidade acadêmica: estudantes e servidores”, avalia o reitor pro tempore da UNILA, Gustavo Oliveira Vieira. Ele destaca como outro importante marco na trajetória da Universidade a abertura de 11 programas de pós-graduação. “Esse é um dos nossos melhores indicadores de qualidade. Com 11 mestrados, em tão pouco tempo de existência, conseguimos alcançar uma diversidade de áreas do conhecimento”, salienta. 

Além dos números e das avaliações institucionais, uma das formas (quiçá, a mais importante) de verificar a qualidade da Universidade é por meio da trajetória de seus ex-alunos. Em 2014, a UNILA teve sua primeira colação de grau. Desde então, egressos da instituição estão dando continuidade à sua trajetória acadêmica e profissional em diversos pontos da América Latina, levando em conta o juramento proferido no momento de colar grau: “defender e aplicar a missão da UNILA com base na identidade latino-americanista, plurilinguista e multicultural, pilares da integração social, econômica e política em nossa América”.

Unileira comanda obras no setor de energia elétrica no Paraguai  

A paraguaia Ivaenia De Giacomi ingressou na UNILA em 2010, na primeira turma do curso de Engenharia Civil de Egressa da UNILA é chefe da obra da Subestação de Minga PorãInfraestrutura. Hoje, dois anos depois de formada, ela atua em uma empresa de construção para o setor elétrico no Paraguai e é a chefe da obra da Subestação de Minga Porã, que está em fase final de acabamento e deve entrar em serviço ainda no mês de janeiro. 

“Como todo início, a primeira turma teve algumas dificuldades. Sofremos com algumas carências com relação à ementa curricular e aos horários de aulas, mas com o decorrer dos semestres isso foi melhorando. Mas o que mais me lembro do meu período na UNILA é que tive professores com um grau de conhecimento excelente e aulas muito boas. Isso, com certeza, foi um diferencial na hora de concorrer a uma vaga de emprego”, conta Ivaenia.

Além das aulas, Ivaenia participou de projetos de iniciação científica. “Integrei projetos na área de tecnologia do concreto e na área de Química, com um estudo sobre a toxicidade da Bacia do Paraná. Sem dúvida, essas experiências foram grandes propulsores da minha formação”, diz.

Recém-formado, haitiano é aprovado em três mestrados em universidades federais

Fednel Saintil é de uma geração diferente de unileiros. Ele ingressou no curso de Ciências Econômicas em 2015, na primeira seleção especial destinada a alunos haitianos. Na época, a UNILA desenvolveu um programa de apoio ao ingresso de haitianos na educação superior, com o objetivo de integrar os nacionais do país caribenho à sociedade brasileira. Em 2018, esse programa foi ampliado para receber refugiados e portadores de visto humanitário de qualquer país.

Fednel ingressou no curso de Ciências Econômicas em 2015 na primeira seleção destinada a alunos haitianos.Antes de ingressar na UNILA, Fednel já estava em São Paulo há dois anos. “Não tive a oportunidade de cursar ensino superior no meu país. Então, aproveitei a onda migratória pós-terremoto para vir tentar estudar no Brasil. Nos primeiros anos, trabalhava o dia inteiro com pintura predial e, de noite, fazia cursinho pré-vestibular”, lembra Fednel, que, em seu tempo livre, também ajudava os imigrantes e refugiados com tradução de documentos.

Para ele, estudar na UNILA foi uma oportunidade de ampliar seus conhecimentos sobre a diversidade linguística e cultural da América Latina, ao mesmo tempo em que se preparava academicamente na área da Economia. “Estive durante quatro anos ouvindo dois idiomas (português e espanhol) que não eram as línguas do Haiti. Para mim isso foi uma superação. Consegui ter desempenho extraordinário nas provas e nos debates acadêmicos, nas apresentações também. Enfim, fico muito feliz que meu sonho de estudar fora do meu país está sendo realizado”, declarou.

Fednel se formou em Ciências Econômicas na última quinta-feira (10) e já está de viagem marcada para Salvador, onde vai continuar seus estudos. Em setembro, ele prestou o exame da Associação Nacional dos Centros de Pós-Graduação em Economia (Anpec), prova que seleciona estudantes para os principais programas de mestrado de Economia do país. “Fui classificado em três universidades federais, mas a minha preferência é pelo mestrado em Economia Aplicada pela Universidade Federal da Bahia”.

O descobrimento da América Latina

Francisco Denis Afonso Torres, mais conhecido como Chico Denis, também fez parte da primeira turma, a turma pioneira da UNILA. Em 2010 ele saiu de Quixelô, no interior do Ceará, para estudar Relações Internacionais e Integração. “Deixei tudo para trás: trabalho estável, família, namorada, amigos. Foi a primeira vez que saí do meu estado”, conta.

Na época, Chico achava que estava saindo da sua cidade natal apenas para ingressar no ensino superior. Mas ele Chico Denis saiu de Quixelô, no Ceará, para estudar Relações Internacionais e Integração.conta que na UNILA encontrou novas maneiras de ver o mundo e descobriu uma América Latina que, até então, ele ignorava. “Eu achava que a realidade dos países da América Latina era muito distante da minha realidade no Sertão Nordestino. Mas na UNILA eu descobri que a América Latina é muito parecida. Temos problemas sociais e econômicos parecidos, muitas semelhanças culturais na gastronomia, nos hábitos religiosos e na forma de ver o mundo. Vi que temos mais elementos que nos unem do que nos diferenciam. A UNILA tem essa capacidade de, por meio da educação, unir pessoas que estão distantes geograficamente e mostrar como são semelhantes e como juntas são fortes.”

Hoje, o internacionalista trabalha na Secretaria de Relações Internacionais da Prefeitura de São Paulo, o maior órgão municipal do país na área de Relações Internacionais. Ele também segue na vida acadêmica e é doutorando em Integração Latino-Americana na USP. “Me sinto muito realizado, mas ainda tenho o sonho de voltar como pesquisador ou professor visitante na UNILA e contribuir, também, em alguma área do meu conhecimento para as novas gerações que passarão por lá”.