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Convênios são estratégicos na política de internacionalização, diz pró-reitora

Dois dos mais recentes são o assinado com a Secretaria do Mercosul e o iniciado com o Instituto Confúcio
publicado: 22/11/2023 16h30, última modificação: 22/11/2023 19h29

Os setores responsáveis pela formalização e acompanhamento de convênios desempenham um papel estratégico na consolidação da política de internacionalização da UNILA, atendendo a dois indicadores importantes: a integração do Mercosul e da região da Tríplice Fronteira e a cooperação Sul-Sul, avalia a pró-reitora de Relações Institucionais e Internacionais, Suellen Péres de Oliveira. Dois dos mais recentes são o assinado com a Secretaria do Mercosul e o iniciado com o Instituto Confúcio, ligado ao governo chinês.

“Somos uma universidade para a integração, com prioridade para a América Latina e a fronteira. Esse convênio com a Secretaria do Mercosul está no coração da nossa missão institucional e motivo pelo qual a UNILA foi criada”, comenta Suellen. O convênio, assinado no início de novembro, irá permitir a realização de estágios por parte dos alunos e a mobilidade para servidores, além da promoção de eventos científicos e culturais em parceria. “Conseguimos incluir a formação que a missão permanente do Brasil na Secretaria do Mercosul proporciona aos diplomatas do Instituto Rio Branco”, comemora a pró-reitora que também é docente do curso de Relações Internacionais e Integração. “Esse convênio é muito estratégico porque permite que a gente aumente a nossa expertise na nossa política de recursos humanos, de formação docente, discente e dos servidores no geral. Além disso, permite a troca de conhecimento, com a oferta de cursos de português para os funcionários da Secretaria do Mercosul, uma prioridade do Brasil na presidência do Mercosul”, explica. Segundo ela, o edital de mobilidade começa a ser discutido com a Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (PROGEPE) no início do ano que vem.

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Assinatura do convênio com a Secretaria do Mercosul: integração e formação

O diálogo com o Instituto Confúcio – organização educacional vinculada ao governo da República Popular da China para a promoção da língua e cultura do país – foi iniciado ainda em 2017. O último encontro entre a gestão da UNILA e a do Instituto foi realizado na semana passada. Na reunião, ficou definido que a Universidade de Estudos Estrangeiros de Pequim será a universidade irmã da UNILA. “Essa definição é o primeiro de muitos estágios decisórios”, pontua Suellen, lembrando que os perfis das universidades a serem irmanadas – uma exigência para a parceria – devem ser semelhantes. “A Universidade de Estudos Estrangeiros de Pequim formou mais de 400 diplomatas chineses e oferece o ensino de mais de 100 línguas, incluindo uma escola de português e o espanhol, o que amplia o interesse da universidade chinesa”.

Reunião com representantes do Instituto Confúcio e da Embaixada da China

Outra decisão tomada foi em relação ao modelo de atuação da UNILA. De acordo com Suellen, foi definido que será oferecido um programa de extensão - modelo já adotado na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) - sobre a língua e a cultura chinesa, a ser conduzido por um professor chinês. Além do atendimento da política externa brasileira, que orienta para as relações Sul-Sul, também pesou na decisão a proximidade da China com a Tríplice Fronteira. “Nosso território tem uma comunidade chinesa muito grande, tem demanda de relacionamento, o município tem festivais compartilhados. Há um longo relacionamento no território de cooperação e fraternidade com a Embaixada da China”, aponta.

Revalidação de diplomas

Seguindo as orientações e parecer recente do Ministério das Relações Exteriores a respeito do convênio com o Ministério da Ciência e Tecnologia da República Dominicana, considerado uma boa prática, a UNILA vem trabalhando junto ao Departamento de Cooperação Educacional do Itamaraty para revalidação dos diplomasA partir disso, a Universidade iniciou a tramitação de um convênio com o Ministério da Educação do Paraguai contemplando a dupla titulação dos estudantes, a divulgação dos processos seletivos da UNILA e o pagamento de bolsas aos estudantes paraguaios pelo país vizinho, como já ocorreu anteriormente.

A dupla titulação, diz a pró-reitora, é um dos objetivos atuais da PROINT, que está focando, inicialmente, países com maior número de alunos para a assinatura de acordos bilaterais. Em uma ação paralela, a pró-reitoria está buscando a certificação dos cursos da UNILA por meio do Sistema de Acreditação Regional de Cursos de Graduação do Mercosul (Arcu-Sul), do qual participam Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai, Bolívia e Chile e que é gerenciado pela Rede de Agências Nacionais de Acreditação, no âmbito do Setor Educacional do Mercosul. “Isso facilita o processo de revalidação porque o curso já estaria acreditado por uma agência externa à Universidade.”

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Grupo que trabalha na Reunião de Ministros de Turismo do Mercosul

Em outra frente, a recentemente assinatura um Termo de Execução Descentralizada (TED), no valor de R$ 50 mil, junto ao Ministério do Turismo e que está permitindo a participação de 50 estudantes e servidores da UNILA no suporte logístico diplomático, o que inclui acompanhamento das comitivas e tradução simultânea, da 29ª Reunião de Ministros de Turismo do Mercosul, que está sendo realizada em Foz de Iguaçu nesta quarta e quinta-feira (23), reunindo Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Bolívia.