Você está aqui: Página Inicial > Notícias > UNILA como palco da música latino-americana
conteúdo

Institucional

UNILA como palco da música latino-americana

Pianistas e pesquisadores da região compartilham conhecimentos no 8º Encontro Internacional de Piano Contemporâneo da Universidade
publicado: 11/11/2024 16h45, última modificação: 17/12/2024 18h28

A UNILA foi palco do encontro de pianistas e pesquisadores para estreitar laços e construir pontes culturais em um evento de música internacional. Entre os dias 23 e 25 de outubro, a Universidade sediou o 8º Encontro Internacional de Piano Contemporâneo, iniciativa de caráter acadêmico e artístico que reuniu pianistas, pesquisadores e estudantes de toda a América Latina.

Iniciado em 2016, no Programa de Pós-Graduação em Música da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), esse evento itinerante tem como objetivo promover a partilha, socialização, debate e reflexão sobre pesquisas e atividades artísticas em torno do piano contemporâneo. Desde então, a atividade vem consolidando-se como um meio de difusão para a obra pianística latino-americana dos séculos XX e XXI, aprofundando o debate da performance, da técnica instrumental e da pedagogia do piano.

"Essa foi a edição que concretizou um desejo que vínhamos acalentando, de dedicar o evento especialmente à música latino-americana para piano. Não poderíamos ter encontrado uma universidade mais adequada para acolher essa temática," disse Ana Cláudia de Assis, professora de Piano da Escola de Música da UFMG, pianista e idealizadora do Encontro, destacando a importância da UNILA para o seu desejo de integrar e dialogar culturalmente.

Programação variada e enriquecedora

Ana Cláudia relata que o evento nasceu a partir do "desejo de criar um espaço de partilha e trocas de experiências artísticas e teóricas sobre repertórios e práticas de performance da música contemporânea para piano", e assinala a importância da itinerância do Encontro, em ser realizado em diferentes cidades e acolhido por várias universidades ao longo dos anos.

Na UNILA, o evento proporcionou uma programação diversificada com conferências, mesas-redondas, recitais e oficinas, abrangendo vasta gama de temas. Dentre essas temáticas estavam os estudos decoloniais, técnicas instrumentais inovativas e as novas tecnologias em música. Segundo a pianista, professora e coordenadora do Encontro, Bia Cyrino, a realização desta edição na UNILA “trouxe oportunidades ricas de reflexão sobre o repertório e a técnica, e foi de particular importância para a Universidade, ao criar um espaço possível de reunir diversos pesquisadores e pianistas de vários locais da América Latina para compartilhar saberes sobre acervos, repertórios e práticas pianísticas”.

A docente destaca, ainda, que “nos concertos os pianistas puderam explorar o repertório contemporâneo latino-americano, o qual é marcado pela diversidade cultural e pela mistura consagrada de estilos tradicionais e contemporâneos. Com influência ora do tango, do folclore, ora das técnicas modernas, as apresentações proporcionaram ao público um leque de sensibilidades e expressões únicas do continente”.

Tributo a Beatriz Balzi: legado e espírito pioneiro

Esta edição do evento prestou uma homenagem especial à pianista argentino-brasileira Beatriz Balzi, reconhecida por seu pioneirismo na divulgação da música contemporânea do continente. Pianista, educadora musical e ativista da música latino-americana contemporânea, Beatriz Balzi é conhecida por sua devoção à performance e gravação de obras de compositores de diferentes partes do continente.

Bia Cyrino comenta que ela contribui para elevar o perfil da música clássica latino-americana no cenário internacional. De acordo com a organização, a homenagem buscou destacar que Beatriz Balzi é uma figura importante no desenvolvimento de uma consciência musical latino-americana em torno do piano, reverenciando o seu legado construído não apenas na performance de obras de seu repertório, mas também nas conversas que cercam sua influência na história do piano neste continente.

O Encontro foi organizado em parceria com a Fundação Cultural de Foz do Iguaçu e a Escola Superior de Belas Artes (ESBA) da Universidade Nacional do Leste (Paraguai).