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Linhas de Pesquisa

publicado 05/10/2021 08h37, última modificação 24/10/2023 18h16
Programa de Pós-Graduação em Integração Contemporânea da América Latina (ICAL)

Linhas de Pesquisa do Mestrado

O mestrado divide-se em quatro linhas de pesquisa para melhor abrigar projetos, atividades e disciplinas que representem agendas e frentes de trabalho distintas. Isto permite maior sinergia e colaboração entre discentes e docentes, além de propiciar maior interlocução e troca de saberes. Discentes ingressantes, após o período de matrícula, passam a ser vinculados(as) a uma das 4 linhas de pesquisa, sendo orientados(as) por docente(s) a ela vinculados(as) e priorizando disciplinas ofertadas pela linha.

Em que pese o fato de ser um programa vinculado à área de Ciência Política e Relações Internacionais, temos um corpo docente multidisciplinar e que reforça a necessidade de abordagens teórico-metodológicas interdisciplinares em suas atividades. O programa tem por foco principal a integração latino-americana e caribenha, mas sabendo-se que ela pode ser abordada através de diferentes perspectivas, aspectos e áreas do conhecimento. Desta forma, as 4 linhas de pesquisa possuem um papel fundamental.

As quatro linhas de Pesquisa são:

  • Cultura, colonialidade/decolonialidade e movimentos sociais;

  • Economia política internacional e blocos regionais;

  • Geopolítica, fronteiras e regionalização; e

  • Política, Estado e Institucionalização. 

  

Linha cultura, colonialidade/decolonialidade e movimentos sociais

Objetiva refletir sobre a desnaturalização do Estado nacional e busca ênfase na região e no território como construções culturais, e não ideológicas. A abordagem permite uma reflexão em torno da integração “desde abaixo”, no âmbito dos movimentos sociais, da cultura e da interculturalidade crítica e descolonial. A linha aborda a problematização da construção moderna da relação sujeito/objeto como agente de desintegração entre o Estado nacional e a sociedade, incluindo nesse processo a relação predatória com a natureza. Destaca-se o Estado nacional como promotor de uma integração econômica e política em detrimento da integração sociocultural. A perspectiva descolonial - como epistemologia em contínua construção - constitui uma proposta para compreender as relações de poder/domínio no espaço-tempo, a superação da matriz histórica-colonial de poder e a liberação dos sujeitos subalternizados por essa matriz, para uma efetiva integração.

Geralmente, negligenciada em programas tradicionais da área de ciência política e relações internacionais, a cultura em suas múltiplas dimensões nos permitem compreender aspectos essenciais de nossas sociedades, sua formação social, seus desafios, simbolismos e formas de manifestação. A abordagem do tema integração não seria satisfatória se nos omitíssemos da necessidade de compreensão dos aspectos culturais de nossas sociedades latino-americanas e caribenhas, de nossas identidades e formas de expressão. O papel da cultura para a integração regional, formas de expressão cultural de diferentes setores e seguimentos de nossa sociedade, o papel de distintos meios de manifestações, as políticas culturais encontram espaço na agenda dessa linha. Trabalhos que versem sobre nossos povos originários, nossas populações urbanas, debates sobre etnia, gênero, religião, cinema, literatura entre outros são frequentemente realizados nesta linha. Sociólogos, comunicadores, historiadores, antropólogos e profissionais vinculados ao mundo das artes, compõem de maneira majoritária a comunidade desta linha de pesquisa.

Atualmente, oferece uma disciplina obrigatória própria a quem estiver a ela vinculado(a) CULTURA, COLONIALIDADE/DECOLONIALIDADE E MOVIMENTOS SOCIAIS, além de diferentes disciplinas optativas.

Corpo Docente Permanente: 

Ana Silvia Andreu da Fonseca

Doutorado em Linguística Aplicada

Elen Cristiane Schneider

Doutorado em Sociologia

elen.schneider@unila.edu.br

Gerson Galo Ledezma Menezes

Doutorado em História Social

gerson.meneses@unila.edu.br

Felix Pablo Friggeri

Doutorado em Ciências Sociais com área de atuação em Sociologia

felix.friggeri@unila.edu.br

Senilde Alcantara Guanaes

Doutorado em Ciências Sociais com área de atuação em Antropologia Social

senilde.guanaes@unila.edu.br

Tereza Spyer

Doutorado em História Social com área de atuação em Relações Internacionais

tereza.spyer@unila.edu.br

 

Linha de economia política internacional e blocos regionais

A linha de pesquisa trata dos seguintes eixos: A evolução da Economia Política Internacional, aspectos teóricos e conceituais. Teorias econômicas sobre hegemonia, ordem mundial e mudança histórica. Interpretações sobre a evolução e dinâmica do sistema interestatal capitalista. Sistema financeiro internacional e o mercado internacional de moedas. Economia Política Internacional e Desenvolvimento desigual. Dependência e desenvolvimento na América Latina: as contribuições da CEPAL. A inserção internacional da América Latina na economia global e a controvérsia da dependência. Depois deste sobrevoo inicial, a análise “desce” para o nível prático, dos blocos econômicos existentes. As prioridades são os acordos entre países da Ásia (ASEAN), da América do Norte (NAFTA), os países árabes (a Grande Nação), os países socialistas (COMECON), a África (COMESA, ECOWAS e SADC), a América Central (MCCA), o Caribe (CARICOM) e a América do Sul (Mercosul, CAN, ALBA e Aliança do Pacífico).

Esta linha procura contribuir com uma intensa agenda de pesquisa sobre nossa formação econômica, as particularidades de nossas economias dependentes, nossa inserção na economia internacional e nossos desafios quanto ao desenvolvimento. Majoritariamente composta por internacionalistas e economistas, a agenda de pesquisa desta linha visa debater nossos blocos econômicos regionais, a globalização neoliberal e seus impactos, o mundo do trabalho, aspectos referentes a infraestrutura de nossos países, a especificidade de alguns de nossos setores econômicos. O papel de organismos, instituições e organizações financeiras internacionais e organizações como os BRICS, o G20 e o G7 + Rússia, também merecem destaque. A imbricação entre a economia e a ciência política, a sociologia e as relações internacionais também se apresenta de modo constante nas análises promovidas e atividades da linha de pesquisa. Aqui a dimensão econômica da integração ganha centralidade.

Atualmente, esta linha oferece uma disciplina obrigatória própria para estudantes vinculado(a), ECONOMIA POLÍTICA INTERNACIONAL E BLOCOS REGIONAIS, além de diferentes disciplinas optativas.

Corpo Docente Permanente:

Luciano Wexell Severo Doutorado em Economia Política Internacional
Fernando Correa Prado Doutorado em Economia Política Internacional
Fábio Borges Doutorado em Sociologia com atuação em Relações Internacionais

Colaboradores: 

Nilson Souza Doutorado em Economia
Andreia da Silva Moassab Comunicação e Semiótica

 

Linha de pesquisa geopolítica, fronteiras e regionalização 

A linha de pesquisa possui por objetivo a reflexão sobre os seguintes eixos: Geopolítica Clássica e Geoestratégia: contribuições para a análise dos conflitos e processos de integração regional, fragmentação e regionalização. Geopolítica da América Latina. Geopolítica Crítica e Geopolítica Contemporânea: contribuições para a análise dos conflitos, processos de fragmentação, mundialização, regionalização e integração regional. Geopolítica dos territórios e fronteiras, processos de territorialização, transfronteirização, fragmentação e regionalização. Análise dos processos contemporâneos de formação de Blocos Regionais e Integração Regional a partir da Integração de políticas de segurança e defesa e de Integração da Infraestrutura de transportes, energia e comunicações.

Esta linha de pesquisa traça possibilidades de debate sobre as nossas sociedades e sobre a integração regional a partir de áreas como a geografia, demografia, sociologia e relações internacionais. Os principais aspectos de nossas relações hemisféricas, o entendimento sobre noções como território, espaço, a geopolítica do conhecimento e o estudo das fronteiras seriam o mote organizador da agenda de pesquisa e das demais atividades desta linha. Os estudos geopolíticos compreendem abordagens daquelas diferentes áreas do conhecimento, tanto em nível teórico como analítico, visando o entendimento da correlação entre política e geografia, tanto a partir de unidades como o Estado-Nação quanto no que se refere ao Sistema Internacional. Esta linha de pesquisa contribui de maneira considerável no sentido de abarcar estudos que também versem sobre as peculiaridades dos fenômenos próprios de nossa fronteira trinacional.

Atualmente, esta linha oferece uma disciplina obrigatória própria GEOPOLÍTICA, FRONTEIRAS E REGIONALIZAÇÃO, além de diferentes disciplinas optativas.

Corpo Docente Permanente:

Lucas Kerr de Oliveira Cientista Político com atuação em Relações Internacionais
Juan Agulló Sociólogo com área de atuação em ciência política e geopolítica
Roberto França da Silva Junior Doutor em Geografia
Nelson Fernandes Felipe Junior Doutorado em Geografia Economica e Geografia da Circulação
Suellen Mayara Péres de Oliveira Doutora em História Social

Colaborador: 

André Luis André Doutor em Geografia

 

Linha de pesquisa Política, Estado e Institucionalização 

Os esforços teóricos e analíticos são voltados para a compreensão das relações entre os poderes na América Latina, e a própria relação entre o Estado, movimentos sociais e a sociedade civil Latino-Americana e Caribenha. Cabe ainda destacar os estudos em torno dos regimes democráticos, desde a transição e os debates em torno da consolidação ou da qualidade de nossas democracias, passando pela centralidade do debate sobre Direitos Humanos. Por fim, cabe ainda destacar a temática da integração política e institucional na América Latina. Contempla os seguintes tópicos: Aproximação às teorias do Estado; Formação e tipos de Estado na América Latina; Instituições políticas: relação entre os três poderes; Relação, confrontação e crises entre Estado e Movimentos Sociais, as democracias latino-americanas: Direitos Humanos, Transição e Consolidação. Integração Política e Institucional na América Latina.

A linha de política está intimamente relacionada com a própria área a qual o programa se vincula na CAPES, mas, mesmo assim, isto não significa que não exista espaço para a interdisciplinaridade e para um ambiente acadêmico multidisciplinar. Basicamente, esta linha vem abrigando integrantes com formações e atuação diversas como filosofia, ciência política, administração pública, políticas públicas, pedagogia, sociologia, Relações Internacionais, direito e sociologia. Debates teóricos e filosóficos encontram espaço de discussão, bem como análises que versem sobre processos políticos e sociais de países da região bem como seus projetos distintos de integração e cooperação à nível internacional. Estudos sobre movimentos sociais, sistemas políticos e partidários, instituições políticas, políticas públicas dos mais diferentes setores, organizações da sociedade civil, organismos internacionais, pensamento social e político latino-americano e caribenho podem ser acolhidos por esta linha de pesquisa.

Atualmente, esta linha oferece uma disciplina obrigatória própria SEMINÁRIOS EM POLÍTICA, ESTADO E INSTITUCIONALIZAÇÃO, além de diferentes disciplinas optativas.

Corpo Docente Permanente:

João Roberto Barros II Doutor em Ciências Sociais com atuação em Filosofia
Maira Machado Bichir Doutora em Ciência Política
Victoria Inés Darling Doutorado em Ciência Política e Ciências Sociais com atuação em Sociologia
Patrícia Sposito Mechi Doutorado em História Social
Heloisa Marques Gimenez Doutora em Relações Internacionais

Colaborador: 

Mauro Soares Doutorado em Ciência Política com atuação em teoria política e direito

 

Linhas de Pesquisa do Doutorado

Das quatro linhas do Mestrado, duas são mantidas para o Doutorado, a de Cultura e a de Economia; e uma terceira que aglutina as linhas de Política e Geopolítica:  

  • Cultura, colonialidade/ decolonialidade e movimentos sociais
  • Economia política internacional e blocos regionais
  • Política e geopolítica: estado, institucionalização, fronteiras e regionalização