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“A crise climática não é uma crise isolada da crise dos resíduos”

No programa ¿Qué Pasa?, pesquisadora Luciana Ribeiro aborda a importância de pensar a crise ambiental como uma crise civilizatória
publicado: 04/03/2022 11h26, última modificação: 13/07/2023 16h29

A professora Luciana Ribeiro foi a convidada do último programa “Qué Pasa?”, que aborda temas como gestão de resíduos, sustentabilidade e crise climática. Bióloga, mestre e doutora em Educação Ambiental, ela falou sobre a importância de pensar a crise ambiental como uma crise civilizatória.


“De modo geral, as pessoas separam os temas ambientais em caixinhas. Mas a crise climática, que tanto se fala hoje, não é uma crise isolada da crise dos resíduos, do desmatamento ou de qualquer outro problema ambiental. O que a gente tem hoje é uma crise civilizatória. É uma crise de um modelo de organização de sociedade que inclui a política, a economia, o modo de produzir e distribuir conhecimento. Todas essas questões estão em crise porque não dão mais conta das nossas necessidades atuais”, colocou a docente, que atua em projetos de pesquisa ligados a temas como responsabilidade planetária e educação científica.

Para a pesquisadora, um dos erros das políticas voltadas para o meio ambiente é a abordagem apenas nos efeitos e não nas causas dos problemas. “Existem temáticas, como a gestão dos resíduos, que têm dificuldade em ganhar visibilidade. As pessoas não gostam de falar do que cheira mal, do que é feio. Os governos também não se interessam em lidar com essa questão. É muito mais interessante para eles colocar, por exemplo, uma ponte do que apresentar um sistema de esgoto mais eficiente ou implantar um programa de gestão de resíduos”, finaliza a Luciana.

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