Ensino
Estudante da UNILA leva debate sobre segurança alimentar a escolas de Foz do Iguaçu
A atriz e discente da UNILA Yoná Gabriela de Castilho uniu a paixão pelo teatro com sua formação no curso de Desenvolvimento Rural e Segurança Alimentar, para compartilhar histórias sobre os temas de alimentação, agricultura familiar e distribuição de alimentos. Yoná realiza esse trabalho por meio de contação de histórias, voltada para alunos do ensino fundamental da rede pública de ensino de Foz do Iguaçu. O projeto iniciou no início de maio e segue até o final deste mês, de forma itinerante.
A construção da ideia surgiu a partir de uma pesquisa de conclusão de curso, cujo foco foi a área da alimentação infantil, articulada à contação de história como método de diálogo com as crianças. Com base nesse estudo, a discente tem desenvolvido esse trabalho em dez escolas, com apoio do Fundo Municipal de Cultura, por meio de um edital da Fundação Cultural de Foz do Iguaçu.
“É importante levar para as escolas uma nova forma de aprendizagem com a utilização do teatro, que permite tratar um assunto tão sério, como a alimentação e a origem dos alimentos, de maneira mais divertida e descontraída”, explica Yoná, que apresenta esses conteúdos por meio da história A horta dos saberes, escrita pela própria estudante. A apresentação é, também, um momento de reflexão, que possibilita abrir um espaço para debate entre os alunos em sala de aula.
A horta dos saberes
Na contação de história, uma menina decide aprender mais sobre as comidas que estão em seu prato, após descobrir que a horta da casa de seus avós não foi comprada em um supermercado. A personagem fica encantada ao descobrir o universo dos alimentos, das feiras e dos produtores rurais de sua cidade.
"Em A horta dos saberes, é apresentada à criança a importância de conhecermos e entendermos a cadeia produtiva dos alimentos, para evitar o desperdício, fomentar a economia e diminuir os gastos”, descreve a estudante, que durante a graduação mergulhou no tema de segurança alimentar e tem levado a discussão para além da sala de aula da Universidade. “O tema é muito importante em todos os sentidos – seja econômico ou cultural. Comer é um ato de resistência, é um ato político. Por que a criança não está nesse debate?”, questiona Yoná.