Institucional
Duas novas obras integram catálogo de livros da EDUNILA
O catálogo de obras da Editora da UNILA (EDUNILA) acaba de agregar dois novos títulos: “Na terra dos lírios azuis - literatura e colonialismo no sul da África”, de Evander Ruthieri da Silva; e “Ainda somos intrusos? A sociedade na política externa de Argentina, Brasil e Uruguai”, de Lucas Ribeiro Mesquita. As obras estão disponíveis na página da editora.
Um estudo articulado da produção literário-intelectual do autor inglês H. Rider Haggard (1826-1925) é a proposta de Evander Ruthieri, que é professor de História da África, na UNILA. Ele analisa quatro obras do autor: Jess (1887), Nada the Lily (1892), Swallow (1899) e Marie (1912), que misturam personagens de ficção com eventos históricos da região colonizada pelos britânicos que, posteriormente, viria a constituir a África do Sul, apresentando aos leitores “descrições apaixonadas e comumente estereotipadas dos embates interétnicos e das resistências nativas tramadas naquela região”.
“Na terra dos lírios azuis”, escreve o autor, pretende “inserir-se em um esforço, inspirado nos estudos em História da África, para atentar-se às discussões sobre questões étnico-raciais e territoriais no momento imediatamente anterior à institucionalização das políticas segregacionistas, sobretudo entre as décadas de 1870-1910”.
Política externa
Lucas Ribeiro Mesquita analisa os resultados da participação da sociedade civil na política externa de Brasil, Argentina e Uruguai proposta por quatro programas que atuam no Mercosul e que entendem que essa participação social pode ser indutora de mudança e de aperfeiçoamento democrático.
Professor no curso de Relações Internacionais e Integração, Mesquita analisou os brasileiros “Programa Mercosul Social e Participativo” e o “Conselho Brasileiro de Direitos Humanos e Política Externa”; o uruguaio “Sistema de Diálogo e Consultas”; e o argentino “Conselho Consultivo da Sociedade Civil” para sua tese de doutorado, agora transformada em livro.
Para o autor, essas iniciativas tensionam “o monopólio da burocracia diplomática no processo de produção da política externa de integração e de direitos humanos, mas o tipo de mudança e a sua qualificação democrática, porém, estão diretamente ligadas ao desenho institucional adotado” pelo programa. Mesquita conclui que a participação social é elemento de mudança democrática quando acompanhada de mecanismos de responsividade e de accountability.