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Comitiva da UNILA participa da Conferência Regional de Educação Superior

Durante o encontro em Córdoba, foram debatidos os caminhos para o ensino superior na América Latina e Caribe
publicado: 06/07/2018 12h16, última modificação: 11/01/2019 23h18
Simpósio sobre internacionalização do ensino superior durante o CRES 2018

Simpósio sobre internacionalização do ensino superior durante o CRES 2018

A UNILA teve uma participação importante na Conferência Regional de Educação Superior na América Latina e no Caribe 2018 (Cres 2018). O evento foi realizado entre os dias 11 e 15 de junho, na Universidade Nacional de Córdoba (Argentina). Ao final da conferência, foi apresentado um documento que servirá para orientar o ensino superior da América Latina e Caribe pelos próximos anos.

Simpósio sobre internacionalização do ensino superior durante o CRES 2018

A UNILA esteve presente ao evento com uma comitiva de mais de 40 pessoas (docentes, discentes e servidores técnico-administrativos). Para a pró-reitora de Relações Institucionais e Internacionais, Diana Araújo Pereira, a conferência mostrou que as políticas que estão sendo implementadas na UNILA, como o acesso ao ensino superior de indígenas e refugiados, estão de acordo com o que se vislumbra como futuro da universidade pública. “Se tomarmos o documento final como o norte, como o caminho, então, esse documento final [da Conferência] mostra que estamos realmente nos alinhando com esse caminho”, avalia.

A Declaração Final de Córdoba reitera os princípios da autonomia universitária e solicita aos governos a não assinatura de tratados de livre comércio que entendam a educação como um serviço lucrativo ou alimentem formas de mercantilização do sistema. Para Diana Pereira, a questão da mercantilização ficou muito evidente nas discussões do eixo temático “Educação superior, internacionalização e integração da América Latina e Caribe”, do qual a comitiva da pró-reitoria participou. “O enfrentamento com a questão do mercado ficou explícita. E o que a gente sentiu é que o eixo da internacionalização era por onde entraria a questão da mercantilização com a priorização do inglês, adequação curricular ao norte, enquanto nós defendemos a cooperação sul-sul”, relatou. “Acabou que [esse posicionamento] foi o que entrou no documento final”, completou.

Com 12 páginas, incluindo os sete eixos em debate, a Declaração de Córdoba também reitera a importância da autonomia, para que a universidade possa exercer seu papel crítico e propositivo para diminuir as diferenças econômicas, sociais e tecnológicas dos países do sul em relação aos países do norte. Por isso, “ciência, artes e tecnologia devem ser os pilares da cooperação para o desenvolvimento equitativo e solidário da região, baseadas em processos de consolidação de um bloco econômico economicamente independente e politicamente soberano”, diz o texto.

O Cres alinhou as reflexões e propostas da América Latina e Caribe que serão apresentadas na Conferência Mundial sobre o Ensino Superior, que ocorrerá em Paris, em 2019. “O documento cria linhas de força, eixos de atuação nos quais a universidade precisa trabalhar para ser uma universidade do século 21 na América Latina e Caribe”, ressalta Diana.

O encontro foi organizado pelo Instituto Internacional da Unesco para a Educação Superior da América Latina e do Caribe (Iesalc), em conjunto com a Universidade Nacional de Córdoba, o Conselho Interuniversitário Nacional da Argentina e a Secretaria de Políticas Universitárias do Ministério da Educação e do Esporte da Argentina.