Você está aqui: Página Inicial > Notícias > Semana do Meio Ambiente tem diversão e ciência
conteúdo

Extensão

Semana do Meio Ambiente tem diversão e ciência

Com o tema "Tem na floresta?", seis projetos de extensão da UNILA oferecem atividades para crianças e adultos
publicado: 15/06/2023 08h00, última modificação: 15/06/2023 13h56

Desenvolver atividades lúdicas e observar e manipular objetos e equipamentos que pouco saem dos laboratórios acadêmicos mexe com a curiosidade de crianças e adultos. Aproveitando a comemoração do Dia do Meio Ambiente (5 de junho), sete projetos de extensão da área das Ciências Biológicas criaram, no Shopping JL, um espaço para chamar a atenção para o tema e levar um pouco de ciência para a população.

A Semana do Meio Ambiente com o tema “Tem na floresta?” vem desenvolvendo diferentes atividades desde o dia 8 de junho. O evento envolve mais de 20 estudantes dos cursos de  Ciências Biológicas – Ecologia e Biodiversidade, Biotecnologia e Ciências da Natureza – Biologia, Física e Química, que atuam no atendimento ao público. Hoje é o último dia para quem quiser aproveitar para conhecer um pouco mais de biologia e biodiversidade. O espaço fica ao lado da porta de entrada do shopping, na Rua Padre Bernardo Plate, e as atividades são desenvolvidas das 13h às 19h.

alan.png
O pequeno Alan, de 6 anos, gostou de tudo o que viu

Dezenas de pessoas já passaram pelo espaço no período, com destaque para as crianças, sempre curiosas e motivadas a participar das atividades propostas. Alan Siqueira, de apenas seis anos, conheceu as diferentes fases de vida dos sapos, observou girinos no microscópio e dedicou um bom tempo “escavando” fósseis de dinossauros na areia. Do que ele mais gostou? “De tudo”, respondeu com um olho na mãe, Alana Siqueira, e outro no pequeno dinossauro de papelão que tinha a sua frente. Era a segunda vez que ele passava pelo espaço. “Ele quis voltar para ver as coisas que não tinha visto ainda”, contou a mãe.

Formado em Oceanografia, Bernardo Franczak aproveitou a ida às compras com o pai para conhecer um pouco mais sobre a evolução humana. Os bolsistas do projeto “Clube da Evolução”, orientados pelo docente Hermes Schmitz, ajudaram a explicar alguns detalhes da nossa evolução, a partir dos diferentes crânios levados para a mostra. “Achei interessante esse espaço. Estudei a evolução nos oceanos, mas sempre me chamou a atenção a evolução humana. As duas coisas estão relacionadas”, comentou.

ambiente 2.jpeg

Os fósseis exibidos no projeto, incluindo fósseis marinhos da região sul do Brasil para mostrar que Foz do Iguaçu também já foi mar, fascinam as crianças, mas não passam despercebidos pelos adultos. “Existem pesquisas que mostram que o brasileiro é interessado em ciência, mas tem pouco contato com museus, coleções biológicas. A ideia, com o projeto, é trazer o museu para as pessoas onde elas estão. A gente está trazendo o museu para as pessoas”, pontua Hermes Schmitz.

O entusiasmo não ficou restrito a quem visitou o espaço. Isabela Pereira, estudante de Ciências Biológicas – Ecologia e Biodiversidade na UNILA e bolsista do projeto, comenta que a divulgação da ciência exige, entre outros elementos, a adaptação da linguagem científica. “É um desafio e é muito bom poder explicar, traduzir, o que a gente aprende de uma maneira muito rígida. É uma linguagem diferente”, comenta. “Está sendo muito bom participar. Estou muito contente com a experiência porque gosto muito de divulgação científica e estar aqui e explicar as coisas para as pessoas, interagir com as crianças, é maravilhoso.”

ambiente 3.jpeg

Na mesa ao lado, Raquel Isidoro dos Reis, também do curso de Ciências Biológicas – Ecologia e Biodiversidade, explicava a importância de anuros (sapos, rãs e pererecas) a partir de exemplares de coleção da UNILA e contribuía para desfazer mitos sobre esses animais. Um dos mais comuns desses mitos é as pessoas acreditarem que sapos esguicham veneno em quem se aproxima deles. “O sapo cururu possui glândulas de veneno, mas não consegue jogar para fora. É um mecanismo de defesa. As toxinas só saem quando algum predador pressiona as glândulas”, ensina Raquel integrante do projeto de extensão “Tem sapo nas ruas”. “Adoro estar aqui e ter oportunidade de falar sobre esses animais.”

As crianças que passam pelo espaço também ganham origamis de dinossauros e sapos, desenhos para colorir, caderno para colagem de folhas de plantas e fanzines. Estes últimos, produzidos pelo projeto Fanáticos por Biologia (FanBio). Júlia Gonçalves, que está no sexto semestre de Ciências Biológicas e faz parte do projeto, gosta da experiência de trabalhar com crianças. “Elas são muito curiosas e a gente acaba brincando e ensinando coisas para elas. Estamos plantando a sementinha do conhecimento”, diz.

Direcionar atividades para as crianças, diz a coordenadora do projeto FanBio e da Semana de Meio Ambiente, Giovana Vendruscolo, é uma forma de levar ciência para a família toda. “Reunimos as atividades em torno do tema floresta e todos os projetos têm alguma coisa para crianças para que elas levem para casa, contem para os pais, façam essa interação”, comenta.

A Semana do Meio Ambiente teve a parceria do Refúgio Biológico Bela Vista, que forneceu vasos de plantas nativas e sementes. Também participam da Semana os projetos de extensão: Conhecendo Aedes aegypti e Aedes albopictus, os mosquitos dos vários vírus; Aquário da G005 - Um espaço de contemplação e aprendizagem; e Museu Itinerante de Microbiologia; Ecologia e Saúde e o Herbário Evaldo Buttura, entre Caminhos e Saberes.

geral.jpg